Capitulo 1 (Introdução)

13 0 0
                                    

Riley's pov

Olá, o meu nome é Riley Mathews , tenho 13 anos . Este ano comecei a frequentar o 8 ano juntamente com a minha melhor amiga de sempre -Maya-.
O começo deste novo ano trouxe-me um punhado de expectativas e receios e, quase me esquecia, também me trouxe o meu pai ! Sim, este ano descobri que o meu pai vai estar a dar aulas de História na minha escola, mas o mais assustador é que uma das turmas que ele têm que lecionar é a minha. Não me levem a mal, eu adoro o meu pai, mas também sei que ele adora ensinar lições de vida e que não vai evitar em oferecê-las aos molhos na sua aula.
Sim, é estranho. Mas para compreenderem melhor como aconteceu eu vou explicar :

Era um dia abafado de Setembro, este mês costuma ser o mais enfadonho de todos os meses das férias de verão pois é um sinal que nos relembra que as mesmas não tardam a acabar . Eu estava sentada no meu espaço favorito da casa, a "janela" . Eu adoro a janela, é um amontoado de pequenos vidros que nos fazem ter uma visão perfeita da parte da cidade onde eu vivo . É um local que me transmite uma tamanha plenitude , o local onde tenho as conversas mais íntimas com Maya e onde tomo as decisões mais importantes para a minha vida . Foi lá que conheci Maya, quando um dia ela entrou pela mesma janela quando apenas tínhamos 6 anos, ela também se costumava refugiar lá comigo quando os seus pais discutiam, que basicamente era sempre , mas o pai dela acabou por ir embora de vez ...
Nesse dia de Setembro, onde eu permanecia sentada à janela ouvi um 'toc-toc' do lado esquerdo dos vidros do meu local favorito onde têm a portinhola que dá para abrir, a mesma abertura que deixa passar da mais suave aragem até a uma pessoa. Olhei e era Maya que nunca perdera o hábito de entrar pela mesma .
Maya: - Olá idiota - disse ela de uma forma carinhosa e divertida como sempre.
Eu :- Heyyyy tive saudades tuas !- disse a fazer beicinho .
Maya:- Eu também !
Então para acabar com o monte de saudades que tínhamos uma da outra demos um abraço apertado, daqueles que se dá quando um soldado volta da guerra, nesse mesmo momento entra o meu pai no meu quarto :
Pai:- Vocês viram-se ontem à noite meninas .
Riley:- Eu sei mas tu sabes o que é ter um melhor amigo, não podemos desperdiçar nenhum momento sem ele.
Maya assentiu e mandou-me um olhar carinhoso.
Pai:- Maya sabes que temos uma porta de entrada certo ?
Maya:- Eu sei pai Mathews, mas isso implicaria descer as escadas do meu prédio, subir o elevador e entrar . Nem vou falar do caminho que teria de fazer para entrar no quarto da Riley - diz Maya fingido estar estafada só de falar no assunto .
Sim a Maya começou a chamar "Pai Mathews" ao meu pai desde que o dela se foi embora, basicamente nós somos a segunda família dela, a mãe da minha melhor amiga,Katie, está sempre a trabalhar, levanta-se ao nascer do sol e só se vai embora por volta da 00:00 do café onde está empregada. Por tanto, a Maya passa mais tempo na minha casa no que na sua, ela até têm uma chave para entrar aqui quando quiser.
Entretanto eu passei de uma pessoa a deprimir  na janela para uma pessoa a deprimir na janela com a sua melhor amiga, o que melhorava a minha situação de tédio . Durante a tarde falámos sobre diversos assuntos : sobre os objetivos que temos para este novo ano, sobre o nosso melhor amigo Farkle (que têm uma paixão platónica por nós as duas desde o 1 ano ) que foi de férias para Miami e falámos sobre os nossos artistas musicais favoritos.
