O RESGATE

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______ Benjamin ______

É isso...!!!

Seguí até a casa da Eduarda, a porta de entrada estava encostada apenas; entrei na casa, e pela casa tinham pegadas com manchas de sangue...As pegadas  vinham de um porão.

Tirei minha arma da cintura, respirei fundo e fui até o porão...do alto da escada deu para notar uma enorme poça de sangue...meu coração gelou com  a possibilidade de ser Kaka...

__ Kaka, estas aí?...__ Só o corpo de...__ Eduarda...__ Ela estava morta já...

Na tentativa de obter pistas mais concretas comecei a vasculhar o local e achei um pé de sapato de Kaka...Agora posso relaxar, pois sei que ela continua viva, já Dudda não teve a mesma sorte...

Pelo menos algo me diz que ela está viva.

_______ Kaka _______

Sentí o cheiro de esgoto a céu aberto inconfundível do Complexo do Alemão...apesar de estar com uma venda nos olhos, eu sabia que estava na favela.

__ Entra...

__ Minha casa!__ Falei baixo.

__ Pois é! Agora pega o bonde e vai procurando o dinheiro.

__ Mas eu não sei onde está! Papai nunca me envolveu em seus esquemas.__ Repetí.

__ Anda Kaka, faz teu corre...procura esse dinheiro logo...vai, vai....quer acabar como sua irmã, e seus pais é?__ Ele levantou a pistola.

Comecei a procurar, estava morrendo de medo...todos os pontos secretos da casa foram vasculhados e nada!

Vou morrer.

__ Viu...Não tem nada aqui.

__ Tem sim! Eu sei que tem...

Entrei em meu quarto e olhei pra minha antiga cama, como sinto saudades desse quarto. O papel de parede do time do meu coração, os posters da banda de rock que mais gosto! Minha cama com os lençóis da série Supernatural que papai comprou em meu aniversário de dezesseis anos. Espera...papai trocou minha cama quando eu fui passar o final de semana na casa de uma antiga amiga...É isso.

__ O que você está fazendo?__ O delinquente me perguntou ao ver eu puxando o lençol.

__ Se quer seu maldito dinheiro me ajude a puxar o colchão idiota...anda!

Ao puxarmos o colchão, conseguimos ver nitidamente que tinha algo errado com aquela armação de cama box...
O Menor, traficante que me fez refém, tirou as tábuas agregadas na cama...o dinheiro esta aqui...

__ Então quer dizer que a princesinha dormía em cima da bofunfa?

__ Eu não sabia que papai tinha feito isso...

__ Chocalho, amordaça e amarra a princesa do morro, quando terminarmos aquí vamos levar ela direto para o chefe.__ Não...

__ Não! Você não pode fazer isso.

Então o Chocalho me arrastou até a sala, quando ele se virou para pegar uma corda, peguei um vaso de vidro que estava no chão e quebrei na cabeça dele...ele desmaiou, então saí correndo...fui parar na casa de uma antiga amiga. Eu conhecia aquela favela como a palma da minha mão, eu era a filha do dono do morro, com cinco anos eu já sabia pegar numa arma...o que uma filha de um traficante não faria dentro de casa?

__ Marília...me ajuda!

__ Kasinha!  Entra...o que faz aqui menina, não te vejo desde que o conselho tutelar te levou daqui.__ Faz tanto tempo.

__ Eu sei...mas me ajude! Fui sequestrada, me empreste seu telefone.

__ Como é?

__ Fui sequestrada por Menor! Há alguém em casa?

__ Papai e mamãe estão.

__ Por favor, me ajuda...me empresta o celular mulher...

__ Tá...__ Ela me entregou o celular e rapidamente disquei um número.

__ Alô? __ Ouvi aquela voz que amo.

__ Ben...como é bom ouvir sua voz!

__ Amor? Como você está!

__ Estou bem! Olha, eu tô aqui no Complexo do Alemão, os dono me sequestraram... Não posso falar muito, vou ligar o GPS do celular que estou usando. Vem me buscar Ben, por favor!__ Comecei a chorar.

__ Estou indo amor! Eu te amo.

__ Também te amo Benjamin.

Desliguei o celular e liguei o GPS, me escondi com Marília no quarto dela, dentro do guarda roupa. Logo Marília recebeu uma mensagem de outra amiga em comum que os caras estavam fazendo uma vasculha em todas as casas. Haviam se passado alguns minutos, seu Aristides e a esposa, mãe de Marília me ajudaram, ele me conheciam desde pequena, meus pais o ajudou muito no passado.

De repente o que eu não queria aconteceu;  arrombaram a casa dos pais de Marília...Não, eles não podem me achar!

__ Eles não podem me achar Mari!

__ Tiro!__ Ela disse assustada.

__ O que?

__ Você não está ouvindo esses tiros?

__ Benjamin chegou.

__ Quem é Benjamin?

__ Meu namorado! Ele é policial..

__ Mãos para o alto. Agora!__ Ouvi aquela voz inconfundivvel. Era Benjamin, ele gritou com alguém.__ Bora Menor, se deita aí.__ Então ouvimos outro tiro. Menor já estava aqui.

__ Ben...__ Sai correndo até a sala! Ben estava no chão, um tiro acertou em seu peito.__ Seu desgraçado. Vou te matar filho duma puta.__ Peguei a arma do Ben e iria atirar, mas outro policial fez isso por mim...

Fui resgatada, mais tudo isso custou a vida do Ben, ele está hospitalizado...fizeram uma cirurgia de emergência nele, agora ele está em coma por minha culpa.

__ Pode ir vê-lo senhorita!

__ Obrigado.

Ver ele assim me partia o coração, é terrível tudo isso,  e o pior é que nem posso ficar com ele por ser menor de idade...

__ Por favor, não me deixe sozinha, como todos deixaram... Você sabe que eu te amo não sabe? Passamos tanta coisa nesses quatro meses...Não suportaria te perder, você é meu herói.__ Beijei sua boca...

__ Sou é?__ Ele  disse fazendo um esforço.

__ Ben...Você acordou! A meu amor...Não faça esforço, vou chamar alguém.


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Estamos quase no fim pessoal. Espero que o livro esteja do agrado de todos.

Estou passando aqui para divulgar meus dois livros: ASSASSINA DE ALUGUEL - Operação Malibu  e o outro livro para quem gosta de algo mais romântico e clichê, chamado: TODOS OS GAROTOS QUE AMEI.

Tenho certeza que vcs irão amar.


KATLÉIA - A Filha Do Tráfico Where stories live. Discover now