" Capítulo 2 " - Bryan e Mail

380 33 0
                                    

Bryan e Mail eram irmãos e amigos inseparáveis,  estavam em sintonia simultânea o tempo todo. Desde Muito pequenos com diferença de dois anos entre eles, a amizade era real e recíproca. E não era por ser irmãos, mas por afinidade além de vidas.

Por desconhecer a finalidade desta instituição chamada família, grande parcela da humanidade duvida de sua importância, despreza sua estrutura e desvaloriza seus laços consanguíneos e afetivos.

Mas a Doutrina Espírita alargou nossos horizontes para além da vida física e revelou-nos a vida do Espírito imortal. Impulsionados pela Lei do Progresso somos submetidos a vivenciar diferentes experiências no plano físico, nas mais diferentes situações, para aquisição do conhecimento e da mais elevada moral. Impossível progredir sem reencarnar. E a alma que reencarna bem do Mundo Espiritual para progredir. Hoje já temos informações suficientes para podermos conhecer o objetivo da família, a origem da sua formação e a sua finalidade.

Ensinam-nos os Benfeitores Espirituais, na questão 913 do "O Livros dos Espíritos" que o egoísmo é o vício mais radical e que dele deriva todo o mal. Dizem eles: "Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos existe egoísmo... Quem nesta vida quiser se aproximar da perfeição moral deve extirpar do seu coração todo sentimento de egoísmo porque é incompatível com a justiça, o amor e a caridade: ele neutraliza todas as outras qualidades."

É necessário extirpar o egoísmo que existe em nós e substituí-lo pela prática do amor e da caridade. Deus, o Pai Nosso, conhecendo profundamente a fragilidade de seus filhos e os perigos que o egoísmo oferece para o nosso progresso, criou um mecanismo para nos auxiliar a combatê-lo: DEUS criou a FAMÍLIA, onde a proximidade física e os laços de afetividade trabalham na destruição deste vício.

Na busca do progresso e da evolução, indispensável reencarnarmos quantas vezes forem necessárias, e para que este retorno ao mundo material aconteça, necessitamos adquirir um novo corpo físico que somente será possível através da união de um óvulo com um espermatozoide, dando início à formação do feto que, desenvolvendo-se, nos colocará de volta ao palco da vida. O nosso reencontro com o passado é inevitável. Não alcançaremos os mais altos degraus da evolução sem nos harmonizarmos com todos a nossa volta. Algumas vezes, impossibilitados de nos reencontrarmos, através dos laços da consanguinidade, Deus possibilita-nos através da adoção receber em nosso lar, o companheiro do passado, ligado a nós por amor ou tragédias, para que possamos nos amparar e sublimar as desavenças do pretérito. A adoção é um grandioso ato de amor, comprova a fragilidade dos laços consanguíneos e a certeza de que a paternidade e a maternidade do coração são mais vigorosas, e Deus jamais nos nega a possibilidade de sermos pais e educadores.

 O que realmente importa é aproveitar a oportunidade de aprendizado que Deus nos oferta através da convivência que poderá ser de carinho, alegrias com nossos afetos, ou de conquistas futuras com os desafetos do momento. Os afetos de hoje serão nossos amores de amanhã. Esta é a grande proposta de Deus para estabelecer na Terra a Família Universal, a humanidade unidade pelos laços do respeito e da fraternidade. O lar é a escola que Deus criou para que pudéssemos aprender a convivência fraterna, a amar de diferentes formas. Amar como pais, amar como filhos, enteados, irmãos, primos, avós, tios, sogro, sogra, genro, nora, madrasta, padrasto e todos aqueles que a vida traz para perto de nós. Se a família fracassar nesta tarefa de reeducar o Espírito que chega, a sociedade sofrerá as consequências trágicas deste fracasso, abalada na sua estrutura e mergulhará no caos. Amar dentro do nosso lar!

Os dois irmãos em outras vidas anteriores a esta, estiveram juntos criando laços de união, diante das situações de riscos que se apresentavam, laços criados se eternizam na vida terrena. Bryan por ser o filho mais velho da família sempre prezou em ajudar os pais, em tudo que cabia. Na ausência do pai, que tinha muitas vezes que sair de casa por dias, era Bryan quem ficava a postos, fazia rondas e cuidada dos irmãos, que ainda pequenos necessitavam de orientações para viver, se tornava um provedor gentil e hospitaleiro.

Lembranças das Minhas Outras Vidas-Livro 1 / 2   /3Where stories live. Discover now