Capítulo 47 - Você me roubou de mim

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"Sucede que esto es tan extraño. Te bese por tantos años, te bese por tanto años" – Ya, Vanesa Martín.


Alfonso saiu sem olhar pra trás e Anahí ficou paralisada alguns minutos. Tentando entende que porra havia acontecido ali. A onde foi que ela errou pra tudo, de repente, ter saído de controle.

Que inocente, imagina se ela soubesse que as coisas nunca estiveram sob controle?

Ela olhou pra frente e piscou algumas vezes, o sangue fervia no seu corpo. Ela parecia um anjo mal ali, estancada, com as bochechas vermelhas e os punhos cerrados. Então foi andando lentamente até a sala, abriu a porta de vidro e fitou os amigos.

Anahí: Onde ele está? ― perguntou, a voz saindo entrecortada.

Maite: Any, acho que é melhor... ― disse, se levantando para agarrar a amiga, Anahí deu dois passos pra trás, a cabeça zumbindo pela adrenalina.

Ben: Penúltimo quarto à direita. Divirta-se, raio de sol. ― disse e recebeu um belo tapa na cabeça de Dulce Maria.

Dulce: Você é idiota? ― perguntou, se levantando. Maite e ela se encararam por um instante, os olhos conversando entre si. ― O que vamos fazer?

Ben: Nada, obviamente, deixa eles se entenderem. ― dispensou, revirando os olhos.

Maite: Você não entende Ben... Você realmente não entende. – disse, cabisbaixa. Agora era tarde. A bomba estava prestes a explodir.

Anahí subiu as escadas correndo, encontrou a porta que Ben falara e a abriu num rompante. Alfonso estava sentado na cama mexendo no celular, quando ele a viu franziu a testa.

Alfonso: Que porra você faz aqui? ― perguntou, se levantando. Anahí nem piscava, ela encarava-o seriamente, os olhos cegos de raiva. ― Rosa, leva o Dani lá pra baixo, por favor.

Anahí continuou ali paralisada, encarando-o. Ela nem havia percebido a presença da empregada ali. Ouviu alguém passar por ela e, finalmente, o barulho da porta sendo fechada. Alfonso cruzou os braços, observando-a.

Alfonso: Então? ― perguntou, sério. A voz saindo dura.

Anahí: Você não vai falar assim comigo e sair andando, Herrera. ― ele arqueou uma sobrancelha.

Alfonso: Pois foi exatamente o que eu fiz. ― debochou, um sorriso brincando nos lábios.

Anahí: Você se acha a droga do dono do mundo, não é mesmo? Acha que essa segurança e essa fachada ai inibem o quão covarde você é? ― num movimento rápido, Alfonso a segurou pelos ombros e a apertou com força. Anahí riu, irônica.

Alfonso: Como você tem coragem de me chamar de covarde depois de tudo o que eu fiz por você? ― perguntou, num rosnado, os narizes se encontraram. Muito perto. A raiva, frustração, mágoa e rancor quase explodindo dentro do quarto.

Anahí: Vamos passar na cara agora? ― ele apertou mais o braço. Anahí fingia que não sentia. ― Eu nunca pedi pra você me ajudar. ― disse, com a voz fria ― Eu nunca pedi pra você se meter nisso.

Alfonso: Eu devo ser um tremendo filho da puta, então Anahí pra continuar tentando resolver as coisas com você.

Anahí: Resolver? Eu não estou vendo você tentar resolver nada. VOCÊ ESTÁ FODENDO A MINHA VIDA NOVAMENTE. ― gritou, se debatendo nos braços dele. Alfonso arregalou os olhos, sem acreditar.

Caminos CruzadosOnde histórias criam vida. Descubra agora