Capítulo 18

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Acordo com berros do Eric, desço as escadas e reparo que o Flyn foi apanhado a abrir a sua prenda. Ofereci um skate e as protecções para ele puder andar seguro. O meu Iceman não quer que o Flyn seja uma criança normal como as outras crianças. Odeio este teimoso. Como sempre vamos acabar por discutir. Olho para o meu Iceman que estava mesmo, mas mesmo irritado e eu olho para ele com cara de poucos amigos.

- Jud, quero que entregues isto tudo. O Flyn não vai andar nisto.

- Não entrego, porque tu na mandas em mim.

- Não teimes comigo, que tu não vais levar a tua a avante. – Ele vai para o seu escritório, mas pára na entrada da porta. – Não deves meter na educação do meu sobrinho.

- Ele é uma criança que precisa de brincar na rua para ter um pouco de ar fresco. Todas as crianças têm um skate para eles brincarem. – Olho para o meu Iceman irritada. – Preferes que ele esteja sempre agarrado a uma computador e uma televisão a jogar? Sinceramente pareces que queres que o teu sobrinho esteja sempre fechado em casa. Sabias que ele daqui a uns anos pode querer namorar e não sabe o que fazer?

- Pelo menos ele não se magoa á toa, por causa, de um skate. Eu quero que ele cresça sem vícios.

- Que pena, Zimmerman. – Ele olha para mim, mas já não com tanta raiva. – Tenho pena que tu não penses na mesma maneira que eu penso. Tens a mente tão fechada que não vês que o teu sobrinho assim não é feliz, assim como eu.

Saio de casa e ligo á Marta e conto o que aconteceu. Marta diz que o irmão sofreu muito e por isso que é assim, mas que não acho que isso não é nenhuma desculpa para as atitudes que ele tem. Ela veio buscar-me. Passamos o dia todo a passear e a beber uns copos, quando já era vinte e uma horas o meu namorado liga-me. Odeio quando ele insiste em ligar para mim quando estou furiosa e magoada com ele. Estou a pensar ir embora da casa dele ainda hoje.

- Jud, onde estás? Estou preocupado contigo. – Respiro fundo para não gritar com ele ao telemóvel. Estou num café e não quero fazer figuras por causa dele.

- Não quero falar contigo, não vez que eu estou preste a ir embora da tua casa e da tua vida. Deixa-me em paz, parvalhão e já agora estou bem com a tua irmã, por, isso não finjas que estás preocupado, que isso não muda nada no que estou a sentir neste momento. – O telemóvel da Marta começa a tocar. Era o Eric.

- Eric, irmão o que está a acontecer para estares a ligar para mim a estas horas? Não digas que discutiste com a tua namorada por cauda de um skate que ela deu ao nosso sobrinho. Oh, meu deus Eric, és tão parvo. Não sei se sabes mas estás a perder a mulher que tua amas com uma discussão parva. – Ela olha para mim com o rosto um pouco pálida. Ouve o irmão com a toda a calma do mundo – Está bem eu percebi que tenho que levar a Jud para casa, mas Só a levo como a garantia que vais cuidar dela e não discutir com ela. – Marta respira fundo. - Só sei que assim não vais longe com a Jud, se gostas mesmo dela como tu dizes, tens de lutar e não afastar, como tu estás a fazer. Isso é que é amor.

- O que o estúpido do teu irmão quer agora? Quer que eu vá para casa dele? É isso? – Tinha a minha voz a falar do álcool. Começo a olhar para a janela para tentar evitar as lágrimas que estavam quase a sair pelos meus olhos.

- Quer que vás agora para casa, mas só vais porque sei que ele está controlado. Cão que ladra não morde.

- Ainda é cedo. – Reclamo e ela começa a rir do estado que eu estou. Não devia ter bebido tanto, mas preciso tirar da minha cabeça a discussão que tive com o Eric esta manhã.

- Levo-te agora. Eu não quero que o meu irmão venha ter connosco ao bar fazer figuras parvas. – Ela olha para mim séria. – Estás bêbada.

- Não estou nada, só estou alcoolicamente bem-disposta.

