Epílogo

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*Preparem-se para o capítulo mais longo de sempre. São 15 000 e tal palavras. Leiam com calma e façam pausas se virem que não conseguem ler tudo seguido. Boa leitura lindas*

POV Harry

Cinco anos se passaram desde que aqui estive pela primeira vez com a melhor pessoa que tinha na minha vida. Um dos melhores sítios que alguma vez conheci e que tanto ansiei para aqui voltar.

Sydney.

Desde que deixámos este sítio há cinco anos atrás, que prometemos a nós mesmos que iríamos voltar, fosse um ano depois, cinco ou até mesmo vinte. Foi por causa desta viagem que tudo ficou bem entre nós. Foi aqui neste sítio que aconteceram coisas maravilhosas entre mim e a Amy. Foi este sítio que ficou marcado com o nosso amor e foi este sítio que vivenciou tanta coisa entre nós que nunca poderá ser esquecido.

Desta vez não vim sozinho com a Amy, trouxemos também a minha irmã Gemma e o Niall. A ideia surgiu da Amy e ao início confesso que não gostei assim tanto porque preferia vir apenas com ela porque este é o nosso sítio, mas depois pensei melhor no assunto e percebi que seria mais divertido com eles aqui. Além disso, eles mereciam. Tanto o Niall como a Gemma são pessoas essenciais nas nossas vidas. O Niall tornou-se cada vez mais próximo de mim e estou feliz por ser ele o rapaz ao lado dela. 

Ao olhar para trás vejo que tanta coisa se passou durante estes cinco anos mas a maioria foram coisas boas tanto para mim como para as pessoas que eu tanto gosto. Eu e o Niall evoluímos imenso no boxe e temos feito grandes competições. A minha irmã Gemma conseguiu arranjar um emprego na sua área e eu não podia estar mais orgulhoso dela. A Amy subiu na empresa e agora tem um cargo ainda mais importante do anterior, e apesar de isso lhe ocupar tanto tempo quanto o outro cargo, este é o que mais se adequa a ela e consigo ver que isso a deixa bastante feliz. Tanto os meus pais como os pais da Amy estão bem e ultimamente temos estado mais com eles. Por norma juntamo-nos todos aos domingos e almoçamos juntos. Desde o nascimento da bebé que os meus pais e os da Amy têm ajudado imenso.

Quando descobri que a Amy estava grávida foi indescritível. A situação em que nos encontrávamos não parecia ser a melhor para recebermos a notícia, mas as minhas lágrimas de preocupação naquele momento foram substituídas por lágrimas de felicidade. Eu ia ser pai. Lembro-me de puxar a Amy para os meus braços, segurar no seu rosto e dar-lhe o meu maior sorriso antes de beijar os seus lábios e murmurar o quanto a adorava vezes e vezes sem conta.

Quando a Amy começou a ir a consultas e a fazer ecografias eu fazia questão de estar sempre presente, nada podia ser mais importante que estar ao lado dela sempre que o assunto era relacionado com o novo membro da família. No mês em que soubemos que iria ser uma menina a Amy fartou-se de festejar por eu ter sempre suspeitado que seria um rapaz. Desde aí que os restantes meses passaram a voar e o grande dia chegou.

"Harry!" Ouço a Amy a gritar do quarto. Uno as minhas sobrancelhas e fecho o armário da cozinha. Estava a preparar o nosso almoço, porque por mais incrível que pareça eu consegui finalmente aprender alguma coisa na cozinha nos últimos tempos. "Harry porra!"

Subo as escadas a correr e assim que entro no quarto vejo a Amy com as suas mãos na sua barriga, de olhos fechados e a tentar regular a sua respiração. "O que se passa?" Pergunto, pousando as minhas mãos nos seus joelhos e colocando-me ao seu nível.

"As águas arrebentaram" ela murmura.

"O quê?"

