Capítulo 16

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Após Jacob e David chegarem, repassamos o plano algumas vezes. Por Roma ser mais longe, decidimos nos teletransportar. Will achou melhor também ir por meio de teletransporte, para o caso de nossa energia ser captada. Assim nossos inimigos teriam dois alvos.

— Feche os olhos e a boca, e não se esqueça de prender a respiração — diz David abraçando-me confortavelmente.

— Qualquer noticia me avisem.

Olho para Will uma ultima vez.

Fechei rapidamente meus olhos, para não correr o risco de passar mal novamente. Em poucos segundos sentia meu corpo sendo levantado e depois sugado.

Caímos no chão molhado de um beco. Estava escuro.

— Está bem? — David ajuda-me a levantar.

— Estou — olho ao redor — estamos no lugar certo?

— Sim.

David me conduz para um lugar mais iluminado.

O frio estava começando a me incomodar.

— Espere aqui — David se afasta e some de minha vista.

Algum tempo depois, ele volta com luvas e casacos.

— Onde conseguiu isso? — pergunto.

— Apenas vista.

Visto rapidamente e seguimos caminho.

Para disfarçarmos andamos de mãos dadas.

Percebia algumas pessoas nos olhando. Comecei a pensar se não eram capangas de Ozius.

— Está sentindo a presença de algum deles? — pergunto.

— Não. Vamos por aqui.

Pegamos um beco que dava uma avenida movimentada.

— Com licença — David se aproxima do vendedor de flores — sabe dizer onde fica um teatro que foi fechado há alguns anos atrás?

— Segues por aquela rua. Esquerda, esquerda e depois direita.

David sorri em agradecimento para o homem.

Seguimos conforme as instruções do homem. Depois de vinte minutos caminhando e tentando entender as coordenadas das pessoas na rua, encontramos.

A fachada estava toda acabada. Parecia mais um prédio fantasma.

— Porque estamos aqui?

— Will me dissera que Benicio adora arte e coisas do tipo. Então pensei que ele adoraria viver em um lugar que fizesse jus ao seu gosto.

Sorrio admirando-me de sua inteligência.

A porta principal estava trancada. Demos a volta e pegamos um beco. Achamos uma porta de ferro. David empurrou-a algumas vezes até que ela abrisse.

Entramos tentando fazer o mínimo de barulho possível.

Estávamos nos bastidores. Tinha muitos objetos largados.

Seguimos um pouco mais adiante até que chegamos ao palco. Vou ao centro e tento enxergar algo, mas era quase impossível, boa parte do lugar estava escuro.

— Irei lá em cima.

— Tudo bem — respondo.

David some em meio à escuridão.

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