four

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Althea Maloley

Eu e Nate estávamos na sala enquanto um filme qualquer passava na TV a nossa frente, apertados no sofá não grande o suficiente, em baixo de um mesmo cobertor velho. Nate já dormia, e eu tentava prestar atenção ao filme, mas minha mente sempre desviava para os garotos que conheci nessa tarde. Jack, e o desconhecido dos olhos negros.

Meu celular vibra em meu bolso e logo o pego, lendo "J" em meu visor, seguido da seguinte frase:

"E ai, T, tudo certo?"

Sorrio instantaneamente, desbloqueando a tela e logo indo responder a mensagem.

"J! Tudo sim, e aí?"

"De boa"

E assim começamos uma conversa. Conto a ele sobre o filme que eu estava "assistindo", e ele me conta sobre seus amigos. Me diz que mora com eles, me conta coisas engraçadas que acontecem. Ficamos por volta de uma hora conversando. Era incrível como sempre tínhamos assunto.

Já estava tarde quando resolvo levantar e subir para meu quarto. Tento acordar meu irmão mas ele nem se move. Busco um travesseiro macio e uma coberta descente, o deixando confortável, e deixo um beijo em sua bochecha.

– Boa noite, maninho. - Rio quieta por falar com alguém que já esta dormindo, e subo as escadas.

[...]

Por volta das 4 horas da manhã, acordo assustada com barulhos no andar de baixo. Escuto vidro se quebrando e alguns resmungos, seguidos por uma
porta batendo. Meu pai está em casa.

Eu sentia medo de meu pai. Ele não era ele mesmo ultimamente. Desde que descobriu o que eu fiz, me tratava mal. Não conseguiria dormir. Muito menos iria confronta-lo. Sem muita certeza do que fazer, peguei meus celular, como se dele fosse conseguir algum conforto. Minhas mãos tremiam quando procurei seu contato e digitei a mensagem:

"J, está acordado?"

A resposta veio quase que de imediato.

"Sempre, T."

Sorrio. Um alívio percorre meu corpo. Ter alguém
para conversar, mesmo que esteja do outro lado da cidade, já me faz sentir segura.

"Aconteceu alguma coisa? Ta tudo bem?"

Leio a mensagem que chegou.

"Por que não estaria?"

Digito de volta.

"Não precisa ficar na defensiva, foi só uma pergunta"
"Tem certeza que ta tudo bem?"

Encaro o celular por alguns segundos. Será que poderia confiar em Jack? Bem, eu precisava de alguém para conversar, e não é como se tivesse alguma escolha. Respirei fundo e contei tudo a ele.

**************
Galera, a partir daqui o negócio começa a ficar tenso hehehehe Comentem bastante, quero saber o que vcs acham q vai acontecer!!

Amo vcs,
Lu.

do better + jack johnsonOnde histórias criam vida. Descubra agora