MARY.

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       Foi realmente muito difícil ignorar o João, mas a Laís e o Arthur me disseram que era o certo a se fazer. Minha dor só aumenta quando me lembro da expressão de minha mãe hoje de manhã, um olhar de preocupação, como se não soubesse se a filha iria voltar.
        Afasto todos os pensamentos, tento no máximo me concentrar, mas eu não posso fazer nada se o João senta atrás de mim. Sempre conversamos sobre a aula, mas infelizmente, eu ignoro- o toda vez que ele me chama.
      Isso vai doer em mim. Recebo um bilhete lá da galera do fundo, surpresa abro devagar:
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EI GENTE VAMOS IR NAQUELA FESTA HOJE A NOITE.
       #todentro
Não posso vou ficar com minha 10/10
€u √ou :)
       SÓ VOU SE A MARY FOR
Ok. Eu vou.
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     Eu leio e escrevo que vou, quando na verdade não quero ir. Atrás de mim o João sussurra:
      - O que era aquele bilhete?
      - Ai, não me enche, não te interessa.- isso chega a dar certo por um momento, mas logo ele volta a falar:
       - Viu, você não está pensando em ir na festa da Lúcia né?- eu apenas dou de ombros, mas quando vejo que ele vai insistir me levanto chamando toda a atenção pra mim.
      A professora me olha desconfiada, meus colegas me olham e quando vejo minha amiga está de pé também, junto com ela, meus amigos. Então eles fazem uma coisa muito estranha, começam a sair da sala um de cada vez, como se isso estivesse planejado.
       No fim a Laís sai e eu saio também, consigo sentir o olhar do João nas minhas costas. Nos chegamos no corredor e todos começam a rir, menos eu. Minha cara é um ponto de interrogação, Arthur percebe e diz:
      - Valeu Mary, ninguém tava com coragem de fazer isso, até você. - como ainda estou confusa apenas dou um sorriso de lado.
     Todos nós começamos a sair da escola,eu sigo junto. Entramos num jipe e Laís começa a me explicar.
      Ela me diz que é uma tradição deles, um se levanta logo depois todos se levantam e vão embora. Isso é uma coisa tão estranha que quando ela me fala fico com vontade rir, mas não o faço.
      O jipe chega em uma espécie de cabana no meio da floresta, assim que descemos somos saudados por um grupo menor de jovens, todos cheiram drogas. Imediatamente começo a me posicionar para correr mas João segura meu braço firmemente:
       - Aonde é que você vai?
       -Eu to indo embora, foi realmente muito... legal mas tenho que ir.- digo com sinceridade.
        - Vem pelo menos conhecer o pessoal- ele diz como um cachorro sem dono. Acabo aceitando o convite.
        A festa tava ótima todos dançando e se divertindo, muitos bêbados mas muitos alegres. Viro um copo atrás do outro e levou  susto quando vejo que já é 6:00 da tarde, estou aqui já faz 3 horas.
        Quando me despeço de todos e me viro para sair uma mão segura meu pulso...

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⏰ Última atualização: May 26, 2018 ⏰

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