A Coordenadora

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"De repente Romilda abre os olhos rapidamente. Os seus olhos não estavam normais, agora eles estavam todos pretos, como se as trevas tivessem reinando completamente a sua alma."

Romilda começou a falar em uma língua estranha, na qual Alice nunca tinha ouvido na vida.

Ao fechar as suas duas mãos com tanta força, como tivesse tentando segurar uma raiva imensa que vinha dentro dela, Romilda acabou estraçalhando o copo descartável em que estava segurando.

A água de dentro do copo voou para todos os lados, molhando os pisos xadrez preto e branco da secretária, caiu até no rosto de Alice, mas Alice estava tão paralisada de tanto medo, que nem se quer moveu-se quando a água caiu sobre o seu semblante.

Romilda com a sua face diabólica e com seus olhos todos pretos, foi se aproximando da mesa onde Alice estava sentada.

O medo que Alice estava naquele momento era tão imenso, que impediu com que ela tivesse a reação de correr, gritar, ou qualquer outra reação que ela pudesse ter naquela situação.

Depôs de alguns segundos, a única coisa que separava Romilda de Alice, era uma mesa, a mesma que Alice estava sentada.

Colocando as duas mãos sobre a mesa, Romilda olhou fixamente para dentro dos olhos de Alice e disse:

- EU QUERO! EU QUERO A MINHA PARTE DO ACORDO! - Romilda não estava falando com sua voz original. Agora ela estava falando com uma voz bem grave e com mais de três tons de uma vez só, como se fosse um monte de pessoas que tem vozes graves e estivessem falando juntos.

Alice em sua vez não disse nada. Apena ficou parada olhando horrorizada para Romilda.

Então Romilda começou a socar a mesa com suas duas mãos, não eram socos que batiam com a parte da frente das mãos (onde ficam os dedos), e sim com a parte de baixo, como se fosse um gorila batendo em um tambor. E começou a gritar com sua voz grave e com vários tons de uma vez. - EU JÁ CUMPRI A MINHA PARTE! AGORA CUMPRA A SUA! EU QUERO A MINHA PARTE! EU QUERO! - ela gritava tão alto, que salivas voavam de sua boca.

Romilda estava batendo tanto na mesa com uma força sobrenatural, que a mesa começou a rachar e se quebrar, e assim cortou as suas mãos.

Sem ao menos se importar que suas mãos estavam sangrando, Romilda a coordenadora falou - ENQUANTO EU NÃO TIVER A MINHA PARTE! TODOS VOCÊS VÃO PAGAR! TODOS OS SEIS! TODOS! - agora além das salivas que voavam de sua boca ao gritar ao falar, também voavam sangues de suas mãos ao bater na mesa.

Alice estava com tanto medo e nervosa que de repente ela começou a ficar tonta, a sua visão embaçada, e ver pequenas gotas de luzes em sua frente que cada vez ia aparecendo mais, sua audição foi diminuindo lentamente e destorcendo o som que ela ouvia, até que ela finalmente desmaiou.

Após despertar do desmaio. Alice viu um local com camas forradas com lençóis brancos, com paredes relativamente brancas, e alguns armários pratas que iam do teto até o chão, e também ver quatro pessoas sentados na cama do lado e olhando para ela.

A primeira era Fernanda (a sua amiga), o segundo era Gabriel (um outro amigo, que era um garoto alto, forte, e com um corpo bem atlético, todas as garota da escola dariam tudo para ficar com ele), o terceiro era Lucas (também outro amigo de Alice, ele era branco, um pouco alto, com cabelos lisos e com corte asa-delta), por fim, a ultima era Aline (que era a inspetora mais boazinha da escola, ela era negra, sempre usava rabo de cavalo, e ela era baixinha, mas ainda era um pouco mais alta que Alice) - Onde eu estou? - perguntou Alice para Aline a inspetora.

- Você esta na enfermaria. - respondeu a inspetora Aline.

