Capítulo 25 - Nina

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Cheguei em Goiânia e aluguei um carro para ir até a fazenda.

Pensei muito nestes dias que fiquei em casa e decidi que não poderia mais me dedicar exclusivamente aos problemas da fazenda.

Na verdade, eu descobri que estava fazendo isso pra poder ficar perto e poder conversar com Caio sempre, pois eu podia fazer o trabalho do meu laboratório e fazer visitas periódicas.

Paulão queria vir me buscar, mas eu recusei e resolvi alugar um carro para ter uma desculpa quando Caio me convidasse para ir com ele de avião até São Paulo.

Eu não podia mais ficar sozinha com ele.

Tudo o que eu falei era o que eu estava sentindo e ele, como era de se esperar, me deixou a ver navios.

Louca fui eu que achei que podia ser diferente. Ele era o Caio César Belmonte Aguilar de sempre e esse Caio nunca ficaria por muito tempo com alguém como eu.

Dessa vez fiz uma pesquisa sobre ele e a esposa ou ex-esposa e realmente fiquei impressionada com a quantidade de informação sobre os dois.

Eles foram durante um tempo um casal famoso na sociedade paulistana. Foram muitas festas, muitas entrevistas, muita fofoca e um final extremamente triste.

Após o rompimento, Beatriz havia jogado merda no ventilador, principalmente sobre as preferências sexuais dele que eram bastante peculiares, contudo eu não conseguia ver o Caio que eu conheci e me apaixonei naquele Caio que ela descrevia.

Até fotos foram publicadas colocando mais lenha na fogueira.

A princípio parece que os negócios foram um pouco prejudicados, mas como o mundo é extremamente machista, parece que Caio virou uma espécie de Deus do sexo sendo, portanto, perdoado por todos os seus pecados.

E o pior é que ele era o Deus do sexo, eu que o diga.

Contei tudo pra Marlene que pela primeira vez desde que estamos juntas não fez nenhum escândalo e se limitou a dizer que achava que ele me amava, mas que eu devia tomar cuidado, pois éramos pessoas muito diferentes pelo que ela pode observar.

- Nina, amor é uma coisa que acontece poucas vezes na nossa vida – ela falou me abraçando – pensa bem antes de seguir, mas pensa mais ainda antes de desistir. O amor que você está sentindo é raro, então pensa, pensa e pensa antes de fechar a porta.

Estranhei muito a fala dela. Era como se ela tivesse falando pra ela mesma e pela primeira vez percebi que havia mais embaixo daquela couraça que ela usava.

- Marlene – falei abraçando-a forte – vamos fazer compras na 25 de março pra relaxar?

Ela deu uma gargalhada como vi poucas vezes e falou:

- Demorou!!! Simbora.

Só sei que passamos o dia todo andando por lojas e comprando tudo o que nós não precisávamos e mais um pouco.

Só sei que passamos o dia todo andando por lojas e comprando tudo o que nós não precisávamos e mais um pouco

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Coração Traiçoeiro - CaioOnde histórias criam vida. Descubra agora