Capítulo 7

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Depois do inconveniente quê ocorreu no jardim, eu jurei que não queria mais conversa com Eduardo. Após Gustavo ter ido embora, eu apenas olhei para Eduardo com uma cara que apenas ele entendia quando eu queria dizer quê não queria mais nenhuma conversa com ele. Após isso, dei - lhe as costas, e quando fui passar ao seu lado, impediu - me segurando meu braço.

- Ei! Calma house! - falou, fazendo com quê eu desse alguns passos para trás por ter me impedido de passar por ele - Desse jeito você vai assustar as visitas com essa cara. - disse, em relação de eu estar com uma cara amarrada.

- Contanto quê também espante você, pra mim já estará ótimo! - disse, querendo já encerrar o assunto entre nós.

- Tudo isso é raiva de mim? - falou, em seguida ficou olhando com uma cara como se eu apenas  estivesse fazendo drama.

No mesmo momento eu puxei meu braço, fazendo com quê ele soltasse sua mão bruscamente do meu braço. O quê será que estava faltando para quê ele se tocasse quê eu não estava afim de conversa alguma com ele? Tudo que eu mais queria era apenas ignorar a ideia de que esteja se fazendo de bobo, e o deixar sozinho sem reposta como eu sempre faço. Óbvio quê independe do que eu fizesse, não iria adiantar nada, as vezes eu esqueço quê é com o cara de pau do meu primo quê eu estava lidando.

- Olha Eduardo, eu só te digo uma coisa.. - parei, e olhando séria para ele, respondi - Eu não quero mais conversa contigo.. agora, me deixe em paz.

Após ter deixado claro quê não queria mais nada com ele, fui tentar passar por ele e ir embora, mas novamente ele me impediu, dessa vez, se metendo em minha
frente.

- Então você sempre irá fazer assim? - disse, com ar de quem quisesse dizer " você sempre irá fugir de mim desse jeito? "

- Assim como? - perguntei, querendo que ele fosse mais claro.

- House.. house.. ainda pergunta? - disse, com um ar de deboche - Você sempre se irrita comigo por alguma coisa. Nunca está de boas comigo.. desse jeito vamos casar algum dia..

Após ter dito suas típicas asneiras, não podia ter terminado sem seu típico sorriso ordinário, que me irrita com sucesso, mas que por outro lado meche comigo de um jeito.. e ele sabendo disso, fazia bom uso dessa artimanha. Um moreno com um sorriso desses..

Pior que esse sorriso fode o psicológico de qualquer um, pena que conheço muito bem o dono desse sorriso, e não compraria nem por um real. Até daria parabéns pela tentativa de fazer eu babar por ele, mas pena que falhou miseravelmente. 

Ainda não bastando ter fechado minha frente, e ficado parado com sorrisinho ordinário, seus olhos a cada segundo, hora estavam fixos em meus olhos, hora fixos em minha boca. De jeito quê dava aparecer quê estava apenas querendo me testar para ver como reagiria à aquela situação quê da qual havia me colocado.

Mas como eu não sou uma simples boba de cair em seus joguinhos, o empurrei, obrigando - o a dar alguns passos para trás, e assim, o deixando um pouco mais distante  de mim, deixando espaço suficiente para passar.

- Você é capaz de ver por si próprio, o porquê de não nunca estarmos de acordo.

Disse, já passando por ele e o deixando para trás. Eu realmente fiquei um pouco pensativa em deixa - lo novamente sem ação, e sozinho. As vezes me questionava o fato de eu estar sendo breve e difícil com Eduardo, se estava sendo correta ou ignorante. Eu não tenho um coração de gelo, de sempre tentar ignorar suas brincadeiras, ou sempre estar disposta a evita - lo.

Acontece que Eduardo me coloca nessas situações, e apenas me forço a fazer isso. Aliás, não sei aonde ele quer chegar fazendo esses joguinhos quê sempre me colocam numa situação difícil. As vezes até parece que ele quer mesmo saber se eu realmente o desejo, e corresponda às suas expectativas.

Claro que essa ideia estaria fora de cogitação. Somos primos, e não daria nem de alimentar a ideia de que algo estaria rolando entre a gente. Posso concordar que resistir ao seu jeito é difícil, que seu sorriso é perfeito e que seu corpo é mais ainda.. mas antes de tudo, o respeito, e tenho bom senso, que rolar algo mais sério entre a gente, é algo impossível.

Já tivemos alguns momentos improváveis, mas não justifica essa ideia de estar rolando algo entre nós. Até porque, vindo de Eduardo, não levo nada à sério mesmo, já estou acostumada com seu jeito idiota de ser, mas se algo mudar muito até o final das férias, daí já ficarei sem respostas.

[...]

Após ter dado uma última palavra com Eduardo, e te - lo abandonado atrás da casa (risos), decidi aproveitar o finalzinho da tarde dando uma volta com Dinger, coisa quê já tinha um tempo quê não fazia mais, e que também estava com muitas saudades de fazer.

Dinger ficou numa alegria quê só, quando viu eu pegando a guia e prendendo em sua coleira. Rapidamente soltou alguns latidos e não parou mais de balançar seu longo rabo cheio de pelos.

- Minha alegria é ver sua alegria bolinha de pelos..

Falei para Dinger, já passando do portão, e gritando para tia Marina que iria dar uma volta com ela e quê não iria demorar muito. Sempre avisando antes de sair pra evitar preocupações inesperadas.

Após atravessar a rua cuidadosamente e passar para o lado aonde havia a pista própria para caminhadas, Dinger já começou a correr firmemente, e eu tive quê acelerar para acompanhar o mesmo ritmo que ela. Pelo fato da cidade ser pequena, não há tanta movimentação de carros, e muito de pessoas, só quando há algum evento, ou algo do tipo. Por isso estava bem tranquilo correr com Dinger, pelo fato da pista não ter tanta movimentação e o ambiente estar calmo.

Até hoje ainda me pergunto as vezes o porquê de eu ter ido embora de uma cidade tão tranquila como esta. Eu havia muitos amigos quando pequena, e claro, melhores amigos também, como o Eduardo e o Gustavo já foram um dia, à exemplo disso. Mas depois quê fui embora, mudou muita coisa, e hoje, acho difícil que alguns quê me recordo, ainda lembrem de mim.

Cidade grande é complicado, você não sabe quem realmente esta no seu lado, quem esta sendo  verdadeiro ou não. Cidade pequena pode ter lá as suas desvantagens, de todo mundo saber de todo mundo, mas a pessoas são muito diferentes. É realmente triste pensar que as amizades que fiz aqui quando criança, se perderam com o tempo, mas fico feliz ao saber quê ainda me resta duas quê continuam sendo muito especias.

Apesar de minha relação com Eduardo estar confusa, no fundo o considero um amigo, como ele sempre foi. E por um lado, sinto quê ele também sente o mesmo, apesar de mostrar o contrário, eu realmente amo o meu priminho (risos).













O Idiota do Meu PrimoOnde histórias criam vida. Descubra agora