situações estranhas

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– Por favor me responda. – Revirei os olhos – De quem você quer me proteger?

Ele fez cara de paisagem (fez sim eu vi) se aproximou ficando perto da luz do meu abajur que iluminou seu rosto ele estava próximo de mais de mim – de M-A-I-S – seus olhos nos meus olhos. O que eu pensava ser azul era na verdade um violeta, ele é mesmo real?

– Você parece ser do tipo que brilha no sol – digo e depois dou risada da coisa mais estupida que eu já disse.

– Não posso sair no sol.

– Ok. Então você é um vampiro tradicional daqueles que queima no sol.

Ele ri

– Você é tão hilária.

Ele poderia até ter conseguido mudar o assunto (ou foi eu que fiz isso?) Mais alguma coisa estava muito estranha

Ele ficou de costa para mim.

– Você precisa ficar longe de Cai – sussurrou

Alguma coisa muito ruim aquele garoto deve ter feito. Até meu anjo da guarda me queria longe dele.

– Cai – repeti para dá aquela ênfase na palavra – Por que?

– Ele não é quem tu pensas que é.

Eu nem conheço Cai – ainda – Não tenho uma opinião formada dele.

– Quem ele é?

O corredor faz um barulho estranho quando olho para trás vejo Cléo – dormindo – encostada na porta esfregando os olhos.

– Da para você parar de falar sozinha? Serio está me dando medo.

– Não estou sozinha estou com ... – Quando me virou de volta não havia mais ninguém. – Ele estava aqui.

– Posso deitar com você? – Ela mostra a coberta que segurava na sua mão – Não vou roubar a sua esta noite.

– Vem – falo indo para cama quando vejo algo em cima dela – não acredito – meu colar? Estava sem a marca do quebrado que concertei com super bonder, mas era ele. – Não acredito – sussurrei para mim.,

Prometo nunca o tirar do pescoço.

** MAIS UM DIA NAQUELE LUGAR CHAMADO DE FACU**

Como na noite anterior fizemos o mesmo trajeto do prédio para a universidade. Nos despedimos e cada uma foi para um corredor diferente.

Quando entrei na sala eu vi Cai sentado em uma carteira no fundo, puxei uma cadeira e sentei ao seu lado.

– É sério isso? – Falou sem olhar para mim. – Desiste.

– Oi para você também Cai...?

– Griggi. Cai Griggi.

– Não gosto da forma como fala comigo.

– Serio? Já eu não gosto que você fale comigo. – Falou em um tom grosso.

I-D-I-O-T-A com as pausas sim! De que signo ele é será? Não duvido que seja de aries.

Conseguiu me deixar muito sem graça.

– Seus olhos são bonitos, sabia? – Só disse isso para ver se ele amolece esse coração de pedra. – Você parecia gentil quando pegou meus matérias caídos no chão.

– Só fui educado.

– Sério? Você tem isso?

– Por que você é sempre assim?

"Por que você é sempre assim" trocamos meia dúzia de palavras menos de 24h. isso soou como se me conhecesse a anos.   

  – O que você quer dizer com isso? –  encarei ele esperando respostas.

–  Esquece –  ele fitou em meu colar.

–  Ficou bom em você.

toquei o colar com a mão esquerda.

–  Obrigada. – sorri.

–  Você sabe o que significa?

–  O que?

– O colar –  antes que eu respondesse percebi que havia um professor na sala.

ele se apresentou e logo depois escreveu no quadro a frase " No que você você acredita?"

Se virou para turma e perguntou se alguém se atreveria a responder.

–  Eu acredito em Deus –  disse uma garota; cabelo preto bem liso, olhos puxados, boca fina e pele branca (parecia asiática).

  –  Qual seu nome?

– Zayra. –  respondeu a garota.

–  Zayra – Repetiu o professor – Que Deus? em que Deus você acredita –  ele ergueu a mão mostrando os cinco dedos – temos Ala, Urano, Zeus, Jeová... são muitos – ele olhou diretamente a Zayra.

  – Jeová –  ela disse não muito alto.

Cai levanta a mão.

– Muito bem, Pode falar. – o professor a pontou para ele.

– Eu não acredito em nenhum dos que vocês acham que conhece –  disse.

Do que ele está falando?  

Quem e você Valerie?Where stories live. Discover now