A História De Eliza Swovan

Carta de Despedida.

Noticiário do Canadá:

Apresentadora: Temos notícias sobre Eliza Swovan, adolescente de 16 anos que, ontem, tentou cometer o suicídio e que está em coma no Hospital Saints de la Marque.
Marco(Pai de Eliza): "Eu não sei porque ela não meu procurou quando ela se sentiu mal. Eu quero minha filha de volta pra mim.
Apresentadora: A adolescente deixou uma carta que dizia:
"... amanhã a Anna volta do Brasil, com sua nova família para me buscar. Eu não quero sair de perto do meu pai, eu não mereço isso. Já não basta ser excluída da vida social e o ***** não dar a mínima pra mim. Eu não aguento mais, ser agredida na escola ser ameaçada a estrupo todos os dias. Para acabar com essa história vou ter que dar um jeito comigo mesma. -Ass: Eliza."
Apresentador: Estaremos trazendo mais novidades sobre o caso após serem feitos exames que irão diagnosticar se ela teve algum tipo de paralisia. Voltamos já!

No dia anterior:

Marco: Filha sua mãe quer falar contigo.
Eliza: Não estou com tempo para isso.
Marco: Vem logo Eliza.
Eliza: Tá, tá já estou indo.

No telefone:

Eliza: O que é Anna?
Anna (mãe da Eliza): Já disse para você parar com essa mania horrorosa de me chamar de Anna. Eu sou sua mãe.
Eliza: Pra mim não é. Mas enfim, fala logo.
Anna: Então... amanhã estarei aí para te buscar arrume suas coisas.

Eliza contando:

Nem esperei ela terminar de falar. Na verdade para que?
Eu sou uma cinderela diferente.
Minha mãe não morreu, me abandonou.
Não é madrasta ruim, é padastro péssimo.
Não tenho só irmãs postiças como um irmão verdadeiro.

É isso aí. Basicamente essa é a minha vida. Tirando a parte que eu nasci em Toronto, mas com 3 anos fui morar no Brasil, já que minha mãe é brasileira foi mais tranquilo morar lá. Com 7 anos eu fui morar em Quebec, nessa época eu falava francês, inglês e português, então foi mais fácil me acostumar de novo com o Canadá. Quando eu tinha 8 anos eles se separaram, e minha mãe voltou para o Brasil alegando que ia voltar pra me buscar. Adivinha? Ela não voltou pra me buscar. Todo ano ela me visita em julho, mas por mim? Por mim ela nem viria mais. Eu não ligo!

Eu: Pai. Por favor vem aqui.
Marco: Oi Liza (sim ele me chamava de Liza).
Eu: Não deixa minha mãe me levar por favor eu não quero.
Marco: Ela é sua mãe ela está com saudades.
Eu: Duvido! Ela tem a família dela é, eu tenho a minha, e a minha é você.
Marco: Desculpa!

Foi quando ele virou as costas para mim. Pela primeira vez ele virou as costas para mim.
Naquele momento fiquei pensativa. E veio flashbacks na minha mente.

Então, com isso tudo acontecendo qual seria o meu motivo de viver?
Tá, não pense que eu sou a idiota que se corta por causa de um garoto. Eu não me corto. Eu sofro todos os dias pelos mesmos motivos.
Então peguei todos os remédios de dormir que tinha em casa e tomei um por um. Chorando e com um copo de água na mão.
Me sentindo inútil. Me despedindo de tudo aquilo.
Depois de tomar todos já estava com a vista embaçada, vejo meu pai entrar no quarto e gritar coisas que não consegui compreender.