- Enfermaria? Estou no hospital? - perguntou Alice curiosamente.

Aline deu um risinho e disse:

- Não, você esta na enfermaria da escola mesmo.

- Nossa eu estudo aqui desde 5 anos de idade, ou seja, estudo nessa escola quase 9 anos e eu não sabia que esse colégio tinha uma enfermaria. - disse Alice indignada e surpresa ao mesmo tempo.

- Nós também ficamos tão surpresos quanto você, pode acreditar. - disse Lucas.

- Verdade. - confirmou Gabriel.

- Por que estão todos aqui? E a aula? - Alice perguntou preocupada.

- A gente está aproveitando o horário do recreio para ver como você está. - disse Fernanda.

- Aaah. Enzo e Miguel também vieram, mas eles estavam com muita fome, então foi no refeitório comer alguma coisa e já devem estar voltando.

A inspetora se levantou e falou:

- Vou lá à secretaria e já volto. Alice você tem que descansar um pouco, então nada de se levantar da cama.

- Também. - disse Alice.

Após Aline a inspetora sair da enfermaria, Alice falou:

- Pessoal estou com medo, hoje de manhã eu "acordei" com essa marca em minha mão, - Alice mostrou a marca para eles. - após isso eu tive a notícia que meus pais sofreram um acidente.

Ninguém naquela sala acreditou que a marca fosse verdade dela, então Lucas falou:

- O que ouve com os seus pais, foi um acidente, não tem nada a ver com isso.

- Verdade Lice. E a marca, por que apenas você apareceu com ela e não todos nós? - Fernanda Falou.

- Todos nós deveríamos aparecer com esse símbolo na mão, até porque eu, Miguel, Gabriel, Enzo, e Lucas também estavam junto da brincadeira.

- Isso eu não sei... - respondeu Alice.

- Nós não deveríamos ter chamado você para a brincadeira, a gente deveria imaginar que o seu jeito fofo de ser, não ia conseguir aceitar que aquilo era apenas uma brincadeira. - disse Gabriel.

Alice chateada por ninguém ter acreditado nela, então ela explica tudo que aconteceu quando ela estava na secretaria com Romilda (tudo que ela se lembrava, porque o desmaio vez com que ela esquecesse alguma coisa que tinha acontecido).

- Não tem como isso ser verdade, Lice. - disse Lucas.

- A mesa da secretaria continua intacta, e mesmo assim se isso acontecesse, a os outros com certeza teriam escutado.

- Você deve ter desmaiado ao ouvir a notícia dos seus pais, e depois do desmaio você deve ter dormido e soma nisso ai que você disse. - disse Gabriel.

- Vocês não acreditam em mim? Então vamos lá à secretaria que vocês vão ver! - disse Alice irritada, mas bem fofa (porque fala a verdade. Todas as garotas com menos de 1,50 é fofa até quando estão bravas, no é verdade?).

Após insistir muito, Alice conseguiu convencer Fernanda, Lucas, e Gabriel a deixar ela se levantar da cama. Eles só deixaram ela se levantar de lá com uma condição, que era após ela ver a secretaria ela voltar para cama.

Não demorou muito para eles chegarem lá, porque a porta de saída da enfermaria, ia direto para a secretária.

Depois de Alice passar pela porta da enfermaria para a secretária, ela se depara com um ambiente totalmente normal e intacto.

Os pisos xadrez preto e branco da secretária que antes estavam molhados, agora eles estavam totalmente secos; a mesa quebrada, agora estava intacta, com nenhum quebrado, amassado, ou aranhão.

- Não intendo como isso é possível! - Alice pensou indignadamente e logo em seguida começaram a parecer vários pensamentos interrogativos em sua mente. - Por que esse hexagrama veio parar na minha mão, e não em todos nós que participamos do pacto? Por que esse local esta totalmente intacto e ninguém ouviram Romilda gritar? Será que o acidente dos meus pais tem algo a ver com esse pacto? Se sim, a culpa é toda minha!

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