Cap. 4

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Hikaru

Que garota mais complicada. Depois daquele incidente não tenho mais a visto. E olha que já se passou 3 semanas. Parece que ela está me evitando e isso está tirando minha paciência.

Como se eu quisesse saber mais dela.

Bom... Eu quero, mas ela não precisava se isolar como se eu tivesse uma doença contagiosa. Ela não sabe o quanto me arrisquei pegando o carro do meu padrasto, e para minha sorte minha mãe ligou avisando que iria ficar mais um dia fora com ele. Eles passaram dois dias na casa dos meus avós maternos. E eu fiquei bastante aliviado por isso. Não teria que responder a enxurrada de perguntas dele. Somente da minha irmã postiça que prometeu guardar segredo de tudo que aconteceu.

Eu tenho a visto de vez em quando pela janela. Eu não sei se o destino trama contra mim, mas seu quarto fica de frente para o meu e vez ou outra vejo sua silhueta por trás da cortina. É mais nítido pela noite.

E não, eu não sou nenhum stalker, eu apenas tenho curiosidade de saber quem é ela, já que só sei apenas seu nome. Ela fala sonhando. E não era bem um sonho, estava mais para um pesadelo. Ela se debatia na cama e gritava por um nome que me esqueci e falava com ela mesma. Era estranho e ao mesmo tempo angustiante.

Ela despertou totalmente minha curiosidade e sinceramente estou feito um louco tentando descobrir mais sobre ela, só que sem sucesso. E isso é uma coisa muito rara de acontecer. Não sou muito de me interessar por algo, mas quando me interesso eu vou até o fim. E parece que isso tudo é só o começo.

Começo a frequentar o curso de psicologia amanhã e sinceramente não estou nem um pouco afim, mas é necessário. Tudo menos fazer a vontade de meu pai. Isso nunca. Não sou mais seu fantoche, e se ele quiser marionete, que use seus filhos, pois a mim ele não usará mais.

Minha mãe está ansiosa por isso, até mais que eu mesmo.

Espero que a faculdade não seja igual ao colegial. Eu odiava muito, todos os dia alguém fazia chacota comigo e não me enturmava com ninguém, apesar de fingir não dar a mínima pra isso, eu me importava sim.

Era um sufoco não ter um sequer amigo na escola. Ficar sozinho durante o intervalo e comer sozinho no refeitório. As pessoas eram obrigadas a fazer trabalho comigo. Ninguém queria ficar perto do garoto mais estranho da escola. Eles me chamavam de Hika- Kimyō (Hika- Estranho). Mas foda-se, esse tempos já eram, ficaram no passado. Agora é seguir em frente.

Quem sabe agora as coisas sejam bem mais diferente agora. Eu dei uma mudada radical tanto fisicamente quanto psicologicamente. Antes eu era tão retraído e minha aparência não era das melhores. Eu era baixinho e cheio de espinhas e para completar minhas roupas eram bem maiores que eu. Eu realmente era um peixinho palhaço em meio aos tubarões que estraçalhavam a minha vida.

O dia está escurecendo e meu último dia de sossego também.

Decidi deixar a loja do velho Tadashi e ele aceitou muito bem isso, ele disse que já estava na hora de tomar um rumo em minha vida, e que se eu não o fizesse, ele mesmo o faria. Achei muita ingratidão da parte dele, mesmo sabendo que ele estava brincando. Ele podia pelo menos fazer um maior drama de despedida, ao invés me praticamente me expulsar, mas vou continuar a conversar com ele de vez em quando. Eu gosto daquele velho demais.

Agora estou em meu quarto e assistindo a segunda temporada fodastica de Shingeki No Kyojin.

Já que esse é meu último dia de paz, vou gastar com o que eu gosto, que é assistir animes. Esse anime é vida. Mikasa é a melhor.

Logo após terminar o anime eu deito na cama e estava pegando no sono, eu disse quase, porque de repente um som vindo da minha querida vizinha começa a tocar, ecoando por todo o meu quarto.

Não Desista De MimOnde histórias criam vida. Descubra agora