3. A Que Eu Sempre Amarei

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Miranda chegou em casa um pouco depois do previsto, o que a irritou bastante, entrou em casa e seguiu para o quarto de Mateo, mas o pequeno não estava lá, foi para o quarto das gêmeas e as viu dormindo com o pequeno entre elas, se aproximou os cobrindo melhor e beijou a testa de cada um.

– Mamãe.

– Oi meu bem — Sussurrou acariciando os cabelos do pequeno que a olhava sonolento, Mateo sentou na cama e engatinhou até ela, Miranda o pegou beijando-o nos cabelos bagunçados — Quer dormir com a mamãe? — Ele afirmou e ela o pegou, pegando o urso de pelúcia e a chupeta, saiu do quarto das filhas e seguiu para o seu, assim que entrou, arrumou a cama e o colocou deitado — A mamãe já vem — Disse o cobrindo e seguindo para o banheiro, após um rápido banho, ela se vestiu e deitou ao lado do pequeno.

O dia havia sido longo e a saudade de ter Andrea ali era ainda maior, mas talvez fosse o momento de seguir em frente, passar por cima da dor e vestir a armadura de dama de ferro outra vez, talvez Nigel estivesse com a razão, foi com esses pensamentos que ela dormiu.

As duas semanas se passaram, Miranda passava horas de trabalho com Thabata, o que fez com que conversassem mais e criassem uma amizade, uma entendia a outra de certo modo e mesmo que Miranda não quisesse perceber, havia muito de Andrea em Thabata, talvez fosse isso o que lhes aproximava tão rapidamente.

Miranda estava concentrada nas diversas folhas em cima da mesa, quando escutou batidas na porta, levantou o olhar.

– Atrapalho?

– Não, pode entrar — Disse sorrindo, Thabata entrou e se aproximou a cumprimentando.

– Trouxe café.

– Não precisava se incomodar.

– Não incomoda — Disse sorrindo, Miranda pegou o café.

– Hoje não é dia de trabalho pra você.

– Estava por perto e quis vir te chamar pra almoçar, claro, se não tiver planos.

– Na verdade eu tenho — Thabata entortou os lábios, o telefone de Miranda tocou — Só um minuto, fale Débora.

– Dinah está aqui com Mateo.

– Pode manda-la entrar — Miranda desligou o telefone, logo Mateo adentrou a sala correndo, Thabata o olhou, vendo-o em frente a Miranda, que o pegou e o beijou nos cabelos.

Mateo a agarrou pelo pescoço escondendo o rosto, enquanto Miranda sussurrava algo em sua orelha, Mateo deu risada e a olhou.

– Onde está a Dinah? — Mateo apontou para a porta e depois olhou para Thabata, deitou a cabeça no peito de Miranda — Diz oi — Mateo sorriu escondendo o rosto, Thabata sorriu.

– Ele é lindo.

– A cara da mãe — Disse sorrindo de canto.

– Sim, ela é linda, tenho certeza que por esse motivo que você se apaixonou.

– Não foi pelo exterior — Sorriu triste — Mas antes fosse, seria mais fácil se eu tivesse agido com a cabeça, esqueci de ser a temida dama de ferro quando me referia a ela, Andrea também viu em mim o que ninguém mais via, foi o que sempre me puxou pra ela — Thabata sorriu de canto e olhou para baixo.

– Tenho certeza que vocês ficarão bem.

– Eu não acredito mais nisso, acho que por mais que eu tente negar, não vai haver um nós outra vez, mas as coisas mudam, de qualquer forma o que eu quero é que sejam como tem que ser, mesmo que certas pessoinhas, queiram a mamãe e a mommy juntas — Mateo a olhou sorrindo.