Capítulo 37

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- Mesmo que o mundo desabe, que as coisas ruins lhe aconteçam, nada dura para sempre e, certamente, você encontrará um caminho para superá-las.🍃☁💕

Por mais que eu soubesse o que realmente deveria fazer, por mais que fosse uma pessoa rancorosa demais para me atrever à perdoar alguém depois de ter feito algo de errado, nesse exato momento não sei o que diabos aconteceu e eu acabei caindo na minha própria realidade, e vendo que sou completamente incapaz de dispensar Thomas dessa maneira, porque com certeza, se eu dissesse um "não" agora, não iria ter direito e muito menos coragem de ir atrás dele depois, eu sei que fazeria isso porque da primeira vez fiz, então eu levantei o olhar, já que estava fitando o chão, e olhei para ele.

Kathe: Tudo bem, deixa isso pra lá.

Ele sorriu de lado e me abraçou, okay que qualquer pessoa poderia ver e gritar aos sete ventos, mas por alguns segundos resolvi esquecer as consequências e focar apenas ali, me reconfortar no abraço magnífico que Thomas tinha e simplesmente retribuir, ele me apertava contra si, com os olhos fechados eu apenas aproveitava o momento, sentia o perfume viciante que ele usava, terminamos o abraço com um beijo caloroso, repleto de mãos bobas por todas as partes, até que começaram a vir gritos e barulhos estrondosos do salão.

Kathe: Meu Deus, que porra é essa?

Falei caminhando com cuidado até lá, esquivando para que ninguém me visse de maneira alguma. Quando peguei proximidade suficiente para ter boa visão, pude ver um homem caído no chão e várias pessoas em volta, ao invés de chamarem socorro ou algo do tipo, elas olhavam para a pessoa caída com desdém.

Thom: Vou lá ver o que é.

Bem, ele falou isso quando eu já estava indo em direção ao pessoal, então fui também, Luigi estava com uma arma na mão mas guardou logo em seguida.

Thom: Mas o que tá acontecendo aqui?

Gustavo: O cara invadiu, deve ser bem ruim das ideias pra fazer uma merda dessas.

Alguns se dispersaram e eu aproximei, estava com medo do homem se levantar e sair atirando pra todo lado (Pumped Up Kicks, referências), então com o pé dei um chega pra lá nele, e coloquei a mão na boca quando vi aquela cara de filho da puta que eu reconheceria à trocentos metros de distância.

Gustavo: Eu não vou falar que sinto muito Katherine, até porque não sinto nada, mas de toda forma...

Thom: Uau, Adam.

Kathe: O que essa coisa tá fazendo aqui?

Idiota, babaca, nojento, trouxa, mas era meu pai de qualquer forma, me abaixei e peguei no pulso dele.

Kathe: Tem pulsação, Gustavo? Liga pra uma ambulância?

Ele revirou os olhos.

Gustavo: Ah não, de jeito nenhum, deixa morrer aí ó.

Kathe: Por favor, eu o odeio mas né.

Gustavo: Tá tá, por você então.

Sorri sem mostrar os dentes e vi Thomas se afastando, todos estavam normais como se nada tivesse acontecido, em volta de Adam havia uma poça de sangue, onde eu pisava com todo cuidado do MUNDO pra não sujar meu vestido maravilhoso

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