Ao fim de umas horas de conversa, Maya teve a ideia de irmos comer um gelado na geladeira recentemente aberta na outra ponta da cidade, eu concordei rapidamente, porque nesse dia ainda não tinha saído de casa . Calça-mos os nossos sapatos à pressa e dirigimo-nos para a porta que implicava passar pela sala de estar onde geralmente o meu irmão mais novo que eu adoro, Oggie, fazia os trabalhos de casa. Na sala, passamos pelos meus pais e avisamo-os que íamos sair, mas eles pareceram não me ouvir, estavam estranhos e aos risinhos, até teria pedido uma explicação para aquela excitação mas não suportava estar nem mais um segundo em casa, por tanto eu abri a porta e lá fui com Maya para a estação do metro, o mesmo que nos levaria à outra ponta da cidade.
Chegamos à estação de metro da minha cidade que como sempre tinha montes de lixo no chão, estava toda cheia de grafitis e cheirava a suor de ogre, afinal esta situação era normal com os milhares de pessoas que passavam lá diariamente . Compramos os bilhetes e entramos no veículo lotado, ao fim de alguns minutos de procura encontramos dois lugares onde nos sentamos. Só ao fim de um tempo reparamos que os nossos lugares tinham a vista para um rapaz moreno, bronzeado e com uns lindos olhos azuis que mexia no seu telemóvel. Eu e a Maya estávamos vidradas nele, até que eu tive uma ideia : eu ia desafiar a Maya a ir falar com o rapaz . Expliquei a Maya a minha proposta, e ela disse que só o faria se eu lhe pagasse um gelado extra grande com oreos, eu aceitei, mas esqueci-me que Maya era a pessoa mais desenvergonhada e corajosa que eu conhecia, por isso o desafio não foi muito complicado para ela.
Maya levantou-se do seu assento e dirigiu-se para o pé do rapaz cobiçado por nós, enquanto eu assistia a cena do meu lugar. Quando Maya chegou ao pé dele começou logo a falar sem parar :
Maya:- Hey eu sou a Maya, tu és super giro, devíamos sair alguma vez, tu fazes-me feliz, tu não me prestas atenção , está tudo acabado, desculpa não sou eu és tu ! Podemos continuar amigos ?! Na verdade não .
Com estas palavras voltou para junto de mim enquanto o rapaz olhava para ela com uma cara surpresa e divertida .
Nesta altura eu encontrava-me de pé agarrada a um dos varões do metro pois a nossa paragem não tardava a aparecer . Aquele rapaz do qual eu não sabia nada, nem sequer o seu nome, tinha mexido comigo de uma forma estranha, não conseguia parar nem de olhar para ele com um sorriso estranho na cara daqueles que nos faz doer as bochechas nem conseguia parar de sentir as borboletas irrequietas na minha barriga . Nunca tinha sentido isto . Será que estava apaixonada?! Isso não seria possível, eu não conhecia o rapaz.
Pelos vistos Maya tinha percebido que eu não parava de pensar naquele ser maravilhoso, então como minha melhor amiga disse antes que eu pode-se protestar :
Maya:- Desculpa. Mas um dia vais agradecer-me !
E com estas palavras deu-me um empurrão ao mesmo tempo que o comboio parava num local qualquer . O empurrão mais o solavanco do metro fizeram-me desequilibrar, o que me fez cair mesmo em cima do colo do rapaz que me fez sentir as borboletas na barriga, o rapaz do qual eu não sabia nada .
Com isto, ficamos calados durante um instante, depois eu olhei para ele e ele olhou para mim com aqueles grandes olhos cor de céu . Eu sorri e corei envergonhada . Ele também sorriu, e ao fim de algum tempo disse :
Rapaz:- Estás em cima do meu colo ...
Eu:-Pois, estou em cima do teu colo...
Rapaz:- Sou Lucas,tenho 13 anos, sou novo aqui na cidade, acabei de chegar do Texas- apresentou-se o rapaz do qual agora eu sabia uma coisa .
Eu:- Eu sou a Riley, também tenho 13 anos e vivo aqui desde que me lembro- disse eu sem parar de sorrir .
Nem vi que o comboio tinha começado a andar outra vez e que agora parara de novo .
Lucas :- Bom, esta é a minha paragem. Prazer em conhecer-te Riley. A ti e à tua amiga que se chama? Acho que ela me tinha dito o nome dela mas ela falou tão rápido que não o consegui decorar .
Maya:-Maya- gritou a mesma que ouvira tudo e não tirava o seu sorriso malicioso da cara por nada .
