— Me ligue para falar se está tudo bem ou qualquer problema.

— Claro. — Jongin revirou os olhos.

O modelo já estava com duas mochilinhas na mão e a chave do carro de Baekhyun, que tinha as cadeirinhas e toda proteção necessária para os meninos.

— E nada de muito doce, se não eles podem passar mal.

— Já entendi, Baek, vou cuidar bem deles.

— Tudo bem. — O empresário abraçou os sobrinhos, seguindo até a porta do seu apartamento.

Tinha ido mais cedo para casa e, claro, ao perguntar aos gêmeos se queriam passar um tempo com os amigos do tio Baek, os dois se empolgaram na hora. Tinham se apaixonado por Jongin e Sehun desde as últimas visitas dos amigos. Sem falar que Jongin os levaria para escolher um presente e que criança resiste a isso?

— Não venha muito tarde amanhã, ok?

— Tudo bem, logo depois do almoço nós voltamos, não é meninos?

— Sim, pro titio Baek não ficar triste, né? — Seoeon falou, fazendo o loiro sorrir com a inocência da criança.

— Tudo bem.

Os três acenaram da porta, seguindo até o elevador. Eram seis da tarde ainda e Baekhyun quase riu ao imaginar a cara de Sehun ao chegar em casa e ver se seus sobrinhos lá.

Quase, pois logo um desespero o tomou. Chanyeol riu do menor que encarava a porta da sua casa com visível medo.

— E se a assistente social aparecer?

— Você conta a verdade.

— E se um deles se engasgar?

— Eles vão saber cuidar dos meninos.

— E se tiverem pesadelos?

— Baekhyun? — Chanyeol chamou, com um sorrisinho carinhoso, seria a primeira vez do Byun longe dos meninos, é compreensível seu medo. O empresário encarou o maior, que tomou seu rosto entre os dedos e sorriu daquele jeito grande. — Vai ficar tudo bem.

— Ok. — sussurrou o menor, achando injusta a forma como o Park conseguia acalmá-lo com tão pouco.

— Bem, parece que não temos muito o que fazer sem as crianças.

— É verdade, pode tirar a noite de folga.

— Acho que vou para o meu quarto estudar.

— O quê? Nada disso. — Baekhyun ditou.

— Como?

— É uma sexta-feira, tem que descansar um pouco também.

— Olha quem fala. — O universitário riu baixinho, sendo acompanhado pelo outro.

— Então, só vamos relaxar. — Baekhyun sugeriu, levantando uma sobrancelha. E, bem, desde quando Chanyeol conseguiu negar algo menor, mesmo?

(...)

— Sério? — falou Baekhyun, um tanto alterado, algumas horas depois.

— Sim, estou falando sério, eu não sei porque as pessoas tem medo de mim. O garoto chegou todo encolhido, pedindo mil desculpas só porque esbarrou no meu braço. — Contou o universitário, terminando a quinta latinha de cerveja.

Baekhyun já estava na sétima, ele bebe mais rápido, porém, tem maior resistência ao álcool.

— Como alguém pode ter medo de você?

Confusão em dobroWhere stories live. Discover now