Era 03h34 da manhã quando acordei assustada com saudades da minha mãe Dara. Passei muito tempo chorando querendo ela comigo, eu me sentia muito sozinha sem ela me dando concelhos, me abraçando ou até mesmo brigando comigo mandando eu eu tirar a toalha molhada da cama. Lembrei que a enfermeira no hospital me deu uma caixa com alguns pertences sobre meu passado, sabia que não estava preparada para ler aquelas cartas, mas fui em busca da caixa. Eu tinha guardado ela na parte de baixo do meu armário, entre as roupas, não queria que tia Marta encontrasse aquela caixa. Ao abrir a caixa, em meio a papéis, avia um diário nem lembrava que tinha visto ele antes e tirei tudo o que tinha lá, mas, logo depois, voltei com os pertences para a urna de madeira, tinha muito medo de perder aqueles relatos.
Ao abrir aquele livro que na capa tinha escrito “O Diário de Laya Simon”, senti um arrepio. Na segunda folha tinha escrito: "Filha, a partir de agora tudo o que acontecer na sua vida, você deverá escrever nesse diário. Acontecimentos, medos, sonhos, amores, desilusões, tudo, imagine que sou eu te escutando. Eu te amo muito e seja feliz. Ass: sua mãe, Dara." As minhas lágrimas molhavam aquela folha, sentia muita falta dela. Todas as páginas estavam vazias, ele tinha muitas folhas, achei que não teria o que escrever nele e mal sabia eu que ali só teria relatos de mortes... Mas enfim.
Comecei a escrever sobre a morte da minha mãe, e dizendo o quanto eu a amava. Depois escrevi sobre meu encontro com Rafael, sobre minha primeira vez com o jardineiro e sobre os livros satânicos. Quando percebi já estava na hora de ir para a escola novamente, e era dia de prova de matemática, eu tinha um plano: não iria responder quase nada e o que eu respondesse, iria ser errado, daí o professor iria me ajudar e eu ia dar em cima dele. E assim aconteceu. Ele entregou as folhas e deu uma hora para responder as vinte questões, respondi todas no pensamento, mas na folha coloquei tudo errado. Uma hora depois ele recolheu as provas e disse que em dez minutos iria entregar. O sinal toca. Ele começa a entregar as folhas, todos aqueles idiotas ficaram felizes porque tiraram B+ ou coisa do tipo, se contentam com pouco. E eu fui a última, professor Joseph Ur, me chama em sua mesa e pergunta o que aconteceu e eu jogando meu charme para ele falei que tinha muita dificuldade com números, rapidamente ele me diz que irá me ajudar. E me leva a sala dos professores, como não tínhamos mais aulas, poderia me dar alguma explicação é assim fomos.
Ao entrarmos na sala eu tranquei a porta sem que ele percebesse. Sentamos na mesa, ele abriu o livro e começou a me explicar. Pedi para ir no banheiro e ele deixou. Ao entrar lá, tirei minha roupa o mais rápido possível, eu tinha certeza que ele não iria resistir a uma garota nova e linda dando em cima dele. Ao sair do banheiro ele nem percebe que eu estava nua, me sentei na mesa a sua frente, ele logo se levanta assustado e manda eu me retirar da sala, fala que nunca tocou numa aluna e que alí não seria a primeira vez, percebi que ele ficou muito nervoso e eu disse: "Professor, aqui tá muito quente tira a roupa também." Eu estava tremendo de medo, pensando que alguém poderia bater na porta, mas isso não aconteceu. Ele tirou o óculos, tirou a camisa e quando percebi já estávamos transando em cima da mesa, ele tampava minha boca para ninguém escutar meus gritos e gemidos. Passamos uns trinta minutos lá, logo depois que acabamos colocamos nossas roupas bem rápido e saímos da sala. Encontro Rafael no corredor e chamo ele para ir na minha casa, ele aceita e no caminho conto a ele o que aconteceu. Escrevi também os detalhes no meu diário, parecia que ele era um livro pornográfico (risos).
Ao chegarmos lá, avia muitos carros de polícia, carro de perícia, muitos policiais e logo saí correndo atrás da minha tia, querendo saber o que tinha acontecido. Ao entrar dentro de casa minha tia estava sentada no sofá chorando muito, ao abraça-la pergunto o que aconteceu e ela me diz que a empregada fui encontrada morta dentro do armário de limpeza. E eu logo olho para Rafael, que parecia que ia desmaiar. "Como assim? Me conta isso direito!" Falei nervosa. E ela me responde: "Hoje pela manhã derramei café no meu quarto e chamei ela para limpar. A chamei umas quatro vezes e ela não me respondeu, logo, pensei que ela tinha saído para fazer compras, e fui no armário de limpeza procurar um pano para secar o café. Ao abrir a porta o corpo dela estava lá dentro." Ela não falou mais nada porque só chorava. Em seguida a perícia passa com o corpo da empregada na nossa frente, paro uma policial e pergunto o que realmente aconteceu, ela me disse que a senhora se trancou lá dentro e não conseguiu abrir e morreu ser ar. Pergunto se posso ir para a cozinha que fica no térreo da casa, já que o primeiro andar estava interditado. Rafael vai comigo. "Fomos nós que matamos a velha! Não lembrava disso! E agora? Se minha tia descobre nos mata!" Falei muito nervosa e Rafael responde: "Calma! Você não escutou a polícial falar que ela se trancou sozinha lá? Acho que tinha uma fechadura por dentro e quando batemos a porta essa fechadura fechou a porta! Entendeu?"
Alí fizemos o nosso primeiro assassinato. Dias depois fomos depor na polícia e inventamos uma história. Contei que ela sempre tinha dificuldade com a porta do armário, e que já tinha ficado presa uma vez lá dentro. Minha tinha também foi depor, o jardineiro, a cozinheira, o motorista, os seguranças, todo mundo, menos Rafael, porque não morava lá em casa. Ao chegar em casa depois de sair da delegacia escrevia mais uma página do meu diário contando os detalhes sobre a morte da empregada.

VOCÊ ESTÁ LENDO
O Diário de Laya Simon
Mystery / ThrillerA obra da "escritora" Mariana Maya, conta a jornada de uma jovem psicopata, que para ter tudo o que quer, não mede esforços. Com a ajuda de seu "amigo" Rafael, eles atormentarão a vida de muitas pessoas. Com seu charme, Laya passará despercebida e...