Lucas:- Eu sou...- gritou Lucas também mas fora cortado por Maya .
Maya:- Eu sei quem tu és, és o RangerRick, sabes aqueles bonecos animados que eram cowboys?- gritou Maya em resposta dando uma pequena gargalhada .
Lucas:- Ha. Ha. Ha. Muito engraçada - disse Lucas a fingir que estava chateado mas depois ele mesmo soltou algumas gargalhadas sinceras.
De seguida virou-se para mim já do lado de fora do metro e disse:
Lucas :- Espero que nos voltemos a ver .
Olhou para Maya e para mim uma última vez e virou as costas ao mesmo tempo que as portas do metro se fechavam . O resto da tarde passou a correr, eu não conseguia parar de pensar em Lucas e de falar com Maya acerca dele, esta já revirava os olhos de cada vez que eu pronunciava o nome do rapaz que ocupava os meus pensamentos desde o momento em que eu o tinha visto . Maya só ficou mais animada quando lhe paguei o gelado que tinha prometido. Voltamos para minha casa, na viagem de retorno para a mesma não me lembro de ter falado muito com Maya, ela estava meio estranha e eu não conseguia para de me martirizar por não ter pedido o número de telemóvel a Lucas, pensava que nunca mais o iria ver .
Quando finalmente entramos em casa os meus pais estavam com um enorme sorriso na cara, e com uma carta na mão . Estavam tão estranhos que me vi obrigada a perguntar :
Eu:- Mãe, pai, o que é que passa?Da última que vos vi com esse comportamento disseram-me que eu ia ter um "maninho".
Maya:- Sim, não me digam que vou ser tia outra vez . O Oggie é um amor, mas não estou preparada para ter de voltar a ouvir choros sem fim e mudar fraldas de 5 em 5 minutos já que o jeito da Riley para esta atividade é nulo.- disse Maya que não estava totalmente a falar a sério, mas também não estava totalmente a brincar.
Mãe:- Não querida, tu não vais ser tia e Riley tu não vais ter outro irmão a notícia que vos queremos dar hoje é totalmente diferente. Riley o teu pai...-disse a minha mãe mas foi interrompida pelo meu pai .
Pai:- Topanga, se não te importas gostava de ser eu a disser-lhes. Eu ... fui admitido como professor de história na vossa escola - disse o meu pai super entusiasmo.
Eu:- Nãooooooooooooooooooo- comecei logo a fazer um filme dramático. No fim deitei-me no chão e fingi que tinha morrido com a notícia .
Maya:- Por favor Riley, não é como se ele fosse- ia a dizer a Maya quando olha para o meu pai que continuava a sorrir de orelha a orelha como se ainda tivesse uma cartada restante na manga.
Maya:- Não - diz Maya horrorizada com o pensamento.
Pai:- Sim.- disse o meu país a sorrir.
Maya:- Não.- dizia Maya fechando os olhos, rezando para que fosse mentira.
Pai :- Podes querer que sim. Digam olá ao vosso novo professor de história .
Com isto Maya cai ao meu lado no chão e finge que morrera comigo, com a notícia que ainda era pior que a primeira.
No fim desse dia, sentamo-nos na minha janela e estávamos caladas, até que Maya perguntou:
Maya:- Muita coisa vai mudar, não vai .
Eu:- Sim, acho que sim- respondi eu pensativa .
Maya:- E nós?- indagou Maya insegura.
Eu:- Nunca- disse eu com toda a certeza do mundo pousando a cabeça no ombro da minha melhor amiga.
___________________________
Olá caros leitores, espero que tenham gostado do primeiro capítulo da minha nova obra . Este capítulo é o único que irá ser a própria Riley a falar, neste
só aconteceu isso por que a é a apresentação . Nos restantes capítulos vai começar a ser um narrador a contar as aventuras dos nossos casalinhos...quer dizer personagens favoritos. Deixem a vossa opinião no comentário e demostrem o vosso apoio dando like no capítulo. Obrigada ;)

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Apr 08, 2016 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

I hate you, I love you Where stories live. Discover now