Capítulo 3 (Luane)

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Acordei com o bendito despertador tocando, um novo dia começando e junto dele o tédio de todas as manhãs, eu simplesmente odeio estudar, o oposto da minha querida irmãzinha. Levantei-me e fui ao banheiro olhar meu reflexo, meu rosto amassado e olheiras horríveis mostrando a noite mal dormida, afinal, conversei até altas horas da madrugada pelo celular com o Edu, meu namorado, precisarei usar bastante maquiagem.

Sai do banheiro e fui para o quarto de Alicia, hoje o look que pretendia vestir ficaria lindo com um casaco na cor vinho que ela tem, ela é nerd, mas tem bom gosto, eu admito.

-Ali, bom dia! Você me empresta aquele seu casaco vinho? – Disse no batente da porta que estava aberta e ela praticamente pronta para a escola.

-Ué, Lua, você não diz que eu sou gorda? – Diz ela rindo pra mim. -Tô brincado, claro que te empresto, maninha.

-Tá engraçadona hoje, heim? – Digo com ironia.

-Pare de ser assim, menina, eu só estava brincando. De onde você vem tanto mal-humor?

-Ai, Alícia, você é chata demais, não sei como suas amigas aguentam você! – Digo revirando o guarda-roupa. -Onde está esse casaco, esse armário é tão arrumado que eu não consigo encontrar nada!

-Claro, se você deixasse o seu arrumado por um tempo, você aprenderia rapidinho, aquele dia que você foi dormir na casa da Carina e esqueceu as suas blusas eu quem tive que pegar, ainda não entendi porque ela não te emprestou as dela, essa menina deve ter roupa que não acaba mais, mas enfim, eu quase fui engolida pelo monstro de roupas que você colocou lá, sério, quase caiu tudo em cima de mim quando abri. – Diz ela rindo.

-Para de ser exagerada, meu armário não é tão bagunçado assim, agora me responde, você vai vestida assim? – Apontei para ela, ela estava linda, mas não podia dizer isso né?

-Vou, por quê? – Ela pergunta se olhando no espelho, vendo se tem algo de errado.

-Por isso que o Gustavo não quis te assumir de cara, você é muito sem estilo, maninha. – Digo rindo.

-Ai, Luane, vai encher o saco de outro, vai. – Ela se irrita.

-Eu vou é dar bom dia para o Edu, o meu namorado... – Quando disse isto ela me olhou espantada e eu vi que tinha falado demais.

-Aquele garoto é seu namorado, Luane? – Ela diz em voz baixa, para que nossos pais não ouçam.

-É, por quê? Algum problema?

-Sim, Luane, tem problema, ele é um idiota, ele te agrediu aquele dia na quadra e você pensa que eu não vejo os roxos pelos braços e pernas? – Eu não respondo, pois sei que ela tem razão, mas eu o amo não posso fazer nada.

-Achei, até que enfim! – Digo e antes de sair do quarto eu olho pra ela. -Se você abrir o bico eu faço da sua vida um inferno, irmãzinha. – E então vou em direção ao meu quarto e bato a porta.

Eu não odeio minha irmã, eu apenas queria ter metade do amor que ela recebe, as amigas dela são ótimas, estão com ela independente de qualquer coisa, tem um namorado fofo, romântico, que a trata como se ela fosse feita de porcelana, nossos pais tem orgulho dela, por ser uma ótima aluna e está sempre sendo convidada para participar de concursos estudantis que o nosso colégio proporciona para incentivar os alunos e mesmo eu tendo uma certa inveja dela, eu a amo.

Assim que terminei de me arrumar desci e fui para a cozinha tomar café da manhã, já estavam todos a mesa.

-Bom dia, família! – Digo pegando um copo no armário e sentado ao lado de Alícia.

-Bom dia, filha! – Minha mãe sorri e passa a mão no meu rosto.

-Bom dia, querida! Dormiu bem? – Pergunta meu pai sem me olhar.

-Sim! Bom, eu só vou tomar um suco e comer uma fruta, pois eu combinei de a Carina passar aqui com o motorista dela. Beijinhos. – Sai sem que me respondessem, afinal, se eu esperasse a resposta eles me obrigariam ir com a Alícia.







 – Sai sem que me respondessem, afinal, se eu esperasse a resposta eles me obrigariam ir com a Alícia

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Alicia

Alicia

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Luane

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