24 de junho de 2009
Meu querido quase diário,
Bem, eu não tive preparada para voltar a escrever. Passei um mês pensando o que seria da minha vida e o que faria para torná-la interessante. Pois bem, eu esqueci essa coisa de tornar parte de algum lugar, ser lembrada ou reconhecida, dediquei-me a fazer coisas para outras pessoas, comecei com a Jaque, ela tem alguns problemas com a mãe e claro não foi tão fácil convencê-la que ela tinha que dar outra chance para mãe, enfim as duas conversam mais agora. Preciso dizer que tudo mudou na escola, sabe o grupinho do começo? Eu, Carla, Júlia e Bruno, então, todos se agregaram, no caso de Júlia, ela quis dar uma sumida mesmo, já o Bruno sempre dá um oi e fala algo nerd e claro eu não entendo nada. Os grupos da escola ficaram assim: Eu, Carla e minha amiga Jaque; Bruno, uma garota hipster chamada Isabelle e o Luis, que é o cara mais ansioso que eu conheço; e Júlia ficou com a Ana e o Thomas que é namorado da Ana. Esses dois são bens estranhos, mas tudo bem. Vai ter uma excursão daqui dois dias e eu sei que o Bruno vai. Agora parte de mim dar um empurrãozinho para irmã catar esse garoto logo e parar de lenga lenga. Obrigado diário por me escutar, juro que vou escrever mais.
Até mais.
Tudo muda ao passar do tempo, mas na Escola Estadual Profª Vanir Rodrigues parece que é normal.
— Bruno, você precisa parar de vir de suéter — recomendou Isabelle, uma hipster com seu cabelo ruivo e seu macacão.
— Eu gosto de suéter — respondeu timidamente.
Isabelle era conselheira de Bruno, suas dicas eram impressionantes e às vezes estranhas, mas ele tinha a consciência que aquilo era verdadeiro:
— Porque não posso usar suéter? — perguntou um pouco sentido, ele gostava daquele suéter xadrez, sua avó tinha tricotado.
— Garotas não gostam de caras com suéter.
Suéter para Isabelle era o mesmo que dizer: "Eu desisto do convívio social, prefiro ser um virjão".
— E o que vou vestir? — preocupado que só, imaginando que teria que mudar seu guarda-roupa.
— Use aquela jaqueta jeans em dias de frio — respondeu Isa, lembrando a famosa jaqueta jeans, que só é usada em ocasiões especiais.
— Mas só posso usar em ocasiões especiais — retrucou quase choramingando.
— Ir ao bate-bate não é um dia especial — e ela meche na ferida.
Bruno tinha um estranho gosto de ir ao bate-bate pelo menos uma vez na semana, e em uma dessas vezes ele levou à ruiva, só que não deu muito certo:
— Ah, garoto, tu tá ferrado!
Ela mostrou seus dotes para coisa e com seis batidas no carro de Bruno, ele desiste e sai caminhando em passos lentos.
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Meu querido quase Diário
RomanceCarol Fonseca é a simples garota do interior. Apesar que, muitos a vê como a garota mais popular e dos sonhos de qualquer garoto. Ela mora em Campinas com seu pai, entretanto, não por muito tempo. Mesmo que ela queira desaparecer da cidade, ainda vê...