Capítulo 24 - Missão "esquecer Jonas"

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< Jess, meu amigo pegou meu celular e viu tua foto. Ele quer te conhecer, posso passar teu número pra ele? >

- Jéssica, chegou mensagem de Janaína no teu celular. – falou Paula, lendo a mensagem enquanto eu fazia o arroz da semana – E é sobre boy! Menina vê se agora agarra esse.

- Que mania ridícula de ler minhas mensagens. – falei irritada, enquanto ia à sala buscar meu celular.

- Ah, tu deixa aqui dando bobeira, olho mesmo. Bloqueia logo essa merda.

Ela não queria me devolver o celular. Estava digitando para Janaína.

- Me passa esse cacete logo! – disse, irritada.

- Jéssica, o arroz está queimando! – Clara saiu do corredor para a cozinha, pra desligar o fogão.

- Chegooooou! Lalala... – Paula me entregou o celular rindo bastante, sentada no chão vendo TV envolta de suas coisas de manicure.

- Queimou? – perguntei à Clara, aflita.

- Queimou. Não sei pra quê esse desespero por causa de uma mensagem no WhatsApp. E eu não aguento esse palavreado. Eita boca podre.

- Invasão da minha privacidade. – argumentei.

- Tá, mas ela já tinha lido. Não precisava queimar o arroz por causa disso. Agora vai ter que resolver isso aqui, e eu estou indo pra casa. E cuida de lavar a boca a também.

- Ah, saco! Você é paciente demais, Clara.

- Tchau, Jéssica. Vamos, Paula.

- Oxe, vou nada! Só vou quando acabar de pintar as unhas.

- Bem, eu estou indo. Marcos vai fazer um exame e eu tenho que ir acompanhá-lo. Espero que as duas não se matem. – Clara se despediu – E Jéssica se dê uma chance de queimar seu coração com uma paixão.

- Tu e tuas frases. Tchau!

Clara saiu. E estava estranha. Não sei se chateada com minha irritação, se era preocupação com seu marido ou se outra tristeza qualquer.

- Add ele. – Paula falou – chama pra ir ao Rock & Ribs me ver tocar.

- Han?

- O boy, amigo de Janaína.

- Aaaaaff, Paulaaaaa! Chega! Vou adicionar ninguém não.

- Nem Kauê, nem o amigo de Janaína... Quase dois anos morando em Recife e você não se interessa por ninguém?! Pois eu é que não perco meu tempo.

Só contei de Jonas para Kauê, mas não disse que havíamos finalmente nos encontrado. Havia colocado muita expectativa a ponto de idealizar contar que tinha um namorado, mas como foi tudo por água a baixo, ninguém soube que ficamos.

- Não sou como tu. Já devia ter sacado isso. – fui à cozinha – Aaaah, a porra do arroz pregou quase todo!

- A vida passa rápido, Jéssica. Você agora tem 19 anos e amanhã já tem 29, 39, 49... Vai ficar pra tia, e nem é por querer. É por medo, orgulho, ou sei lá o quê.

- E tu não?! Como se pegar geral fosse te tirar do status de solteira...

- Fazer o quê, né?! Eu não escolhi esperar. É a life, bebê. Meu par é o rock.

- Meu par é o trabalho. Cansei do arroz, faço outro depois. Vou deitar.

Teresinha passou a tarde embaixo do prédio conversando com as outras senhorinhas. Passei o resto do sábado descansando. Acordei já era noite, umas 21 horas. Paula havia ido para casa e, posteriormente, iria trabalhar e eu precisava estudar para as provas da faculdade. Peguei o celular pra ligar pra Kauê e havia uma mensagem do amigo de Janaína.

Sexta às OitoOnde histórias criam vida. Descubra agora