Milk and Cookies

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Saga observava a casa a sua frente, mal acreditando que realmente estava ali.

Depois do ensaio com Diana Alessandros, ele não conseguiu mais pensar em outra coisa senão aquelas safiras brilhantes e cristalinas que compunham parte vital do rosto de sua recém-descoberta paixão-platônica.

Não passava um dia, desde aquele beijo sem fundamento, que Saga não pensasse, pelo menos uma vez no dia, em como estaria a moça, ou o que ela estaria fazendo. Já até tinha sonhado com ela... Sonhos não tão ortodoxos, mas, a mente é algo complicado, realmente muito difícil de controlar.

Respirou fundo, voltando a fitar a bela, e típica, casa grega, com suas colunas simétricas, o telhado em forma triangular, e a cor branca em suas paredes. Além disso, a casa da mais jovem dos Alessandros possuía um jardim gloriosamente bem cuidado, exibindo belíssimos lírios, peônias, e miosótis, que jaziam recostados à cerca de madeira, também branca.

Em um ato de coragem, o geminiano dirigiu-se ao portãozinho da casa, abrindo-o com cuidado, fechando-o assim que se viu dentro do terreno de Diana. De lá já podia ouvir os gritos e risos de dentro da casa, além de ver os vultos pelas cortinas de renda, decorados por jardineiras cobertas de jasmins brancos e rosa. Tudo tão delicado e bonito, que Saga até temeu estragar o belíssimo caminho de pedras até a entrada da casa.

E lá foi ele, parando sobre a plataforma de entrada, que precedia a porta principal, pronto para bater à porta, quando ela se abriu com força, e de dentro da casa emergiu um furacãozinho loiro, seguido de outro, dessa vez de cabelos mais escuros. O modelo teve de se esquivar para que as crianças não trombassem em si, evitando, assim, que elas fossem ao chão.

- Tomem cuidado, crianças! - nada preparou Saga para a visão de Diana naquele momento.

Em um vestido de tema floral, sobre o fundo branco, de tecido leve, o corpo da modelo ajustava-se ao tecido; ainda que os seios ficassem um pouco mais cobertos pelo decote em forma de quadrado, e as mangas ¾ dessem um ar mais formal ao traje, a saia godê quebrava aquele ar, abrindo-se de maneira graciosa até perto do joelho, e, além disso, ela estava descalça, com os cabelos levemente bagunçados, e sem qualquer maquiagem, com o rosto brilhando em alegria pura.

- Saga?... - a voz da loirinha vacilou ao notar a figura do homem logo ali, em sua porta. Boquiaberta, ela arfou, notando quão lindo ele ficava naquela camisa social vermelha, com seus jeans escuros, e tênis preto. Os três primeiros botões da camisa estavam abertos, e as mangas dobradas até os cotovelos, dando um ar ainda mais despojado a ele.

- Olá, Diana. - ele tentou parecer decidido, no entanto, temeu que a voz tivesse falhado em algum momento do cumprimento.

- Oi... - murmurou a jovem, parecendo desconfortável. - Só um momento... - pediu, olhando para o jardim da casa, onde as crianças corriam, felizes, brincando de pega-pega. - Hyoga, Shun, venham até aqui! - pediu, em tom imperativo, fazendo com que as crianças obedecessem de imediato.

- Que foi, tia Di?- questionou o loirinho, com seus olhos cristalinos brilhando marotamente, fitando a mais velha.

- Vocês dois quase bateram no Saga quando saíram, - começou ela, abaixando-se um pouco para fita-los na mesma altura. - Peçam desculpas. - ordenou, com o rosto sério.

- Desculpa, tio... - pediu o pequeno de cabelos castanhos, segurando um ursinho próximo ao rosto, quase escondendo seus grandes olhos verdes. - A gente não faz mais...

- Está tudo bem. - Saga abaixou-se também, colocando a mão na cabeça do garotinho, como forma de apaziguá-lo. - Ainda assim, obedeçam a tia de vocês!

- Prometo de dedinho. - sorriu Shun, estendendo o dedo mindinho para Hyoga, ainda relutante. - Oga... - pediu o garotinho ao menino, um pouco mais velho.

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⏰ Last updated: Jan 13, 2018 ⏰

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