Damon Evans narrando.
Cheguei na casa do feiticeiro Kazan, um pouco mais rápido do que imaginei. Próximo da porta tinha um gato preto que me olhava atento, como se estivesse perguntando o que eu fazia ali. Eu ignorei aquela criatura e entrei quase invadindo. Ele sabia que eu vinha, então era hora de deixar as formalidades pra lá, como Estella sempre disse.
- Que... Invasão... É essa?
Perguntou gaguejando ao me ver ali. Eu entendo, não é todo dia que vemos um príncipe entrar numa casa velha, atrás de um feiticeiro tão velho, mas muito sábio.
- Eu sou o príncipe Damon Evans 4°, e vim aqui por causa da Maldição, você já deve estar sabendo, não?
Ele não respondeu, apenas se virou e voltou a mexer no caldeirão enorme, eu fiquei ali, impaciente, batendo um pé para que ele se tocasse logo que eu estava com pressa.
Queria voltar e correr pra abraçar Evelyn, dizer que agora estaríamos livres para consumar nosso amor.
Ele colocou um pouco do líquido do caldeirão num copo de vidro e me entregou.
- Essa é a porção para me livrar de vez da maldição?
Perguntei achando aquilo muito estranho. Seus olhos encontraram os meus, vi que eram azuis, seus cabelos enormes e braços, a barba também branca e enorme.
- Não alteza, é um suco de framboesa, beba está ótimo!
Falou e entrou em uma porta, bebi o líquido rosado e me sentei, esperando ele voltar, demorou alguns minutos e ele voltou.
- Não estou aqui pra ficar olhando a sua cara, tem como se apressar? Preciso voltar, tenho coisas mais importantes pra fazer.
Falei me levantando com raiva de tanto esperar, ele andou um pouco, ficando frente a frente comigo.
- Pelo que soube de sua maldição ela tem sim uma cura, mas é algo raro, que só se encontra uma vez na vida.
Olhei atento pra seus olhos azuis, quase cinzas, querendo saber o que ele tinha pra me dizer.
- Fale logo! Preciso saber.
Falei nervoso, suas mãos tocaram meus ombros, deixando seu rosto bem próximo do meu.
- Um verdadeiro amor. Case-se com ela e tenha um filho e sua maldição será anulada por duas gerações.
Fiquei lhe encarando. Como posso fazer um filho se não posso nem tocá-la?
- Verdadeiro amor? Que tipo de cura é essa? Eu já amo alguém, mas não posso tocá-la ou ela se queima.
Meu coração se apertou com a ideia de Evelyn ser queimada.
- Primeiro, ela terá que dizer o que sente e você dirá logo depois o mesmo, depois faça... Se ela for seu verdadeiro amor, talvez não aconteça nada com ela.
- Talvez? Eu quero algo concreto... Não quero mais dúvidas, quero certezas.
Falei, ele deu uma risada baixa e irônica, como se estivesse debochando de mim. Apertei minhas mãos, sentindo a maldição me dominar, mas eu não queria machucar aquele velho.
- Nada é 100% alteza, muito menos a cura de uma Maldição.
Ele entrou novamente na porta de antes e eu sai dali rápido, queria ver Evelyn e dizer que a amo, mesmo sem saber se é verdade. Não sei exatamente o que sinto por ela, se é amor ou desejo, mas preciso tentar. Preciso saber o que ela sente por mim e assim dizer o que sinto, ninguém saberá se é verdade ou não além de mim.
Estão se perguntando onde está Evelyn e porque ela não narrou esse capítulo, certo? Logo vão saber! Quem marcar cinco pessoas nesse capítulo terá o próximo dedicado a você.
Peço mil desculpas pela demora, mas acabei de entrar na faculdade e estou sem celular, tá corrido, mas tenham paciência que eu amo essa história e não vou abandoná-la.
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Demons
FantasyUm amor proibido, uma maldição e um garoto misterioso, cheio de problemas e confusões. Um romance de um demônio (calma aí, não é o que está pensando, não é Lúcifer ou coisa do tipo), é apenas um garoto, com uma maldição de queimar tudo que vê, dest...