Meu Professor de Ed.Física

Diferente

     Hoje acordei com uma disposição, incrível!

Levantei-me tomei um banho longo e quente, comecei a separar uma roupa para ir à escola, acho que o clima ainda deve estar tenso por lá. Amanda acabou tomando uma suspensão, achei pouco, deveria ter sido expulsa. Abri minha janela para ver como estava o clima, e não estava frio como de costume. Então coloquei uma roupinha mais leve, e desci para fazer o café. Meu pai ainda não tinha descido, preparei o café, e estava arrumando a mesa. Assim que coloquei as xícaras, meu pai desceu.

- Bom dia minha princesa, nossa acordou bem disposta hoje. Nem esta com seu mau humor matinal. - Ele terminou a frase esperando eu revirar os olhos como de costume, mas ao contrario disso dei meu melhor sorriso.

- Hoje vai ser diferente meu dia pai. - Eu disse dando um sorrisinho de canto.

- Que sorriso lindo filha! – Disse meu pai apertando minhas bochechas. – Já esta sendo diferente, pois não esta mal humorada. – Ele disse, sentando e colocando café nas xícaras.

- Mas não se acostume. – Eu levantando os ombros. Então tomamos café e conversamos um pouco, meu pai iria me levar à escola.

Quando cheguei fui direto pra sala. Já vi as meninas e os meninos, sentei no meu lugar e começamos a conversar e rir. A professora não chegava, então provavelmente seriam as duas primeiras aulas vagas, espero que não venha outro professor substituir. Quando menos espero escuto a voz daquele pilantra, se fosse um dia comum eu iria virar para olhar em seu rosto, mas hoje não. Eu continuei virada para trás conversando com o povo.

- Pessoal, na segunda aula iremos para quadra! – Ele disse com aquela voz rouca e linda, mas isso não vai me derreter...

A primeira aula passou que eu nem percebi, então ele fez a chamada, e eu respondi sem ao menos me virar. Bateu o sinal da segunda aula, e como eu já estava acostumada, nem precisava olhar para saber que ele iria se levantar, ir para a porta e esperar eu ser a ultima para me falar algo. Mas hoje fui umas das primeiras a sair. Chegando à quadra não fiquei sentada como de costume, ignorei todas as partes do meu corpo que não queriam se arriscar em levar uma bolada na cara, e fui jogar vôlei com as meninas.

- Amiga hoje você esta diferente! – Disse Nic me observando de cima em baixo.

-E isso esta ruim? – Eu perguntei cruzando os meus braços.

- Não! Isso esta divertido isso sim. – Disse Nic me empurrando. Realmente nunca tinha dado tanta risada.

Joguei com as meninas e vi que eu não era nada mal no vôlei, eu sempre olhava para arquibancada e ele estava me olhando. Quando finalmente bateu o sinal eu estava saindo da quadra, ele veio até mim.

-Eu sei que você ouviu, e não sei como iniciar essa conversa com você encrenca... – Ele disse parado na minha frente com a mão nos meus ombros.

- Me desculpe professor, eu não sei do que esta falando, eu quero ir ao banheiro antes de voltar para a sala... Então, licença, por favor. – Eu disse me desviando dele. Mas ele veio atrás de mim, como eu imaginava.

- Você tem todo o direito de me tratar apenas como seu professor aqui na escola, mas lá fora precisaremos conversar Rafaela. – Ele nem ao menos esperou uma resposta minha, e passou por mim andando mais rápido.

Não me deixei levar pelas minhas emoções que estavam gritando para mim correr atrás dele, cada vez que meu corpo gritava por ele, eu fazia questão me lembrar daquela cena, do dia anterior... E funcionava por que eu sentia uma enorme vontade de chorar, porém não irei chorar... Ele não merece uma lágrima minha, a gente apenas..... Eu realmente gostaria de saber o que tínhamos...

O dia se passou rapidamente, e realmente hoje foi um dos melhores dias da minha vida, eu ri muito, me dei a chance de fazer novas amizades, e de ser normal como todas as outras garotas.

- Rafa! - Escutei Luiz me gritando, e correndo na minha direção. Estávamos indo embora já.

- Oi doido. – E disse parando e esperando ele se aproximar de mim.

- Tenho um amigo que vai pro mesmo lado que você, acho que vocês podem ir juntos – Antes mesmo de eu poder falar algo ele se virou e acenou para um garoto, que de primeira não vi muito bem. - Rafa esse aqui é o Mateus. – Luiz disse me mostrando um homem... Cara ele não parece esses meninos com cara de criança, ele era diferente. Era lindo. Ele era muito alto me lembrou daquele pilantra... Uma barba de tirar o folego, um corpo que não é desse mundo...

- Oi prazer, sou o Mateus. – Disse aquele deus grego, com uma voz de arrepiar, se aproximando de mim e me dando um beijo no rosto, ele tinha um cheiro, que me deu vontade de me agarrar a ele.

- Eu sou a Rafaela... Mas... Pode me chamar... – Na minha mente eu ia falar pra ele me chamar de futura esposa, por que puta que pariu, eu iria ficar feliz ao acordar do lado desse lindo. – De Rafa. – Terminei a frase me segurando para não rir desse meu pensamento escroto.

- Podemos ir embora juntos, Luiz me disse que vamos pelo mesmo caminho! – Ele disse se aproximando cada vez mais de mim.

- Claro que podemos. – Então parados ali perto do portão de saída começamos uma conversa que eu não queria parar, esquecemos até do Luiz, e ele acabou saindo sem a gente perceber. Então descobri que o Mateus morava praticamente na mesma rua que eu.

- Vamos, minha moto está ali. – Ele disse apontando para uma moto branca enorme.

- Como seus pais te deixam dirigir? Eu ganhei um carro e mal posso entrar nele. – Eu disse dando risada, e ele riu junto, que sorriso!

- Eu na verdade tenho 18, perdi um ano... Eu meio que fiquei em uma vibe errada... Mas depois te conto isso. Vem? – Ele perguntou estendendo sua mão para mim. Antes de eu subir, me virei e olhei em direção a escola, e ele estava lá... Com uma cara brava me olhando, e matando o Mateus só pelo olhar. Eu quero que esse pilantra sinta o que eu senti. Subi naquela moto do modo mais sexy e confiante que eu pude.

Realmente esse dia está mais diferente do que eu poderia imaginar... E em um sentido muito bom.