Hoseok observou os cabelos de sua amiga balançando enquanto a mesma corria afobada em sua direção.
Estava tão distraído nisso que mal sentiu quando Yoonji não conseguiu parar a tempo e bateu contra seu corpo, levando os dois pro chão.
— Você precisa de freio nos pés...— Hoseok murmurou, tirando a garota de cima de si, fazendo questão de a jogar no outro lado.
— Seja mais delicado! — Reclamou a menor com um bico nos lábios e uma carranca fofa aos olhos de Jung, este que sorriu e a pegou pela mão delicada, lhe levantando e ajeitando suas roupas.
— Fala tudo, minha rainha. A que devo a honra de sua companhia? Você quer um beijo? Eu dou vários. — Jung inclinou-se com um bico nos lábios, levando em resposta, um tapa leve no rosto.
— Seu tarado.
Yoonji pegou Hoseok pela mão e saiu correndo pelo corredor. Era a mania dos dois entrar no vestiário quando queriam contar algo um pro outro, então supôs que sua amiga estivesse lhe levando exatamente pra lá, e estava só esperando a bomba de hoje.
Suspirou lembrando do dia em que Yoonji lhe arrastou lá para contar e pedir desculpas por ter usado seu cartão de crédito para comprar uma bolsa linda que custava os olhos da cara, implorava pra que ela não houvesse descoberto sua nova senha e nem comprado nada.
Já Yoonji, apertava em seu bolso uma pequena cartinha que havia feito de todo seu coração e queria a aprovação do amigo antes de entregar.
— Pois bem! — Iniciou Yoonji, determinada e sorridente. Hoseok estava sentado em sua frente com a melhor cara de interesse.
— Conta logo, você enrola muito. — Manhou Jung.
— E você é muito chato.
— E você me ama!
— Quem disse?
— Eu.
Yoonji gargalhou, fazendo Hoseok ficar emburrado.
— Vou embora. — O maior dali se levantou e foi até a porta, que foi coberta por um corpo branco e pequeno.
— Preciso que leia algo pra mim, por favor, Seok.— Yoonji foi direta e rápida, pegando a carta nas duas mãos e entregando para Hoseok, este estranhou, a menina costumava jogar as coisas em sua cara.
A carta estava escrita num papel rosa, cheio de figurinhas com corações e exalava o cheiro bom de Yoonji.
Hoseok não estava crendo, era uma carta de declaração.
A questão que martelava na cabeça de Hoseok e fazia seu peito arder era; quem é o sortudo?
Hoseok começou a ler a caligrafia bem feita de Yoonji devagar, enquanto sua amiga só faltava tirar os sapatos e roer as unhas do pé.
"Caro Seok, você é o meu melhor amigo, mas de uns tempos pra cá eu venho me sentido meio estranha em relação à você. Você não fez nada, na verdade...ok, você fez tudo.
Percebi que tenho pensado demais em você, Hobi. E me alegro todo dia quando sei que você vai estar me esperando bem cedinho pra ir pra escola.
Você é carinhoso comigo e, buscando resultados pra tudo isso, segundo minha mãe, eu estou apaixonada por você.
Demorei pra aceitar, mas o que posso fazer? Meu coração agora bate por você, Hoseok, e eu precisava contar isso.
Eu não me importo se me rejeitar, apenas não mude comigo de jeito nenhum, ou eu quebro você no meio.
Beijos, da menina mas bonita e cheirosa que você conhece, Yoonji."
Hoseok abaixou o papel rosado e encarou sua amiga que olhava para qualquer canto, menos pros seus olhos. Estava vermelha como um pimentão e enrolava uma mecha de seu cabelo no dedo, mania que fazia quando estava nervosa.
A mão de Jung percorreu o rosto da menor, a fazendo olhar para si, e depois a deixou em sua cintura. Mantinha um sorriso terno no rosto enquanto escolhia muito bem suas palavras.
— Bom, segundo minha mãe, eu também to apaixonado por você. — Estava nervoso, mas se sentiu aliviado assim que Yoonji sorriu largo.
— Então estamos namorado.
— Quem disse?
— Eu.
— Mas eu sou uma alma livre. — E esse foi o erro de Hoseok. Yoonji lhe encarou por longos minutos com uma cara de tacho, antes de retirar sua sapatilha e atirar contra o amigo/namorado.
— Repete pra você ver.
— EU DISSE QUE SE VOCÊ QUISER A GENTE CASA, MINHA RAINHA.— Hoseok gritou um tanto desesperado enquanto a menina ameaçava atirar o outro sapato e marcar o lado esquerdo de seu rosto, já que o direito já havia sido atingido.
— Então me pede em namoro.— Yoonji calçou seus sapatos e ajeitou seus cabelos, mantendo um bico nos lábios. Hoseok sorriu e, como um cavalheiro que era ( talvez pra não apanhar de novo), ajoelhou-se na frente da menor e tomou uma de suas mãos branquinhas e delicadas, cheias de anéis estranhos.
— Min Yoonji dos cabelos pretinhos, aceita namorar comigo pra eu te dar muitos beijinhos? — Sorriu abertamente, aquele sorriso que Yoonji se derretia ao ver.
— Aceito, mas só se me tratar como a rainha que eu sou.
— Mas eu sempre te tratei assim...
— Verdade. Vamos dar uns beijos de namorados agora. — Puxou Hoseok pela gola de sua camisa do uniforme, os aproximando demais.
— Ainda bem que escovei os dentes hoje. — Os dois riram alto antes de Jung fazer carinho na bochecha de sua atual namorada e a segurar pela nuca, esta que o segurava na cintura, segurando em seu casaco. Yoonji teve seu rosto aproximado do maior e lhe roubou um selinho demorado, que virou um beijo calmo e demorado, onde os dois aproveitavam a oportunidade e matavam a curiosidade.
Yoonji, sempre apressada, comandava o beijo e deixava Hoseok atônito do mundo ao seu redor. Sentiu a cintura ser rodeada pelos braços fortes do mais velho, num abraço apertado e cheio de afeto.
O beijo foi quebrado por Hoseok, com a boca melada pelo batom rosado que Yoonji usava diariamente e tinha um gostinho bom.
— Levanta a cabeça.— Hoseok obedeceu antes que levasse um beliscão e teve sua pele beijada delicadamente pelos lábios pequenos e ágeis de sua menina.
Sorriu disfarçadamente e levou a mão até os cabelos de Yoonji, os acariciando enquanto a mesma lhe deixava vários e vários beijinhos no pescoço.
— Chega, vou ficar duro.
— Eca.
— Ta achando que nunca vai encostar no meu pau agora?
— Se eu quiser, não vou encostar mesmo. Só depois do casamento. — Yoonji cruzou os braços e Hoseok riu, se ajoelhado pela segunda vez naquele dia.
— Yoonji...
— Hm?
— Quer casar comigo?
E foi assim que Jung Hoseok saiu daquele vestiário de mãos dadas com uma sorridente Min Yoonji, e um lado do rosto vermelho pelo tapa que havia levado.
Agressões à parte, os dois se amavam há tempos. Faltava só um empurrãozinho
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Especialmente, pra udibifan.
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