Eu Não Irei a Lugar Algum

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NO CAPÍTULO ANTERIOR

Viro-me, mas antes que eu posso dar um passo, o garoto segura meu braço e me puxa atacando meus lábios. Abro a boca assustada e ele aproveita isso para invada-la com sua língua. Tento empurrá-lo, mas ele é mais forte e me aperta em seus braços. Paro de lutar por alguns segundos e começo a corresponder. É estranho... Isso é ótimo. Não só o beijo, mas... Os braços dele. É... Confortador...

Tá carente menina? – Grita minha inconsciência fazendo-me acordar.

Ah, filho da mãe! Empurro o menino e levanto a mão dando um tapa em seu rosto. Ele ri em surpresa e coloca a mão aonde eu bati.

—Encosta em mim de novo, e eu faço questão de bater mais embaixo! Babaca! —Rosno.

 

Viro-me e vou andando furiosa em direção a casa.

Ele via me pagar... Garoto maldito!

 

ANASTÁSIA STEELE

 

Entro bufando dentro de casa e bato a porta da sala com força causando uma barulho maior do que eu imaginava. Logo, Pablo está na sala com Grace, Carrick e seus filhos.

—Anastásia você está bem? —Pablo pergunta preocupado.

—Eu pareço estar bem? —Rosno para ele. Meu peito sobe e desce pelo nervosismo.

—Querida o que houve? —Grace pergunta. Com o jeitinho doce de mãe, eu não consigo manter a guarda.

—Seu filho tinha que ser tão estúpido? —Pergunto mais calma. Grace me olha surpresa assim como seu marido.

—De quem nós estamos falando? Eu nem me mexi. —Elliot fala e eu semicerro os olhos para ele.

—O outro. —Reviro os olhos e cruzo os braços. Assim que termino de falar Christian entra tranquilamente.

—Christian o que você fez para a Anastásia? —Carrick pergunta severamente.

—Eu sou quem está com o rosto vermelho por ter levado um tapa, pergunte a ela. —Christian diz.

—Você bateu nele? —Pablo pergunta incrédulo, mas parece se divertir, como todos os presentes.

—Mas é claro que sim! —Rosno. Viro-me e vou em direção as escadas. —Deixando bem claro que dá próxima vez que ele mexer comigo, ele ficará aleijado.

Subo o primeiro lance de escadas correndo, mas ainda posso ouvir as gargalhadas de Mia e Elliot, e Grace interrogando o filho, que parece ter permanecido mudo. Subo os outros três lances de escadas e marcho em direção ao meu quarto, assim que entro esbravejo e bato a força com força, e acho que todos devem ter ouvido isso.

—Garoto idiota! —Grito agredindo uma almofada em cima da cama.

Começo a ter uma crise de estresse e jogo tudo que está em cima da cama no chão, depois meu alvo são os dois vasos postos em cima dos criado-mudo. Lanço-os contra a porta fazendo um som estrondeante. Sento-me na cama toda bagunça e desforrada e aperto as mãos em punhos. Ele tinha que me agarrar? E você tinha que gostar?— acusa minha inconsciência, e eu faço uma careta.

Tudo bem que ele não beija nada mal, e eu me senti bem em seus braços, o que eu não entendo. Mas ele tinha que me agarrar?! Quem aquele babaca pensa eu sou? Ele é louco?

Esbravejo novamente.

Eu preciso ocupar minha mente antes que faça uma besteiras. Mas como eu vou ocupar minha mente aqui?

Doce EncantoOnde histórias criam vida. Descubra agora