O Tronco da Indiferença

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Já de volta em Salvador, todos estavam exaustos da viagem. Beto, que veio para estudar inglês em Salvador, estava muito animado com a mudança de cidade e com a expectativa de seguir em busca de resposta para todas as questões que tinha desde criança. Estava muito feliz de poder conversar com pessoas que também estavam envolvidas com esta misteriosa história que os levava a crê na existência de um mundo paralelo.

Ainda na rodoviária, perguntou:

- Quando vamos ao local das coordenadas geográficas que encontramos?

- Calma menino! Ainda nem chegamos em casa.

- Eu sei tia, mas estou muito ansioso.

- É normal parceiro. Todos estamos.

- O Kaike tem razão Beto. Todos estamos ansiosos.

- É Beto, mas primeiro vamos fazer sua matricula no curso de inglês e na escola. 

- Lá vem o õnibus mainha....Venha Lucas que te coloco no elavador...

- Boca do Rio?

- Sim Beto. Boca do Rio é o bairro no qual moramos.

- Basta descer no fim de linha e subir a rua do Georgina.

- Rua do Georgina?

- Sim, na verdade o nome da rua é rua da Maçonaria, mas como o colégio Georgina fica situado nesta rua, a mesma ficou conhecida como rua do Georgina, aliás, toda a favela ficou conhecida como Georgina.

- Entendi.

Chegaram em casa por volta das 07:00 da manhã e para surpresa da Beatriz, tinha um comitê de boas vinda em frente á sua casa: Sara, Andréa, Patrícia, Wagner Hirata e Diego os aguardavam ansiosamente.

- Quanta demora? Brandou a Patrícia com seu jeito autoritário de ser.

- Olá Paty! Estava com saudade de você também.

- Meninos ajudem aqui com as malas e vamos entrar todos que tive uma ideia. Vou fazer café e suco e tomamos café todos juntos. O que acham?

- Hummmm...Acho ótimo, respondeu a Paty. Assim colocaremos os assuntos em dia.

Durante o café, após a apresentação do Beto, Irlan e Kaike passaram um relatório da viagem, desde o atentado que quase matou o Kaike até o encontro com o Gazola, o homem que lê em branco, finalizando com a citação da última pista encontrada.

Latitude 12° 55 71' S

Longitude 038° 31.18' W.

Na Península, precisam olhar para enxergar o que é despercebido por todos.

- Vou passar para vocês pelo whatsapp.

- Obrigada Beto. Agradeceu a Andréa. Assim, posso já buscar estas coordenadas e localizaremos o local onde teremos de ir.

Beatriz, que já soubera de toda a história e que começava a acreditar que realmente existia algo de verídico, sugeriu: Poderíamos pegar uma praia amanhã lá na Ribeira e com certeza estaremos próximos da localização mencionada. O que acham?

- Concordamos. Assim, pego um sol e perco esta minha cor amarelo japonês.

Todos riram demoradamente.

No dia seguinte, após o café da manhã, saíram todos em direção à Ribeira, mas antes, passariam na ponta do Humaitá, que é o local das coordenadas geográficas que fazem parte da última pista encontrada.

Os Meninos do Georgina e o Reino PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora