08 - Até um dia!

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A noite estava super agradável, se não fosse pela cara sem graça da Louise o tempo todo. Isso com certeza estava deixando o Matt incomodado, porque até eu estou começando a ficar. Pelo o que eu percebi, o boy que eu achava que se chama Italo ou Iago, mas que na realidade se chama Icaro, conhece a Louise de outros carnavais.

— Eu vou ao banheiro. — Louise avisa.

Ela se levanta e caminha em direção ao banheiro. Matt a acompanha com os olhos. Fecho a sua boca com a mão, o que faz Icaro gargalhar.

— Me diz aí, gatinho... — o encaro — Acho que o Matt também quer saber. De onde conhece a Louise?

— Ela é uma ex ficante.

— Você já pegou todas da cidade, não é? — Matt pergunta.

— Quem ele é? — pergunto, rindo — Brad Pitty?

— Ele é Icaro Jordan, Joana. — Matt me olha e eu posso ver a raiva em seus olhos.

Espera. Eu conheço bem esse sobrenome. Carlos Jordan é dono da metade da cidade. Como eu não me liguei? Mas como eu me ligaria? Eu mal sabia o nome do cara, imagina saber quem é.

— E daí que é Icaro Jordan? — falo com desdém — Ele pode ser o papa, Matt... Isso não quer dizer nada.

— Por isso que eu viajei em você, gatinha. — ele pisca pra mim.

Sabendo agora de quem se trata, não vou mentir, não estou mais a fim de pegar. Não é novidade para ninguém que eu não gosto de caras babacas. Eu sei que eu não o conheço, que eu estou julgando pelo o que as pessoas dizem, mas pelo tom do Matt, esse Icaro é problema.


                                                              (...)


A noite foi bem agradável no Restaurante. Tirando a cara de orifício anal do Matt e a vergonha da Louise, tudo foi tranquilo. Icaro me surpreendeu pelo jeito cavalheiro e gentil. Sinceramente não sei se foi jogo para tentar me conquistar ou se ele realmente é assim.

— Obrigada pela carona.

— Não mereço um beijo? — diz, encarando-me.

— Um beijo.

Icaro encosta a sua boca da minha, beijando-me calorosamente. Sua mão toca a minha coxa, subindo o meu vestido com delicadeza. Passo a minha mão pela sua nuca, arranhando-o de leve. Sua mão agora toca a minha virilha, e seu dedo afasta a minha calcinha. Ele solta um leve suspiro entre o beijo, o que me faz sentir uma vontade de dar. Mas só vontade mesmo. Seu dedo dedilha o meu clitóris, como se estivesse dedilhando a corda de um violão. Ele sabia o que estava fazendo, e bom, eu estava adorando isso. Seus movimentos aumentam, e a minha mão por impulso, aperta o seu membro por cima da calça, que está bem duro, por sinal. Mas eu não podia continuar, ou melhor, eu não queria continuar. Seria só mais um sexo, e eu acho que não estou a fim disso.

— Ok... — o afasto — Agora eu preciso ir.

— Você vai me deixar desse jeito? — olha para a sua calça.

— Você se vira! — selo os seus lábios — Até um dia, Icaro.

Abro a porta do carro e saio rapidamente, sem dar tempo de dizer nada.

Os verões do seu sorriso.Onde histórias criam vida. Descubra agora