Capítulo 1

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- Finalmente merecidas férias -


Acordei com o despertador tocando o Remix da Marcha Imperial do Darth Vader de Star Wars e literalmente pulei da cama. Em um dia comum não faria isso, sempre enrolo antes de levantar, mas hoje é diferente, por que hoje é o último dia de aula!

O último dia que eu tenho que aturar os professores chatos com suas verdades perfeitas! O último dia que tenho que aturar a merenda do refeitório! O último dia do confinamento! Só tenho que aguentar mais uma manhã. Afinal, estou no terceiro grau do ensino médio e não fiquei de recuperação.

Fui ao banheiro, lavei a cara e escovei os dentes como de costume. Voltei para o quarto e arrumei minha cama com minha manta estampada e colorida estilo hippie e várias almofadas que fazem minha cama box de casal ficar mais aconchegante.

Sinceramente eu gosto bastante do meu quarto, ele tem uma penteadeira perto da sacada e uma escrivaninha cinza na frente da cama com um porta canetas, um boneco do Homem Aranha e um notbook em cima. Um tapete peludo rosa no chão, posters do Indiana Jones, dos filmes do Maze Runner e um só do Dylan O'brien na parede que é alaranjada clara e a sacada que tem uma cortina no mesmo tom rosa do tapete. Fora as luzinhas de natal amarelas que fazem o quarto ter um estilo retro bem legal.

Abro meu guarda roupa cinza que fica na mesma parede da porta e começo a procurar alguma roupa até que acabo colocando uma camiseta azul petróleo escrita: "Maybe fate is wrong" (talvez o destino esteja errado), com letras brancas de grafite, obra minha (sim, algumas das minhas camisetas foram feitas por mim mesma), uma calça jeans clara, uma jaqueta de moletom cinza aberta e All Stars de cano médio também cinza. Arrumo minha franja lateral de um modo bagunçado e coloco meus óculos. Pego minha mochila, desço as escadas e encontro meu sonolento pai de sempre fazendo café.

-Bom dia pai! –falo animada. Ele beija minha testa.

-Oi filha... Por que a animação? Hoje ainda é terça... –ele boceja.

-Mas como eu não fiquei de recuperação, não preciso mais ir pra o colégio a partir de amanhã! –falo fazendo minha dancinha da vitória.

-Ah tá... Pensei que estivesse doente ou algo assim... –fala Peter, meu pai, rindo da minha performance.

Reviro os olhos e coloco a mochila no chão. Pego o suco na geladeira, e coloco em um copo. Tomo suco de laranja e como torradas que estavam em cima da bancada. Depois fico olhando meu pai terminar o café dele.

***

Depois de um tempo entramos no carro. Ligo o rádio e fico cantarolando Prayer in C da Lily Wood & The Prick.

-Então filha... Já pensou em que faculdade vai fazer? –ele pergunta no último refrão da música. Viro a minha atenção a ele e paraliso pela pergunta.

-Ahn... Não... Na verdade não... –falo com um pouco de medo da resposta.

-Ei... Que cara é essa? Não precisa se preocupar com isso, o.k.? Você ainda tem mais uns meses para pensar nisso... Fora que você foi aceita em várias faculdades da região e...

-Acho que eu não quero fazer nada aqui pela região, pai... –falo e ele dá um longo suspiro.

-Tudo bem... A gente vai dar um jeito... Tudo vai se ajeitar... Só que eu ainda quero ver seu diploma Marcy... –ele fala com um sorriso me fazendo rir.

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