Capítulo 39: Gaia

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Esse beijo é diferente, não é como fogo ou gelo, não é como verão ou inverno.

Não é extremos.

É tudo.

É como fogo, gelo, água e terra, ou verão, inverno, outono e primavera.

Uma explosão de sentimentos cresce em meu peito e pareço flutuar.

Então, ainda nos beijando, ele me ergue do chão e eu entrelaço as pernas ao redor de sua cintura.

De repente sinto sua cama em minhas costas, sinto seu peso sobre mim, sinto meus lábios ansiando cada vez mais pelos seus, meu corpo implorando pelo contato com o dele.

Ele tira sua blusa do Nirvana e volta a me beijar, minhas mãos passam pelo seu abdômen nem um pouco definido, por todas as suas cicatrizes protuberantes, seus machucados roxos.

Vagarosamente, ele também tira a minha blusa. E eu paro de beija-lo.

-Fiz alguma coisa errada?- Ele pergunta inseguro, sua voz rouca parece ser a música mais linda do mundo.

-Não! É que... eu nunca fiz isso.- Coloco minhas mãos por cima do sutiã, me cobrindo.

Nunca um garoto havia me visto assim, desse jeito.

Ele dá um sorrisinho.

-Amy, se não quiser eu vou entender. Não há problemas nisso.

O analiso por um tempo. E porra! Eu quero isso, quero muito isso com ele. Então por que sentir medo?

-Estraguei tudo?- Pergunto, colocando os braços ao redor de seu pescoço.

Ele arregala os olhos e sorri, mordendo piercing.

-Nunca.

E quando nossos corpos nus são banhados pela luz das estrelas lá fora, quando a sensação de vergonha que eu tanto temia, tinha evaporado, da mesma forma que todos os meus pensamentos que me desligassem daquele momento, Malck sussurra em meu ouvido:

-Você me ama, Amy?

-Eu te amo.

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