Entramos no restaurante e nos sentamos numa mesa perto da janela que dava de vista pra algumas árvores
- Bom dia. O que vão querer? - Uma garçonete morena e alta nos perguntou
- Pode nos trazer o cardápio, por favor? - Dona Laura pediu
- Claro. - Ela disse e se retirou
- Então, Anne. Me diga, o que aconteceu? - Dona Laura me perguntou e eu respirei fundo, então comecei a contar tudo o que aconteceu - Nossa, nunca imaginei que sua mãe fizesse isso. - Ela disse desapontada
- Nem eu. Mas por favor tia, jura pra mim que você não vai contar nunca, nunca mesmo pra ninguém? - Perguntei
- Por favor Anne, você não precisa nem pedir. Sabe que eu jamais abriria um milímetro da minha boca sobre isso. -
- Muito obrigada. - Agradeci, e Bruna soltou um suspiro forte
- Ai gente! Tô com fome. - Ela disse e nós Rimos
- Ok. Escolham seus pratos. - Dona Laura disse nos passando os cardápios
- Eu vou querer... um prato feito desse aqui. - Bruna disse apontando pra um que daria pra umas duas pessoas comerem
- Tá morta de fome? - Dona Laura perguntou e Bruna bufou
- Sim. -
- Tudo bem, então. Anne? -
- Ah... este. E um suco de laranja. - Apontei para o meu prato e ela chamou a garçonete
- Mãe! Eu quero cerveja - Bruna disse brincando
- Cerveja, vai ver a cerveja na sua cara Bruna. - Dona Laura disse a encarando séria e nós Rimos
- Pois não? - a garçonete disse sorrindo ao nosso lado
- Um prato feito deste, um desse aqui, e um X-Picanha. -
- COMO ASSIM VOCÊ VAI COMER LANCHE E A GENTE NÃO? - Bruna brigou e Laura riu
- Eu não vou dançar. Vocês precisam de comida, pra sustentar e não passar mal. -
- lanche não é comida não? - Bruna disse emburrada.
- Sim, mas é muito pesado. Olhem vocês, corpinhos perfeitos. Eu tô gorda de qualquer jeito, nem faz mal. - Parou por um instante e se virou pra garçonete que se segurava pra não rir - Então, pode ser esses três, um suco de laranja e uma Coca litro. - Ela anotou e saiu
- Isso não é justo. - Bruna disse
- A vida não é justa. - comecei a rir e dei um tapa nas costas dela
- Menina você tá maluca? Tá rindo do que? - E eu continuava rindo como uma hiena enquanto as duas me olhavam assustadas.
- Anne, você tá bem? - Laura perguntou não sabendo se se tratava de brincadeira ou se precisava mesmo fazer alguma coisa, até que eu respirei fundo
- Nem eu sei do que tô rindo, desculpa gen... - E comecei a gargalhar como uma louca de novo
- Você pôs alguma coisa no café mãe? -
Bruna perguntou um pouco seria- Eu juro que não. - Ela disse me olhando com estranheza. Respirei fundo mas não adiantou, continuei rindo, tentei respirar fundo de novo e voltei a ser sóbria
- Desculpa de verdade, eu não sei o que foi isso. Deve ser crise de risos sei lá. - Falei me controlando e então elas começaram a rir - Ah não. - Falei imaginando que elas estariam sem controle como eu, mas logo voltaram ao normal