Capítulo VI - O início de uma investigação perigosa.Parte II

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Alexia não sabia se encontraria a garota ruiva novamente e achou-se insana por estar naquele lugar. Era um dia quente de domingo e ela resolveu pedir um suco de laranja para amenizar o forte calor.

Uma hora se passou e ela sentiu-se um pouco idiota. Logicamente a menina ruiva não iria aparecer ali. Quando se levantou para pagar a conta, sentiu um toque em seu braço.

- Olha quem está aqui! A jornalista Alexia. Não diga que está me procurando. Ou é muita pretensão minha pensar isto?

- Não, na verdade queria falar com você sobre um assunto particular – Disse enquanto olhava para dois rapazes que a acompanhava.

- Pessoal, vou levar um papo com uma amiga. Depois marcamos aquele chope.

- Não demore como da última vez e fique longe de confusão, Tamara - Disse um dos rapazes que olhavam ferozmente para Alexia.

- Eu vou usar as suas declarações na minha matéria e preciso da sua ajuda para armar um belo flagrante. Logicamente não irei identificá-la.

- Isto está fora de cogitação. Esqueça o que eu disse.

- Não estou lhe entendendo. O que aconteceu? Não queria ver seu pai longe da quadrilha?

- Eles são perigosos e não quero arriscar a vida do meu pai e de minha família. Agora me esqueça.

Alexia tocou em seu ombro e a olhou docemente.

- Pense bem. Eles serão descobertos em questão de tempo. Se quiser proteger mesmo sua família, coloque-me em uma destas reuniões.

- Você está doida? Meter-se na toca do lobo!

- Eu preciso parar estes criminosos. Ajude-me que ajudará sua família.

- Deixe-me fora disto.

- É uma pena, pois eles continuarão com esta barbárie e seu pai se enterrará até o pescoço. É isto que quer?

- Tudo bem. Mas não quero meu nome envolvido nisto. Quer saber, você é completamente louca. – disse com um sinal negativo com a cabeça. – E eu mais ainda por ajudá-la. Encontre-me às nove da noite, vá disfarçada e deixe a estagiária longe disto, ok?

- Pode ficar tranquila. Além do mais, ela já é formada. – Respondeu com uma piscadela nos olhos.

Já estava tudo marcado para aqueles dias decisivos. Embora Bárbara não se conformasse por não ir ao encontro, estava contente por ver a missão de ambas chegar ao fim. Tucca aconselhou as duas jornalistas para terem cautela e ficou de guarda durante a noite caso ambas precisassem de alguma ajuda. Alexia iria à reunião com um gravador e no dia seguinte entregaria tudo à polícia. Encontrariam Bárbara na maternidade e todos seriam presos.

Alexia mal podia esperar a noite chegar. Saiu de casa as sete e quarenta, passou em uma loja de perucas, comprou uma loira comprida, vestiu uma saia de couro muito curta e sua blusa verde ostentava um generoso decote. Tamara tinha lhe dito que a dita organização não resistia a um belo rabo de saias e com uma boa conversa a deixariam entrar.

- Nossa! Não parece a mesma pessoa que eu conheci. Está tão estranha! Parece uma...

-Não precisa dizer o que eu pareço. Só preciso entrar naquele lugar de qualquer jeito. Será que irão gostar de mim?

- Eles vão ficar de quatro, pode deixar. – Respondeu Tamara.

Alexia percebeu que a garota abaixou a cabeça e uma lágrima escorreu de seus olhos. A jornalista aproximou-se dela e a abraçou.

Vidas Roubadas- completo até 30/07Onde histórias criam vida. Descubra agora