O namoro e o Manifesto Comunista

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No início, tudo eram rosas. Friedrich e Karl passavam os dias passeando pelas chuvosas ruas londrinas, bebendo muito nos pubs e fazendo loucuras capazes de abalar as estruturas do Big Bang. Porém, a família de Engels, ao perceber a enormidade de gastos e estragos proporcionados pelo filho ao bom nome da família, resolveram limitar substancialmente o repasse mensal que lhe destinavam. Em pouco tempo, a situação chegou a um ponto crítico. Desesperado, o filósofo pensou, pensou e pensou, e chegou a conclusão de que aquela sede por dinheiro não o levava a nada. Então, pensou: "Quantos mais que não podem usar drogas caras ou fazer merda por aí?" Concluiu, dessa forma, que o problema gerado pelo dinheiro era comum à muitos cidadãos como ele e Marx, não só da industrial Londres mas de todo o mundo onde existisse uma bendita máquina a vapor pra escravizar o homem. Assim, começou a produzir um manifesto que denominou "Comunista"; por considerá-lo do interesse de todos, e junto com Marx, o esboço da Primeira Internacional, algo que poderia ser considerado o primeiro sindicato do mundo. Enquanto isso, seu namorado Karl Marx escrevia sua primeira grande obra prima: O Capital, que nasceu das suas reflexões sobre sua constante falta de grana.

Durante dias, escreveu loucamente. Sempre que terminava, guardava seu caderninho em uma gaveta que sempre ficava trancada em seu criado-mudo. Certo dia, ao tentar inciar mais uma jornada de escrita, percebeu que não havia mais nada no referido local. O desespero tomou seu corpo. Resolve sair loucamente pelas ruas, em busca de álcool para debelar tal dor. De forma totalmente inesperada, vê, em uma livraria, um livro que nunca esperaria ver: O Manifesto Comunista "assinado" por ele e Karl Marx, que mal havia participado da redação.

Frederico dos AnjosWhere stories live. Discover now