Capítulo I

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Noah Cooper

Tem coisas na nossa vida que acontecem em um piscar de olhos, essas coisas acontecem tão depressa e tão inesperadamente que você ao menos da conta de controlá-las, ou de conseguir as mudar.

Em um minuto eu era o homem mais feliz e realizado do mundo, e no outro eu não tinha mais nada! Após o sumiço da Brianna para não ser presa por lavagem de dinheiro e da prisão do Kalel Mitchell um dos acionistas mais antigos da corporação, a minha empresa estava em um completo caos e declínio, e eu não estava fazendo absolutamente nada para reverter essa situação. Eu havia perdido o amor da minha vida, nada mais me importava, fazia exatamente quinze dias, sete horas e vinte e três minutos que a Arizona não pisara os pés na empresa. E ninguém sabia o seu paradeiro, ou não queriam me contar. O que não mudava muito a minha situação já que a conhecendo bem, ela nunca vai me perdoar, ela nunca vai me dar uma oportunidade de me explicar... Nada mais na minha vida importava, nada mais fazia sentido!

-Então é aí que se esconde o covarde. –eu levei um susto ao ouvir a voz da Justine gritando e vindo em minha direção. Eu me sentei no sofá com um pouco de dificuldade e com as vistas um pouco turvas, fazia dias que eu não me alimentava direito. Fiquei apenas observando a Justine marchando raivosamente até o meu encontro.

-Sr. Cooper me desculpe eu falei que o senhor não estava, mas ela passou d'baixo do meu braço e entrou correndo. –falou a governanta.

-Tudo bem Ava. –respondi baixo me sentando no sofá.

-Como você pôde fazer isso com ela? –gritou Justine me dando um tapa na cara. Eu estava tão devastado que aquele tapa não era nada comparado a dor e sofrimento que emanava em meu peito. –Você vai ficar ai sentado olhando para mim? –bufou com a mão na cintura.

-O que você quer que eu faça? Ficar me justificando para você não vai fazer a Arizona acreditar em mim.

-Acreditar em quê? Vai me dizer que você não dormiu com a Brianna? –falou irônica.

-Sim eu dormi, mas não por vontade própria.

-Ta bom, agora vai me dizer que foi forçado? Ah conta outra Cooper.

-Ta vendo, não adianta me justificar quando ninguém acredita.

-Acreditar em que Noah? –perguntou exaltada.

-Ela me drogou poxa. –falei também exaltado.

-Ah, conta outra. -falou de forma duvidosa.

-O exame está na mesa de centro, veja com os seus próprios olhos se não acredita em mim. -falei e foi justamente o que a Justine fez, se encaminhou até a mesa de centro, pegou o envelope com os resultados dos meus exames médicos e o abriu.

-O quê? Isso é verdade mesmo? -perguntou.

-E por que eu mentiria a essa altura do campeonato? Quando a Arizona saiu da suíte eu fui até o hospital, fiz um exame toxicológico e descobri traços de alucinógenos no meu sangue. Eu jamais trairia a Arizona, ainda mais com a Brianna. Eu a amo mais que tudo na minha vida, jamais faria algo para lhe machucar, eu só fiquei com a Brianna porque estava alucinando com a Arizona.

-E porque você não contou isso para ela? Por quê não a mostrou esse exame?

-Como? Se ela não quer nem olhar na minha cara. –falei baixo e melancólico.

-Então é isso, você vai ficar ai mofando nesse sofá enquanto perde o amor da sua vida.

-A gente tem que aprender a aceitar as derrotas, a Arizona não quer me ver, eu não faço a menor ideia de onde ela possa estar, e a família dela provavelmente me odeia, eu não sei mais o que fazer.

-Olha eu não vou me desculpar por ter o bofeteado porque você mereceu, mas eu vou te ajudar Cooper. Eu vou tentar encontrar a Arizona e talvez ela me escute, mas com uma condição...

-O que você quiser. –falei mais que depressa.

-Você vai prometer levantar desse sofá e tomar um banho. Você está fedendo a cachorro molhado. –falou Justine me fazendo sorrir coisa que eu não fazia a dias.

-Tudo bem. Me deseje sorte.

-Boa sorte. –falei observando a Justine sair marchando em direção a porta, eu me levantei ainda com um pouco de dificuldade, me encaminhei até o meu quarto, tomei um longo, quente e relaxante banho. Lágrimas se misturavam a água quente que caia sobre o meu rosto, meu peito doía e um desespero enorme tomava conta de mim só de imaginar a minha vida sem a Arizona. Eu não ia suportar perdê-la, céus, o que será de mim sem ela.

Já se passara 72 horas desde que a Justine havia vindo me fazer uma visita. Agora eu não tinha noticias dela, e muito menos da Arizona, talvez os seus planos não tenha dado muito certo.

-Não acredito que você ainda está aí nesse sofá fedorento. –falou Justine entrando na sala da minha casa.

-Eu estava me perguntando quando você apareceria. –falei me sentando no sofá.

-Não se anime muito. Bom, eu tenho três noticias... uma boa, uma ruim e uma péssima. Qual você quer ouvir primeiro?

-Começe pela boa, eu já tive noticias ruins o suficiente.

-Eu encontrei a Arizona. –falou com um sorriso nos lábios.

-Sério? Aonde ela está? –perguntei ansioso.

-Bom, essa é a noticia ruim...

-Para de suspense Justine, fale logo. -falei impaciente.

-Como preferir... Ela está na casa do Oliver.

-O quê? Eu vou matar aquele aproveitador desgraçado. Tantos lugares para ela ir, por que justo na casa dele? –falei exaltado passando as mão em meus cabelos de forma nervosa.

-Calma ainda tem a péssima noticia. –falou Justine.

-E existe noticia pior que essa que você acabou de me falar?

-A Arizona não quer nem ouvir falar no seu nome, não sei se ela vai te perdoar tão facilmente.

-O quê? Mas você ao menos tentou?

-Ela praticamente bateu a porta na minha cara quando eu falei o seu nome.

-Eu sabia que isso ia acontecer. –falei deixando meu corpo cair sobre o sofá.

-Senhor, chegaram mais correspondências. –falou Ava entrando na sala com dezenas de correspondências nas mãos.

-Coloca na mesa de canto junto com as outras. -falei.

-Você não vai nem olhar Noah? Pode ser algo importante. -falou Justine.

-Nada mais me importa Justine. -falei.

-Pode deixar essas correspondências comigo Ava, eu vou dar uma olhadinha nelas. -falou Justine pegando minhas correspondências dos braços da Ava.

-Alguém já te falou o quanto você é enxerida? -perguntei.

-Ao invés de você ficar me xingando, você deveria começar me agradecendo pela incrivel idéia que eu acabei de ter. -falou Justine com uma das correpondências nas mãos.

-Do que está falando? -perguntei sem entender.

-Estou falando disso. -falou jogando em minha direção uma correspondência e quando eu a abri eu sabia exatamente qual era o plano para reconquistar a Arizona. E sinceramente, pela primeira vez eu sentia que poderia funcionar.

UM NOAH EM MINHA VIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora