𝟎𝟏.𝟐𝟑. lithium

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nós somos apenas duas almas perdidas
correndo sobre o mesmo velho chão
o que nós encontramos?
os mesmos velhos medos

nós somos apenas duas almas perdidascorrendo sobre o mesmo velho chãoo que nós encontramos? os mesmos velhos medos

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A cada dia que se passa, a cada hora, minuto e segundo eu me encontro ainda mais doente e sem esperanças. Aquela maldita mulher ainda envenenava minha mente e cada ato do meu dia a dia.

Seu cheiro encravado em minhas narinas e seu toque sempre achava uma maneira de encontrar minha pele, toda porra da vez que eu fechava os olhos.

Seus olhos verdes cor de esmeralda penetraram de uma maneira surreal na parte mais profunda da minha mente, fazendo com que se torne impossível me desfazer dessa visão, que passara a me atormentar dia após dia, desde o momento em que a tranquei naquele quarto novamente, como um animal feroz.

Mas feroz ela era, não posso negar isso.

Me causou muitos arranhões até conseguir contê-la em uma algema que a mantinha presa ao pé de sua cama. E depois de muitas idas e vindas, eu acho que ela se acostumou com a sensação.

Ou apenas se conformou conforme o tempo passava e ela via que eu não a iria soltar.

Eu tentava falar sobre assuntos não relacionados a ela estar sendo mantida presa por mim, pelo menos um diálogo curto, mas nem isso eu conseguia. Além de ser realmente muito raro ela olhar na minha cara por mais de três segundos.

Ela estava com ódio, eu entendo isso. Mas aquilo realmente estava começando a me deixar maluco.

Agora minha blusa estava empapada com o suco de laranja que eu havia trago pra ela, mas Anna fez questão de despeja-lo na minha cara assim que ofereci.

Saí do quarto e fui até o Impala, abrindo a mala e pegando uma muda de roupa, afinal, não havia sido a primeira vez que Annabeth derramara alguma coisa na minha roupa e, muito provavelmente, não seria a última.

Aproveitei o momento para me encostar na Baby e respirar fundo, fechando os olhos e sentindo a briza gelada da noite bater violentamente em meu rosto.

Aproveitei mais alguns segundos de tranquilidade, antes de me pôr para dentro da cabana novamente.

- E aí, neném, pronta pra papar? - Perguntei sacana.

Sua expressão permanecia impassível.

Me aproximei de sua cama em passos lentos, analisando sua expressão enquanto eu andava. Parei a um ou dois passos dela, me inclinado para pegar um dos salgadinhos na tijela ao seu lado.

O joguei na minha boca e enquanto mastigava falei.

- Eles estão uma delícia, sabe. - Meu olhar procurava o seu. - Devia se esforçar para comer mais alguma coisa.

𝗙𝗔𝗟𝗟𝗘𝗡 ° 𝘀𝘂𝗽𝗲𝗿𝗻𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮𝗹 || EM PAUSAOnde histórias criam vida. Descubra agora