Quem conversou com a Estella no privado do instagram já sabia algumas coisas.
#ShawllaReal
O arrepio estendia-se por cada poro da minha pele enquanto Estella continuava deitada sobre mim, passeando as unhas de forma aleatória por toda extensão por ela alcançada.
Toco suas costas num carinho velado e a brasileira levanta o rosto na minha direção. Estella está sorrindo, não com os lábios mas, com os olhos e esta é mais uma das confirmações de meu fascínio.
— Eu tenho uma coisa pra você.
Escobar arqueia a sobrancelha de forma que eu julgaria engraçada porque seus lábios também crisparam.
— O quê?
— Comprei enquanto estávamos em Pickering.
Preferi não relembrar da nossa desavença.
Levantei sua cintura, alcancei minha calça moletom no chão e corri pelas escadas em direção ao quarto. A pequena mala ainda não tinha sido desfeita, logo no topo encontrei a sacola da joalheria.
— Eu espero que você goste. — Falo assim que entro na cozinha.
A mais nova terminava de ajustas sua calcinha. Sorrio e jogo uma das minhas camisas na sua direção, ela passa a peça pelo seu tronco. Céus, ela é tão linda!
— Vem. — Puxo-a em direção ao cômodo ao lado.
Descanso meu corpo no sofá e ela senta no meu colo. Uma perna de cada lado, observando com atenção cada movimento meu.
— O que você comprou para mim?
— Não acho que seja tão necessário um objeto pra representar o que temos, mas a sociedade convencionou... — seus olhos verdes me encaravam de forma curiosa. Estella era uma mulher curiosa. — Na minha cabeça você não faz muito o tipo anéis. Não agora.
— Não fazemos. — Conjectura. — Nós somos excêntricos juntos. — Sorri.
— Ah, Estrella, nós somos clichês às vezes.
— Na minha cabeça nosso clichê é singular. — Toco sua cintura como se incentivasse suas palavras e ela torna: — Não existe outra pessoa no mundo para viver esse clichê senão você, Shawn.
Suspiro e permito que um sorriso escape.
— Neste caso, somos excêntricos juntos. — Concordo com sua primeira sentença.
Ela sela nossos lábios rapidamente e eu tiro a caixa fina da sacola, entregando-a.
— Você não faz o tipo anéis, então eu te trouxe essa rosa.
Minha garota observava atenciosamente o colar dourado com uma rosa de forma graciosa dançando entre as tiras. O sorriso mais brilhante estampou seu rosto e em seguida me beijou.
Aquela era sua resposta silenciosa.
Selamos não somente os lábios, selamos a concordância de pertencimento. Admitimos a reciprocidade do nosso amor. Ali eu tive certeza que éramos, realmente, excêntricos. Embora o mais importante era sermos um do outro.
Antes que o silêncio nos invada com força a barriga dela pressionada sobre meu peitoral faz um barulho típico de fome e eu gargalho.
— Culpa sua, eu estava na boa preparando o jantar...
— Você estava me chamando.
— Mas eu estava calada! — Se defende.
— Você estava rebolando semi nua na minha cozinha, Estella.
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WILD | ✓
FanfictionEstella Escobar é péssima em matemática. Talvez tenha sido esse fator o responsável pelo erro no cálculo da probabilidade de acabarem no mesmo quarto de hotel. A garota de grandes olhos verdes também nunca fora de paixões ou loucuras... até conhecer...