Quando o Amor Fere

Capítulo 37

Maite e William estavam ali, sozinhos. Um olhando para a cara do outro, sem saber o que fazer, ou sobre o que falar.

— Vai mesmo ficar aqui é? — ele dizia, se ajeitando na cama.

— Vou é. Não tenho nada melhor para fazer.

— Nossa! — ele disse "admirado". — Mas jura? A sua fama não lhe ocupa? Ual, que coisa louca.

— Não que isso seja da sua conta, mas ocupa sim. E ocupa muito. Mas ao invés de sair pelas ruas e se reconhecida por um dos meus lindos fãs, eu estou aqui, cuidando de um chato.

— E eu já lhe disse que você não tem obrigação alguma de ficar aqui.
Maite riu com deboche.

— Eu sei que não tenho William. Quem deveria estar aqui, é sua noiva. Que assim que notou que podia te deixar com alguém, saiu para fazer sabe-se lá o que.

William ficou calado pela primeira vez. Não retrucou, não gritou. Pois Maite estava certíssima. Quem deveria estar ali, cuidando dele, era sua noiva, que na primeira oportunidade, saiu.

— Mudando de assunto... — ele suspirou. — Como está seu filho?
Ela não entendeu a pergunta, mas respondeu:

— Está ótimo, obrigada.

— Como aconteceu?

— O que?

— Assim que terminamos, você engravidou.

Maite sentiu seu estômago gelar. Teria que alongar aquela mentira que nem se quer deveria existir. Mas, por uma boa causa.

— Bom, eu só posso dizer que estava frágil... Eugenio cuidou de mim e... aconteceu. — ela corou, envergonhada de si mesmo.

— Hm... que fragilidade é essa, ao ponto de ficar com outro.

— Minha vida sexual não lhe diz respeito, William. Então, melhor você mudar de assunto.