-Queres Bella? – A Jacinta ofereceu-me um cigarro.
-Não obrigada! Os médicos disseram que era melhor parar com essas coisas, tu sabes…
-Sei! – Ela sorriu e colocou o cigarro na boca e acendeu-o.
-Olha eu ainda não contei nada concreto ao meu irmão! – Já se passaram várias semanas desde o meu acidente e ainda não contei nada ao meu irmão do caso do nosso pai com a Ana, e em relação a ela já a vi várias vezes na universidade e tirou há pouco tempo aquela coisa que metem no nariz quando está partido cujo eu não sei o nome.
-Pois, mas acho que devias, ele tem o direito de saber.
-Sim, claro! Eu tenho medo da reação da minha mãe!
-E quando tencionas contar-lhe?
-Essa é a pior parte! Ele nem vai acreditar em mim…
-Vais ver que corre tudo bem! – Eu sabia que aquela história ainda me ia atormentar por mais uns bons tempos daí não ter respondido à Jacinta e instalou-se um silêncio constrangedor. – Eles já não deviam ter chegado?
-Já! – Estávamos numa esplanada à espera do Louis e do Ian. O Josh e a Mariana vinham cá ter mais tarde.
-Estão muito ocupadas as meninas? – A voz do Ian fez-se ouvir e os seus olhos estavam na Jacinta.
-Olá! – Dissemos em conjunto.
-Andaram a treinar! – O Louis comenta e beija a minha bochecha.
-Já pediram?- O Ian perguntou.
-Não! – Respondi. – Vocês atrasaram-se tanto, agora mais vale esperar também pelo Josh!- Sorri e todos concordaram.
Coloquei os meus óculos de sol e encostei a minha cadeira à do Louis para ficarmos mais juntos, ele também acabou por pôr os óculos de sol. A Jacinta e o Ian pareciam estar num mundo à parte, eu podia fazer o pino que nenhum dos dois iria reparar.
-Amor? – O Louis chamou.
-Sim?
-Já fui fazer as análises!
-E quais foram os resultados?
-Não à nada de mal! – Ele sorriu e beijou-me, fiquei tão feliz por ter a certeza que o meu anjo está bem que só me apeteceu abraça-lo e foi o que fiz.
Entretanto o Josh e a Mariana não chegaram e nós decidimos fazer o pedido, acabamos por lanchar juntos, a Jacinta e o Ian continuaram no seu mundo à parte e eu estava a gostar imenso de ver a Jacinta assim, porque já chega a desilusão que ela apanhou com o Harry, namorar com um rapaz e descobrir que ele é gay não deve ser nada fácil; com tudo isso lembrei-me da noite em que conheci o Louis, era só uma saída de raparigas e acabei por encontrar o homem da minha vida e percebi que o Afonso não é assim tão má pessoa, ele agora amadureceu bastante e ele e o Louis já são amigos, o que me deixa ainda mais feliz. A minha vida podia ser perfeita, se o meu pai não tivesse decido meter-se por caminhos apertados, literalmente.
-Bella? Terra chama Bella! – A Jacinta gozou comigo por estar distraída a pensar.
-O que foi?
-Não é o teu telemóvel que está a tocar? – Ela questionou.
-Ai é! Desculpem. – Era só uma mensagem. – O Josh não pode vir! – Estava a transmitir o recado à medida que lia a mensagem. – O quê? – Fiquei bastante aflita.
-O que foi? – O Louis tentou ler o que estava no meu telemóvel.
- O Josh está no hospital!
-A fazer? – Perguntou o Ian.
-Não sei, ele só me disse isto! Vê se consegues saber algo para eu ver se vou já para o hospital.
-Ok, é para já, vou só fazer umas chamadas. – O Ian levantou-se já com o telemóvel na mão.
-E se o meu irmão está mal?
-Bella, o teu irmão não está mal, se não nem te tinha mandado mensagem! – A Jacinta falou pouco mas falou algo de jeito.
-Ela tem razão, tem calma amor!
-Ok, eu tenho Louis, mas deixa o Ian vir, para eu ter a certeza! – Levei uma das minhas mãos à boca e comecei a roer as unhas.
-Para com isso! – O Louis empurrou o meu braço e deu-me a mão.
-Está babada! – Falei ao recuar a minha mão.
-Olha a minha cara de preocupado! – Ele falou sério e voltou a dar-me a mão.
-Bella! – O Ian chamou. – No hospital só está uma pessoa com o teu apelido, é um homem, mas não tem a idade do teu irmão.
-Sabes mais alguma coisa?
- O local do acidente foi perto de tua casa!
-Acidente? Ok, deve ser o meu pai, se o Josh está lá, só pode.
-Tem calma! – O Louis agarrou-me pela anca. – Eu estou aqui! Não comeces já a fazer filmes. – Abracei-me a ele e deixei-me estar um pouco nos seus braços.
(…)
-Josh! – Chamei quando o vi na estrada das urgências.
-O que fazes aqui? – Ele perguntou.
-Olha que engraçado, eu ia perguntar o mesmo! Explica-me o que se passou.
-Foi o pai…
-Acidente?
-Sim, de carro! – Ele começou a ficar com os olhos vermelhos.
-Hey! Parou, não dês agora numa de bicha! – Ele sorriu.
-Tu és tão croma! Mas olha, aconteceu uma coisa estranha…
-Fala!
-Eu vi o acidente…E ia uma rapariga loira no carro com o pai.
-Era disso que eu precisava de falar contigo… Eu já te tinha dito.
-Eu sei e na altura ignorei mas agora faz sentido, ele perdeu o controlo quando me viu na rua e reparou que eu o avistei com a rapariga… Se acontecer alguma coisa ao pai, a culpa é toda minha. – Ele começou a chorar e sentou-se no degrau do passeio.
-Nem penses nisso! Se acontecer tu não tens nada a ver, o pai é que andou a fazer coisas que não devia e nós não temos culpa disso! E eras tua que estavas a guiar o carro dele? Não, então a culpa não é tua.
-Oh…
-Oh nada, e a mãe? Já sabe disto?
-Não, nem lhe digas! – Sentei-me ao seu lado e passado pouco tempo vi os tios do Louis e correrem para a porta principal do hospital e aí eu tive a certeza de tudo.
-Menino Josh!? – Uma enfermeira chamou pelo meu irmão.
-Sim! – Ele levantou-se logo.
-Não tenho boas notícias. – Ela acabou a frase e o meu irmão ficou branco como cal.
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THE PLAYER
Teen FictionBella é diferente; nunca se apaixonou, é capitã da equipa de rugby e tem muitas outras actividades. Louis é vocalista da banda "The Rouge". Tudo começa numa noite em que ela vai festejar o início do Torneio de Rugby; Bella simplesmente se maravilha...