O ódio no sangue

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Feliz daquele que nunca sentiu o ódio no pulsar de suas veias
A preocupação constante de explodir
Ficam de testemunhas as estrelas
E este sempre a renascer mesmo a tudo ruir

Já provei de muitos sabores e dissabores
O ódio e suas divisões diversas
Me tornei o espinho de muitas flores
A parte esquecida das conversas

Quem carrega o ódio no ventre
Nunca deu lugar a outro sentimento
E este vai lhe perseguir sempre
Intensificando todos os momentos

Há o ódio impulsivo, o vibrar da grade da jaula
O monstro ruge com raiva, o rancor a lhe perfurar
A treva escondida toma conta da aura
E a mente delinquente com sede de matar

Há o pai de todos os ódios, o silencioso
Este chega como uma chaga e lhe apodrece a carne
De todos, o mais doloroso
Fere cada centímetro, lentamente suas partes

Meu cálice está cheio e a sede insaciável
A garrafa enche o cálice e esta continua mais cheia que o normal
Saboreio o sabor acre e desagradável
Desco os degraus da ancestralidade do mal

Estou viva e morta ao mesmo tempo
Eu sou filha da morte e a vida é meu tormento.

Areias ao ventoOnde histórias criam vida. Descubra agora