Capítulo 9 - How deep is your love?

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Sara: *sem fôlego porque tinha vindo a correr* O que foi?

Eu: A Cláudia desmaiou...!

Ligámos diretamente para a ambulância. 10 minutos depois, chegaram. Deitaram a Cláudia numa maca e eu insisti muito para ir com ela dentro da ambulância. A Sara deixou me ir com ela e depois ela ia ter connosco no hospital.
Perguntei para um dos paramédicos que iam comigo, o que a Cláudia tinha.

Paramédica: Ela teve uma quebra de tensão devido estar muito tempo exposta ao sol assim num estado muito fraca. E ao mesmo tempo ela está a ter uma gastro-enterite. Enfins. São muitas coisas ao mesmo tempo, e ela como estava muito fraca não resistiu e acabou por desmaiar e ficar inconsciente. Mas não se preocupe. Nós vamos lhe reanimar.

"Reanimar"? Parecia que estava a falar de uma morta. Eu nem queria pensar nisso. Estava cada vez mais a entrar em pânico.
Quando entrámos no hospital, os paramédicos levaram-na para as urgências.

Paramédico: Aguarde aqui. Nós já voltamos para lhe dar notícias. Como se chama já agora?

Eu: Pedro F*****

Paramédico: Muito bem. Já volto.

Esperei uma hora. Liguei para a Sara a dizer que ela já estava na sala de tratamentos.

30 minutos mais tarde aparece o médico.

Doutor: Já pode entrar na sala.

E lá entrei. Sentei-me numa cadeira que tinha ao lado da cama dela, e segurei-lhe a mão. Ela estava tão pálida, e ainda a dormir..

Na pele da Cláudia:

Os meus sentidos já tinham voltado. Eu sabia que era o Pedro que estava no quarto e que ele estava segurando a minha mão. Eu queria muito abrir os olhos mas não conseguia. Estavam muito pesados.

Algum tempo mais tarde, abro os olhos. Mas não vejo ninguém no quarto. Já não tinha mais dor de barriga nem dor de cabeças, mas não conseguia mexer as pernas e o meu corpo estava muito cansado.
5 minutos mais tarde entra uma enfermeira e diz surpreendida:

Enfermeira: Ah! A senhorita já acordou. Deixe-se estar, eu vou chamar o médico.

Eu: Não não obrigada. Eu estou bem. Só quero ir para casa.

Enfermeira: Sim, eu vou chamar o médico ele quer falar consigo.

5 minutos depois, o doutor entra no quarto.

Doutor: Olá senhorita. Já se sente melhor?

Eu: Sim. Só estou com o corpo um pouco dormente e pesado mas já me sinto melhor.

Doutor: Pois. É o que dá beber muito quando não se tem costume. Que isto lhe sirva de lição menina Cláudia.

Eu: Eu sei Doutor. Obrigada por tudo.

Douto: Uma amiga sua disse que não iria telefonar para os seus pais porque eles estavam de viagem por isso chamou a irmã dela. É maior de idade por isso pode gerir a responsabilidade por agora. Mas quando os seus pais chegarem eles vão ter de assinar tudo. Os medicamentos...

Eu: Eu sei Doutor.

Doutor: Estou só dizendo-lhe isto para que esconda nada para os seus pais. Eu sei que você não quer estragar a lua de mel deles. Mas mal que eles chegarem têm de passar aqui.

Aquela linguaruda da Sara tinha que ir falar de tudo até para um médico do hospital... se bem que até me safou desta. Se a minha mãe soubesse disto agora, iria vir a correr para Portugal e nunca mais deixaria ir dormir na casa da Sara. Mas todos nós aprendemos com os erros, nunca mais vou voltar a fazer mesmo.

Doutor: Bom, você vai receber alta já hoje. E vamos lhe dar uma cadeira de rodas para poder transportar a senhorita até a casa. Vou chamar o seu namorado que está ansioso por lhe ver.

Meu namorado? Quando ele disse isso, saiu da sala e apareceu logo o Pedro. Ele veio a correr e abraçou-me.

Pedro: Nunca mais faças isto ok?! Tu me pregaste um susto, não sei o que faria sem ti!

Ao ouvir isto vindo dele, nem pensei o que havia de dizer, desatei-me a chorar, r ele consolava-me. O Pedro que conheci há um ano e meio atrás já não é o mesmo de agora. Tinha mudado muito, e para melhor! Estava muito feliz.

Eu: Acho que vou voltar a ter mais acidentes para seres assim tão querido para mim *risos*.

Pedro: *risos falsos* Que engraçadinha. Não perdeste a piada tu. Mas a sério, não voltes nunca mais a fazer isso. O teu lugar é em casa comig.... quer dizer, na tua casa e não nesses lugares de mulheres encalhadas.
Tu és só minha e de mais ninguém.

Quando ele me disse isso o meu coração começou a bater muito rápido e comecei a ficar com muito calor. Eu e ele começamos a nos olhar fixamente nos olhos. Já sabem o que vem a seguir... só que uma enfermeira entra no quarto. Há sempre alguém para estragar estes momentos.

Enfermeira: Desculpe vos incomodar, mas eu trouxe aqui a sua cadeira de rodas senhorita. O médico disse que você só vai precisar dela para ir para casa, depois enviamos alguém para ir recuperá-la. Tome aqui a receita, e uns papéis para assinar.

Assinei os papéis, vesti a mesma roupa e fomos embora. Quem empurrava a cadeira era o Pedro. Na saída do hospital vi a Sara , o Miguel e a Bárbara.

Bárbara: Desculpa fofa. Eu devia ter deixado vocês em casa...

Eu: Não foi culpa tua Bárbara, eu é que bebi muito. Podia ter evitado isso...

Miguel: Pois, és mesmo perigosa tu. Até ficaste paraplégica!

Sara: Cala-te seu burro. Ela não tá com forças para andar só isso... né Cláudia?

Eu: Cada um mais burro que o outro *risos*. Mas Sara * agarrando na mão dela e sorrindo* Obrigada por teres ficado do meu lado e por teres feito de tudo para me ajudar...

Sara: Oh, não ligues. Não foi nada demais ahaha * disse ela quase a chorar*

Eu: Bom vamos todos para casa. Estou mesmo exausta. Quero ir dormir...

Pedro: Posso ficar contigo? * Disse me sussurrando no ouvido*

Eu não respondi nada, apenas sorri e abanei a cabeça.
Quando chegámos a minha casa, porque eu tinha deixado as chaves num lugar onde ninguém iria achar,(debaixo do tapete 😂) abrimos a porta e entramos.
Para ir lá para cima tinha de sair da cadeira.

Pedro: Eu levo-te lá para cima. *disse ele segurando nas minhas costas e pernas pronto para me carregar*

Eu: Deixa estar, acho que já estou bem. *Disse eu me levantando sozinha , mas sem sucesso, porque cai logo de seguida.*

Ainda bem que ele estava lá , esteve a tempo de me segurar antes que eu caísse no chão.

Pedro: Tu és teimosa! *disse ele me levantado há bruta para cima do colo dele.*

Eu: Aí!! Mais devagar.

Pedro: Ah! Desculpa. *disse ele dando-me um beijinho na testa.*

😍😍😍

Quando chegámos no meu quarto, ele deitou-me na cama.
Ao deitar-me na cama desequilibrou-se e caiu para cima de mim... e lá nos encontrámos um em cima do outro.
De repente ele espeta-me um beijo e eu claro, não resisti, respondi ao seu beijo também....

PAIXÃO INESPERADAOnde histórias criam vida. Descubra agora