Capítulo 12

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Quarta- feira.

 Justin chegou ao prédio, poucos minutos depois. Disse para seus seguranças esperarem na entrada e subiu para o apartamento dela.

 Os dois não se esbarraram na porta por muito pouco, ele a olhou com as malas nas mãos, e com os olhos inchados de tanto chorar.

- Onde você está indo?

- Oque está fazendo aqui? Deixou seus irmãos sozinhos?

- Eles não estão sozinhos. E não tente mudar se assunto. - disse rápidamente, com a voz alterada e os olhos arregalados. - Onde você está indo?

- Isso não é da sua conta.

- Olhe, me escute. Por favor. - ele a puxou pelos braços, e chegou mais perto. Mas ela se soltou imediatamente.

- Oque tem para me dizer? - ela estava muito irritada. - Que não consegue se controlar perto de mim? Que não pose ficar sozinho comigo, sem poder me beijar? Por que é só isso que você sabe me dizer.

- Eu juro que não sou essa pessoa que você pensa que eu sou.

- Então me diz, quem você é? Me conte uma novidade?

- Quer saber? - ele olhou para seus pés um instante, e em seguida se concentrou nos olhos dela.

- Sim. - cruzou os braços.

- Eu estou... completamente, apaixonado por você Letícia.

- Ah! - ela revirou os olhos, rindo dele. - E agora, o nome disso é paixão?

- Isso é muito sério. Eu... não resisto cada vez que sinto o seu cheiro, sua pele... sua boca. - seu olhar era quente, - Eu simplesmente não me controlo, caramba! - ele passou as mãos nos cabelos, em sinal de desespero.

 É difícil, eu não consigo mais ficar um minuto sem pensar em você. Na primeira vez que eu te vi, queria apenas sexo, eu confesso. Mas... depois, depois eu descobri que quero bem mais que isso. Eu quero ficar com você, cuidar de você, quero te proteger. - sua voz estava calma agora. Quase um sussurro.

- Oh! - ela não pôde se conter, as lágrimas vieram novamente, caindo de seus olhos sem parar. - Cuidar de mim? Me proteger? Justin, você só quer me agarrar à toda hora, me beijar à força... isso tem nome, mas não é paixão. É obsessão!

- Já te pedi desculpas antes. Quer que eu te peça de joelhos? - ele se ajoelhou no chão. - Eu te peço, me perdoe. Por favor.

- Não faça papel de garotinho apaixonado, que você já é um homem adulto! Só se faz de criança quando quer alguma coisa. Convencido! Acha que todas as garotas do mundo devem cair aos seus pés e ficar com você na hora que você bem quer, e quando quer.

 Ele a olhou perpléxo quando se colocou de pé. Seus olhos castanhos claros estavam vermelhos de fúria, ao mesmo instante brilhantes e súplicantes.

- Então, eu apareço na sua vida. - ela continuou calmamente, respirando com dificuldade. - Não vou para a cama com você, e você resolve fazer isso tudo? - ela abaixou a voz, agora estava implorando. - Você pode ter que você quiser neste mundo Justin. Vê se me esquece.

 Quando ela deu dois passos para ir embora, o Justin segurou seu braço a puxando para perto dele. Trouxe o rosto dela para junto do seu, e acariciou suas bochechas com o polegar.

- Eu não estou mentindo. Eu estou me apaixonando por você. Eu sinto que isso é verdade. Sou louco por você.

 Ele encostou sua testa na dela, e fechou os olhos. Estavam muito perto um do outro, mas pareciam estar separados por dois quilômetros.

- Isso mesmo... - ela se afastou de repente. - Você é louco. Só quer provar para si mesmo e para todos, que consegue todas as garotas que quer. Mas eu não sou tão idiota!

- Isso... não é verdade! - o peito dele subia e descia sob sua camiseta branca. - Me dê uma chance de eu te mostrar que oque sinto, é real.

- Eu estou te dando chances desde o dia em que eu te vi pela primeira vez! Não sou burra. Adeus Justin.

 Ela atravessou a sala, na direção da porta.

- Eu não vou poder suportar te ver ir embora. Não sei oque vou fazer sem você depois... eu não vou deixar.

 Ela deu um sorriso forçado. Por que a última coisa que queria fazer naquele momento era sorrir.

- Oque vai fazer? Você pode mandar nos seus empregados e em todos. Mas não manda em mim! Vê se evita mais escandâlos Justin Bieber!

 Ela tentou abrir a maçaneta, mas o Justin puxou o braço dela com muita força. Quando ela olhou para a mão dele apertando seu braço, o olhou assustada, e em seguida com raiva.

- Você está me machucando! Me solta!

 O Justin a largou, e viu que seu aperto tinha deixado as marcas de seus dedos no braço dela. Após alguns segundos agonizantes de silêncio, ela correu quase que imediatamente para o elevador que ficava bem em frente ao seu apartamento.

 O Justin arrancou os próprios cabelos, e deu um grito alto. Em seguida, pegou um copo de vidro que estava sob a mesa de centro e arremeçou na parede, espalhando cacos por todo o tapete.

- Droga!

 Ele correu para a janela da sala, a abriu e se sentou no parapeito com as pernas penduradas para fora do prédio.

 Lá em baixo só se via a avenida com os carros e luzes dos semáforos.

*

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