love&live | jikook

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O estresse comia minha sanidade como um café-da-manhã em plena segunda-feira, o que fazia meus poucos funcionários se perguntarem o porquê do meu andar parecer tão desajeitado nos últimos meses.


O que eu poderia fazer? Minha empresa ainda era pequena, nós ainda não tínhamos um diretor de marketing, então todas as minhas noites eram baseadas em estudar sobre a teoria desse trabalho, para aprovar os projetos da equipe e mostrar ao autor do segundo livro em que podemos publicar.


Fundar uma editora quando tudo o que você tem é a força de vontade e muita determinação, era 100 vezes mais difícil do que parecia.


Mas, não era somente isso que ameaçava meus cabelos brancos aparecerem mais cedo. Era o fato que no momento em que eu girasse a chave na porta do meu apartamento, veria as luzes 

completamente apagadas pois ninguém precisaria delas acesas enquanto eu não estivesse lá. 

Porque ninguém estava me esperando.

E isso não fazia eu me sentir bem vindo, não parecia um lugar para voltar no final do meu expediente, me negava a chamar isso de lar. Então, não ter mais um lugar para voltar, fazia com que eu trabalhasse mais. Ter motivos para trabalhar, me esgotava completamente. Costumavam dizer que isso não era vida.


Era sábado à noite, dia da equipe editorial sair mais cedo, meu dia de sair mais tarde. Para falar a verdade, todos os dias eram marcados para eu sair quando avós se deitavam para dormir, porém, especialmente os sábados me faziam sair mais tarde, pois domingo era dia internacional da folga e dormir até tarde fazia ele parecer mais curto do que solitário.


Eu liberei minha secretária mais cedo para beber com as amigas, duas horas e meia depois eu revisava as frases promocionais pela segunda vez. Olhei para minha frente e tudo estava escuro, provavelmente o guarda Kim já dormia na frente da tela de câmeras e eu deveria repreendê-lo por fazer isso, mas não podia culpa-lo por estar cansado. Entendia-o. Iria deixar um aviso na segunda-feira para ele, apenas ameaçando descontar do seu salário, é um juramento.


Escutar o completo silêncio fez meu estômago revirar desconfortável, a empresa vazia conseguia parecer pior que minha sala de estar. E quando eu me tocava disso, chegava àquela hora onde eu pegava minhas chaves, ia até o estacionamento, abria meu carro e dirigia até achar um bar e observava as pessoas saírem bêbadas de lá.


Nunca entrava. Bebidas alcoólicas me irritavam, consequentemente as pessoas sob o efeito delas também. Locais abafados, com caras grandes jogando sinuca e mulheres suportando o bafo ruim de cantadas, não me parecia nem um pouco atrativo também. Eu apenas observava os bêbados saindo de lá sozinhos e cambaleante, às vezes, acontecia de seguranças arrastar um marmanjo inconveniente para fora, que protestava com gritos embolados.


E então, quando chegava algum amigo para ajudar, uma turma saindo pela porta rindo, um casal entrando aos sorrisos e mãos dadas, eu ia embora e via um programa sobre perguntas sexuais e vergonhosas até cair no sono esgotado.


Essa era minha vida.


Mas aquele dia em especial eu não queria ir embora quando vi um casal chamando um táxi para casa, na verdade tive a vontade de oferecer carona em troca de observá-los mais um pouco.

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