Capítulo 3 - Os Homens Também Choram

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Matthew Davi Roy Parker


Me chamo Matthew Parker, tenho 28 anos e sou dono de uma das maiores empresas de Engenharia na América do Norte e da Europa. Moro com a minha ex esposa Lucy Janne McLean, ela me convenceu a deixar meu filho da casa de alguma família para o proteger. Desde que minha empresa subiu de nível e ficou conhecida pelo mundo, alguém me ameaça. Não sei nada sobre a pessoa que está com meu filho, Lucy foi quem o levou dizendo que seria o melhor visto que sequestraram meu irmão, Lucas, quando meu filho, Davi Jr., havia acabado de nascer.

Com 2 meses meu bebê saiu de meus cuidados. Já tem 6 meses que não sei nada de seu paradeiro, ele já está com 8 meses e eu ainda não sei muito bem onde está. O homem que sequestrou meu irmão foi preso e insinuou que o mandante do crime era alguém muito próximo da minha família e principalmente de mim.

Depois disso contratei um detetive para descobrir duas coisas: 1º Onde está meu filho e 2º Quem era o tal mandante que aquele criminoso disse que era alguém próximo a mim. Em 2 semanas Marcos descobriu tudo o que eu precisava e o que eu descobri me deixou feliz e puto ao mesmo tempo.

O homem que foi preso se chamava Alan, mas não sabíamos seu sobrenome era McLean, o mesmo sobrenome de Lucy, quando soube disso terminei o relacionamento e pedi o divórcio. Marcos descobriu que tudo que Lucy queria eram os meus bens e por isso engravidou, seus planos eram casar comigo, engravidar e pedir o divórcio para receber além de metade de tudo que é meu e uma mesada bem gorda ao nosso filho.

Levei tudo à delegacia e fiz uma denúncia contra minha ex mulher. Porém, quando cheguei em casa com a polícia ela não estava mais lá. Mais uma vez chamei Marcos para me ajudar e rapidamente descobrimos o seu paradeiro, ela estava na Itália, semana passada ela foi presa e eu tive mais uma surpresa.

Meu irmão foi para o Canadá semana passada para assumir a nossa empresa de lá. Enquanto isso eu estou aqui na empresa da Califórnia. Marcos descobriu o nome da mulher que ficou com meu filho, Marta Carter. O maior problema disso tudo é que essa mulher morreu 3 semanas depois do meu filho sair dos meus braços. Sua filha, até então trabalhava no RH da minha empresa e quando sua mãe morreu ela pediu demissão e se mudou. Meu detetive foi atrás dela em Orlando e quando chegou lá descobriu que ela se mudou para New Orleans e neste momento está por lá.

Hoje vou na prisão conversar com Lucy para saber mais dessa história, por mais que tenha sido fruto de uma armação o bebê é meu filho e tem que estar sob meus cuidados. Eu preciso dele aqui, só eu sei o quanto chorei e sofri pela falta do meu filho. O amo muito mesmo não tenho muito tempo com ele. E se a mulher que está com meu filho estiver cuidando bem dele e estiver protegendo ele com garra, então eu darei um jeito dela ser muito bem recompensada.

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— Por que tudo isso Lucy? Por que tanta ganância? Tudo isso não passou de um jogo pra você? - perguntei assim que ficamos cara a cara em uma sala

— Não sei do que está falando meu amor. Você provocou tudo isso. - ela diz sorrindo

— Não entendo. - digo confuso

— Não sei se você lembra, mas 4 anos atrás meu pai quis investir tudo o que ele tinha em sua empresa e foi humilhado por sua família, e então eu jurei tirar tudo de você para que assim atingisse uma família com uma cajadada só. Eu tenho nojo de você e da sua família e tenho nojo de ter carregado seu sangue em mim por 9 meses e ainda ter que amamentá-lo. - ela diz me fazendo odiá-la

— Mandou meu filho pra longe por que, afinal? - perguntei

— Você criou uma ligação muito forte com ele. Isso significa que quanto mais tempo longe mais você sofre, então boa sorte em achá-lo. Aliás, fiquei sabendo que meu irmãozinho colocou alguém atrás da mulher que está com Davi e como ele é muito bom, a mulher não durou um mês. - ela gargalhou — Agora a filhinha dela vive viajando com aquele melequento e eu sei todos os caminhos que ela já percorreu e onde está neste exato momento. - diz sorrindo como uma vilã

— Eu vou encontrar a mulher que está com meu filho e a colocarei na cadeia como sua cúmplice, sua infeliz, e juntas poderão trocar figurinhas como duas malditas. - digo enfurecido e saio dali enquanto minha ex esposa solta risadas

— Veremos Matt, veremos! - ainda consigo ouvir

Saio dali e vou para o trabalho. Quando sair terei que dar um jeito de falar com Marcos, preciso de informações sobre o ocorrido e sobre tudo o que ouvi da boca da mulher que um dia jurei amar. Mas agora só espero que apodreça em uma prisão imunda e que façam dela gato e sapato pra aprender que não se pode entrar na vida de alguém pelo simples fato de vingança.

Meu dia é muito cheio e quando resolvo levantar da minha cadeira pra almoçar já são 15 horas. Minha secretária me liga avisando quem tem um homem na sala de espera querendo falar comigo e diz que o assunto é sobre a investigação, peço para que Emília diga para que ele espere e vou ao seu encontro.

— Marcos, que surpresa! Pensei que estava em Orlando. - digo pela rapidez que ele teve de ir e voltar

— Sim, Matthew, mas acabei de chegar. Descobri algumas coisas e preciso compartilhar com você. - ele diz e eu balanço a cabeça em concordância

— Sim, claro. Estou indo almoçar. Quer me acompanhar e me contar tudo? - pergunto, estou ansioso

— Tudo bem, ainda não almocei mesmo. - ele diz e vamos andando

No caminho fomos em silêncio, o restaurante era perto. Todo o almoço se resumiu em novidades sobre o paradeiro de Alice Carter. Sim, esse é seu nome, o nome da mulher que está fugindo por aí com meu filho. Marcos contou que ela já trabalhou pra mim e que agora está no Canadá, mas que não sabe ainda o exato lugar onde ela está. Amanhã ele estará indo até lá verificar.

Volto para a empresa e vou direto pra minha sala, lá eu sento em minha cadeira e a viro para a enorme janela de vidro onde eu costumo olhar para o horizonte e pensar na vida. E ali, naquele momento, eu faço uma promessa. Não é uma promessa que apenas me favoreça e sim uma promessa que vai favorecer a mim e a mais alguém.

Decido não pensar em mais nada com relação à isso e foco no trabalho. Verifico alguns papéis, assino alguns documentos, algumas videoconferências, duas reuniões e quando me dou conta já são quase oito da noite. Minha secretária já foi embora e eu penso em ir até a casa de Michael. Ele é meu melhor amigo, vai me querer pra ir beber com ele com certeza já que é sexta-feira.

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⏰ Last updated: Jul 12, 2017 ⏰

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