Quando chego a casa estava o chato do meu Iceman á minha espera. Eric estava á entrada da porta para ver se eu chegava bem a casa. Ele olha para a sua irmã com cara de poucos amigos. Eric abre a porta do carro para eu sair, mas evito o olhar dele. Neste momento não queria olhar para a cara dele.

- Depois ligo-te para conversar o porquê da minha namorada estar bêbada. – Ele agarra o meu cotovelo. – Anda que estás bêbada.

- Larga-me eu estou bem. – Agarro num pouco de neve e faço uma bola. Mando-a em seguida contra a cabeça do Eric.

Ele não diz nada, em seguida mando outra bola contra o seu rabo. Eric estava irritado e entra no seu escritório. Fico irritada também, porque eu quero sexo selvagem como o meu Iceman dá. Vou atrás dele e ele olha para mim.

- O que queres, Jud?

- O que queres de mim? É só sexo, é isso?

- Não quero apenas sexo. Devias saber isso. – Ela aponta para a porta. – Agora sai.

- Vai-te fuder, Zimmerman.

Vou até ao quarto arrumar as minhas roupas numa mala de viagem. Flyn entra a chorar e olha de para mim. Ele não gosta quando eu e o seu tio discutimos.

- Não vás embora. – Pede o Flyn. – Por favor, ignora o parvalhão do meu tio.

- Estou farta de discutir com o teu tio.

- Fica por mim e não por ele. Tu és feliz quando estás a brincar comigo. – Ela coloca a sua mão na minha. – Eu deixo a minha consola para brincar sempre contigo na neve.

- Ouve o Flyn. – Pede o Eric.

- Vai embora. Este é o meu limite.

Ia para sair quando p Flyn mete-se na minha frente para impedir que eu saia.

- Eu amo-te e não quero que vás embora, e também quero que penses no Flyn que mudou desde que vieste para cá. Ele é agora uma criança mais crescida coma tua ajuda e ele gosta de ti.

- Eu fico pelo Flyn e não por ti. Acho bem que penses na tua atitude que tens.

- Obrigado, Jud. Adoro-te. – Flyn abraça a minha cintura e começa a chorar, mas desta vez é de alegria.

- Estás bêbada, não ia deixar que fizesses esta asneira. Não sabes o que estás a fazer.

- Não comeces, que eu posso mudar de opinião mais facilmente do que julgas. Tu és um homem frio como a neve que está a cair lá fora.

Vou para a casa de banho tomar um banho rápido e vesti o meu pijama. Desço as escadas e como alguma coisa na cozinha e decido ver um pouco de televisão.

- Devias ir dormir, pequena. Já é tarde e precisas de dormir para curar a tua bebedeira.

- Já vou Eric. Podes ir tu deitar.

- Desculpa, amor. Eu sei que eu tratei-te mal hoje de manhã, mas não quero que o Flyn corra riscos desnecessários.

- Que engraçado. – Olho para ele a fingir que estou chateada com ele. – Eu não sabia disso, Zimmerman.

- Estou desculpado? – Eric pergunta com algum receio.

- Sim estás, mas esta é a tua última oportunidade.

- Amo-te e quero que não penses em sair da minha vida. És a coisa mais preciosa que eu tenho, és o meu talismã da sorte e quando estou a trabalhar só penso em ti. Fico sempre ansioso para chegar a casa para beijar essa linda e doce boca. Com isto tudo quero dizer que és o meu mundo.

Fomos deitar-nos e adormecemos agarradinhos como dormimos todas as noites. Adoro e odeio discutir com o Eric, mas hoje estive perto de ir embora de vez da vida dele. Só fiquei, porque não queria ver o Flyn a sofrer por eu ter que ir embora. O miúdo não tem a culpa de ter um tipo super e mega parvalhão e que quer discutir por tudo e por nada. Amo de estar na vida dos dois, mas se continuar assim a discutir com o Eric Zimmerman sou embora de vez da vida dele e tento esquecer que ele existiu na minha vida. Ele pode dizer todas as palavras ou frases lindas e românticas que pode existir, mas no momento que sair da porta da casa dele, não quero olhar para a cara dele. Ele ficará no passado e eu tentarei viver o meu presente com um passo de cada vez.

Pede-me o que QuiseresOnde histórias criam vida. Descubra agora