Obliviate (na perspectiva de Hermione)

9 1 0
                                    


Eu me levantei pela manhã, bem cedo e fui me certificar de que tinha tudo pronto pra viagem. Na verdade, eu nem consegui dormir. Eu estava preocupada com o Harry, porque as coisas pra ele estavam bem complicadas e a ainda há essa missão que Dumbledore deixou pra ele; Fui ao banheiro pra poder lavar meu rosto e escovar os dentes e fazer uma última coisa antes de sair pelo país com Harry e o Rony (este andou bem quieto ultimamente). Foi uma coisa que nós decidimos juntos. Aliás, não exatamente nós, o Harry ainda insistia na ideia de caçar as Horcruxes sozinho. Tolo demais. Eu já falei pro Harry que eu sempre amei a coragem dele, mas que ele é um completo lesado as vezes. Mas foi decidido e a gente vai partir juntos para começar a caçar essas Horcruxes e assim impedir de vez Voldemort de dominar o mundo mágico pra sempre. Eu acabei de lavar o rosto e escovar os dentes e fui verificar a bolsinha de contas: estava tudo lá; livros, roupas, dinheiro trouxa, enfim o necessário. Vi o Profeta Diário na minha cama; peguei-o e li a manchete principal: "A Marca Negra Espalha o Pânico" e logo abaixo "Cresce o número de Comensais da Morte" e logo ao lado "Família de trouxas é assassinada.". Estamos vivendo um tempo de trevas e hoje a gente não pode mais confiar em ninguém. Os Comensais recrutam cada vez mais gente e os que se recusam são torturados e mortos. Eu estava assustada, é claro. Mas eu tinha que me concentrar no que Harry, Rony e eu decidimos. E por esse motivo que eu decidi tomar uma medida de precaução para proteger os meus pais e isso estava me partindo por dentro, mas eu tinha em mente que isso os manterão seguros.

— Hermione, o chá está pronto! Venha! — Disse minha mãe do andar de baixo. Meu coração deu um salto. Aquela sensação que me informa que eu estava prestes a cair no choro veio, mas eu me detive. Levantei da cama. Erguendo a cabeça, respirando fundo, sai do quarto.

— Eu já vou, mãe ! — Respondi tentando fingir que estava tudo normal.

Havia chegado a hora. Eu peguei a bolsinha de contas e coloquei a varinha no bolso e desci as escadas e cheguei à sala. Lá estavam os meus pais, trouxas, mas sabiam de tudo do mundo mágico do qual eu fazia parte. Eu contei tudo a eles, de como funciona, como é diferente do mundo deles e contei tudo também sobre o Harry e o Rony, os meus melhores amigos. Estavam todos sorridentes fazendo planos de viajar para a Austrália. Acho que bateu bem com o momento do meu plano. Eu cheguei devagar e em silêncio. Eu estava lutando para não chorar. Observe-os conversarem mais um pouco, então, saquei a minha varinha.

— Obliviate — Falei o feitiço sussurrando. Eu olhei para os lados e vi todas as memórias dos meus pais comigo sumirem. Algumas lágrimas saíram dos meus olhos. Eu dei um soluço leve enquanto olhava o feitiço funcionar. Voltei o meu olhar pra eles e os vi com os olhos vidrados olhando sempre para a frente. Depois eles retomaram a conversa, como se eu não estivesse ali.

"Eu vou voltar, eu juro." Pensei comigo mesma, enxugando as lagrimas nas mangas do meu blazer. Coloquei a varinha de volta no bolso direito da calça e deixei a minha casa. Comecei a andar decidida rumo à casa de Rony. Começava ali a minha jornada contra Voldemort ao lado dos meus melhores amigos.

[ESSA É A TRANSCRIÇÃO DA PRIMEIRA CENA EM HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE — PARTE 1 DA PERSPECTIVA DA PRÓPRIA HERMIONE. EU TENTEI IMAGINAR COMO SERIA ELA DESCREVENDO ESSA CENA TÃO INTENSA]

Este texto foi escrito em setembro de 2015.

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Mar 28, 2018 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

Imagines VariadosWhere stories live. Discover now