Braço Quebrado

3.3K 251 147
                                    

"O que foi Pônei? O que está acontecendo?!", eu estava em pânico, tinham três homens assustadores que provavelmente estavam machucando o Marco e que agora estavam vindo em nossa direção.

"Ahn... Te explico depois gata, agora tenho que ir!", a Pônei respondeu com pressa e abriu um portal.

"Sigam a princesa!!!", um deles gritou e eu me assustei, eles estavam atrás de mim?!

Surpreendentemente eles abriram um portal e pularam com pressa nele.

O que a Pônei tinha feito dessa vez?

Bom, eu não tinha tempo para pensar nisso agora, Marco tinha algum problema, e tecnicamente, a culpa era minha, afinal se ele não tivesse me conhecido não teria conhecido a Pônei e não teria se machucado...

Eu e a Jackie corremos até o Marco e o desamarramos com pressa.

"Marco, você está bem?", eu pergunto desamarrando o último nó.

"Claro que sim, por isso que eu gritei cheio de dor.", ele disse sarcástico e eu já ia responder, mas meu ato foi interrompido.

"Parem vocês dois, não acho que agora seja hora para briga entre 'irmãos'. Marco, o que eles fizeram com você?", a Jackie perguntou após brigar conosco.

"Provavelmente? Bom... Ugh.", ele gemeu quando eu segurei no braço dele para ajuda-lo a levantar.

"Acho que já sei o problema...", eu disse, o sentei no chão e peguei a varinha.

"Não use essa varinha em mim!", ele gritou e eu pedi ajuda à Jackie com o olhar.

"Calma, Marco. Ela só quer ajudar.", ela disse o dando um beijo na bochecha.

"Ela pode até querer ajudar, mas será que vai conseguir?", ele questionou sem fé.

"Olha aqui, Marco. Eu vou conseguir ajudar se parar de por pressão em mim, pois estressada que não vou conseguir mesmo!", eu briguei com ele e finalmente ele resolveu calar a boca.

Eu respirei fundo buscando a paz, caso aquilo desse errado era capaz de eu transformar o Marco num esqueleto.

"Visão de Raio-X!", eu exclamei após uns dois minutos.

Um raio azul saiu da estrela central de minha varinha, logo, coloquei minha mão nele para testar e ter certeza que o garoto problema não fosse virar um esqueleto, e ao olhar pelo lado oposto que a estrela emitia a luz, eu vi meus ossos, mas felizmente, ao tirar minha mão da luz azul ela ainda estava... Inteira.

Após este teste rápido, mirei a luz no braço do Marco em que eu havia segurado, e ao olhar pela estrela, vi que ele estava quebrado.

No instante seguinte, pressionei a parte de cima da minha varinha para baixo como um botão, o que fez o feitiço se desativar.

"Jackie, o braço dele está quebrado, o leve para um especialista, enquanto eu vejo o que está acontecendo com a Pônei.", eu comandei determinada.

"Mas, Star, o pronto socorro mais próximo é muito longe!", a Jackie respondeu e eu olhei para a porta da balada, caso aquele garoto imprestável estivesse lá eu ia o fazer prestar para alguma coisa, mas ele já tinha ido embora.

Voltei meu olhar para o Marco que continha uma expressão cheia de dor em seu rosto, nem sei como ele não deixava lágrimas caírem, e logo vi o olhar preocupado de Jackie.

Eu já estava me mordendo de agonia, não tinha a mínima ideia do que fazer, mas tive uma ideia.

"Olha, eu não sei o que ou onde fica esse tal de pronto socorro, mas posso tentar abrir um portal para lá.", eu disse e ela assentiu com um sorriso bondoso em seu rosto.

          

Vamos lá, Star! Pronto socorro! Pronto socorro! Pronto socorro!

Tentei focar minha atenção ao máximo nessa palavra e peguei a tesoura ainda focada; abri-a e 'cortei o ar', logo vendo um portal aberto em minha frente.

"Eu... Vou testar para ver se é seguro.", eu disse meio sem graça e passei a cabeça pelo portal.

Ao fazer isso, vi uma construção grande, meio parecida com a escola só que sem armários e pátio, logo na porta estava escrito 'pronto socorro'. Dei um suspiro e logo em seguida um sorriso aliviado, tirei minha cabeça do portal e sorri para a Jackie que retribuiu o sorriso.

"É seguro ir.", eu afirmei.

Nesse momento, Jackie tentou levantar Marco, mas ele não era lá à pessoa mais leve do mundo.

"Licença, Jackie.", eu pedi, e mesmo ela estranhando, soltou o braço dele, o deixando no chão novamente.

"Levitato!", eu disse calmamente apontando a varinha para Marco, que ao ser tirado do chão ficou inquieto.

"Me põe no chão!", ele gritou e eu ignorei.

Jackie fez o mesmo e entrou no portal, e eu a segui. Assim que entramos vimos um monte de cadeiras em meio ao escuro, eu até ia por o Marco em uma, mas a namorada dele interrompeu o ato.

"Não temos tempo para esperar!", ela disse, pulou o provável balcão de funcionários e pegou o telefone que estava preso a parede. "Ei! Médicos! Temos uma emergência aqui! E o trabalho de vocês é ajudar um cidadão ferido! Então parem de dormir e venham fazer o seu trabalho!", ela disse autoritária e eu me surpreendi com sua audácia no assunto.

Como o Marco tinha conseguido uma garota como ela?

Balancei a cabeça para sair do transe e vi luzes se acendendo.

"Jackie, eu realmente preciso ver o que está acontecendo com a Pônei, você pode dar conta do resto?", eu sabia que ela podia, mas perguntei mesmo assim.

"Posso. Você já ajudou bastante, Star, obrigada.", ela respondeu e eu assenti determinada.

Agora sim, sentei o Marco em uma cadeira e abri outro portal com os meus pensamentos na P. Head.

"Pônei, cadê você?!", eu gritei ao passar pelo portal, sem nem me dar conta que estava no Amethyst Arcade.

Eu estava a procurando em todos os cantos, de repente, noto um ponto verde-água com detalhes rosa, flutuando e cercado por homens sinistros.

"Cabeça Pônei!", eu gritei correndo em direção dela, mas assim que ela me viu, fez sinal para que eu parasse, e eu não entendi nada, mas obedeci.

"Chega de fugir querida, hora de aceitar as consequências.", aquele era... O Rei Cabeça Pônei?!

"Acontece que eu não quero aceitar as consequências ainda, Papi!", ela disse e explodiu todo mundo para longe dali, voando em minha direção em seguida.

"B-Fly! É o seguinte, hoje foi muito legal! Eu super curti minha última noite com você! Mas não quer dizer que você esteja autorizada a se esquecer de mim agora!", ela disse com pressa, mas de uma forma alegre.

"Espera aí, última noite? Por que última noite?", eu estranhei o argumento dela.

Ela soltou um suspiro antes de continuar.

"Olha... Quando você saiu...", eu nem hesitei em interrompê-la.

"Mas eu só saí ontem!!!", eu gritei.

"Eu sei! Mas neste tempo eu já saí da linha de novo e...", ela começa a chorar. "E agora... Eu vou para o Santa Olga!", mesmo tentando continuar sem fazer escândalo ela abre a boca para começar, mas é impedida.

The Princess and The Bad boyOnde histórias criam vida. Descubra agora