"Ela vai nascer Harry !" Ela grita, claramente irritada ao ver-me de maxilar caído e sem outro tipo de reação. "Anda, ajuda-me" ela pede. "O saco das coisas esta-"

          

Pego na sua mão assim que ela se levanta enquanto levo a outra ao seu rosto. Eu estava chocado e nervoso, por mais vezes que tenha pensado em como seria este momento, não consegui ter a reação pretendida.

"Ok respira fundo bebé" peço e ela sobe o seu olhar. "Eu vou chamar a ambulância, nós vamos-"

"Esquece a ambulância, tens que me levar já, eu não aguento mais, pega nas coisas" ela diz e afasta-me, gemendo de dor e frustração enquanto pega no saco.

O sorriso do meu rosto cresceu e foi nesse momento que eu tive a confirmação que aquilo ia mesmo acontecer. Foi no momento em que saí de casa e entrei nas portas do hospital que eu soube que as nossas vidas iam mudar.

Para melhor.

Nesse dia não sabia quem é que estava mais nervoso, se era eu ou a Amy mas correu tudo bem e horas depois tinha a bebé que mais tarde me iria chamar pai ao meu colo. Ela era tão frágil e tão pequenina que eu tinha medo de a magoar, mas sem dúvida que era a pessoa mais feliz e mais sortuda do mundo naquele momento.

Os meus pensamentos são interrompidos por uma pequena voz que me chama e me acorda para a realidade. "Papá!"

"Diz Rosie." Respondo puxando-a para mais perto de mim. Os seus pequenos braços rodeiam o meu pescoço enquanto eu a ajusto no meu colo e desvio alguns dos seus cabelos do seu rosto, revelando os seus olhos.

"Vem comigo à água" ela pede baixo assim que deixo um beijo na sua bochecha. "A mamã não me deixa ir sozinha mas ela não quer vir comigo." Ela diz, sorrindo antes de fazer beicinho, sabendo exatamente como me dar a volta. Ela era igual à Amy, a forma de persuadir com o seu olhar era igual.

"És uma chata" brinco, apertando-a mais no meu colo antes de me levantar e abandonar a toalha. "Anda lá" pouso os seus pés na areia e olho para trás, vendo a Amy concentrada em nós com um sorriso no rosto. Sinto os pequenos dedos da Rose a envolverem a minha mão e sorrio, voltando a concentrar-me nela e começando a andar.

"Hey!" A Amy chama, captando as nossas atenções. Uno as minhas sobrancelhas quando ela me chama, fazendo um gesto com o seu indicador que me dá a volta ao estômago. Olho para a Rose por uns segundos, pedindo-lhe para esperar enquanto avanço até à Amy, baixando-me até ficar ao seu nível.

"Estás bem?" Pergunto. A Amy está deitada de barriga para baixo, apoiada nos seus cotovelos enquanto olha para mim.

"Vem cá" murmura e eu me aproximo mais e sinto o olhar da Gemma em mim. A Amy sorri antes de se inclinar e sussurrar ao meu ouvido enquanto não disfarça o seu sorriso. "As braçadeiras dela"

Afasto o meu rosto do seu e reviro os meus olhos. Pensava que pela forma como ela me chamava iria ter outro rumo. Mas não. Ela está novamente a provocar-me.

"És tão engraçada" digo enquanto a ouço a rir e me inclino até alcançar as braçadeiras e as retirar do saco. "Até já engraçadinha" digo, sorrindo antes de voltar a pegar na mão da Rose.

Quando surgiu a ideia de virmos a Sydney estávamos indecisos quanto à vinda da Rose e os nossos pais até se ofereceram para ficar com ela. Mas a verdade é que trazê-la era a melhor opção, além disso não consigo ficar longe da Rosie durante muito tempo. Para além disso, como o Niall e a Gemma vieram connosco, eles oferecem-se para ficarem um pouco com ela sempre que quero ter algum tempo sozinho com a Amy.

"Não largues a minha mão está bem Rose?" Digo assim que acabo de lhe colocar as duas braçadeiras nos seus braços e sinto a água nos meus pés. Ela assente, afastando os seus cabelos do seu rosto com a sua pequena mão, encarando o mar à nossa frente.

The Reality (The Survival sequela) » h.sTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang