Blood Desire - tentação

8

Acordei assustada com o dia amanhecendo. Era o passado que a assustava, e ela temia sua aproximação como uma brisa fria no fim do outono, medo das coisas ruins que poderia trazer para a cidade.

Adormeci novamente e sonhei que atacava Natan, seu sangue quente e seu grito. Acordei com charlie batendo a porta " acorda, ou vai perder o dia inteiro de aula !''

Me sentei na cozinha com uma xícara nas mãos para evitar tremer. Lucas aparece vindo do banho e parece extremamente calmo e descansado. 

- Você está com a cara péssima - ele comenta sentando ao meu lado.

- Preciso de sangue - digo em voz baixa em quanto charlie passa distraída pelo corredor.

- Você tem comida em casa - ele sugere com um olhar inocente e fecho a cara para ele.  - vá ao hospital então 

- Eu irei com certeza - digo me pondo de pé - hoje é meu primeiro dia do estágio. 

- puxa ! so tenta ir nas bolsas de sangue e não nos pacientes .. 

- o que vai fazer o dia todo ? - pergunto desconfiada para ele.

- procurar o assassino, quero ajudar, dois vampiros juntos trabalha melhor que um, e também somos alvos.. precisamos agir.

- não se mete em problemas - aviso,

Meu celular vibra e vejo mensagem do Natan.

- O prometido voltou - brinca lucas tentando ler a mensagem.  - so não aparece assim para ele..

- Assim como ? - pergunto distraída e ele aponta para minhas presas.

- Você está faminta e carente, tudo o que um vampiro não deve ser. 

- Ficarei bem - digo guardando o celular.

- você sim, mas e o cara? 

- Natan vai ficar bem  também.

- Natan? ... oh Alyssa se interessando por outra pessoa, depois de décadas. - ele diz com uma falsa surpresa. - como as coisas mudam ...

- sim, e meu nome é Elysa.

Saio de casa agitada e vou dirigindo para faculdade automaticamente, não dou carona a Charlie para evitar impulsos assassinos. Chegando na faculdade, vou direto  a secretaria pegar meu horário de estágio e, por sorte, é o primeiro. 

Na enfermaria da faculdade, o enfermeiro chefe explica tudo.

- Em caso de emergência, tratamos aqui e encaminhamos para o hospital da cidade. Exames, vacinas e soros somos autorizados a dar. hoje vocês não tocam em ninguém, so observam.

Nos dividimos em trios e acabo como ajudante de  uma enfermeira que está tirando sangue para exames de drogas.

- pegue aqueles frascos ali - pede ela e eu pego. Quando volto ela já está furando o cara e o sangue entra nos tubos ela recolhe 4 tubos e me entrega, ainda estão quentes na minha mão, deslizo dois para o bolso e digo.

- eh .. falta dois senhora - a enfermeira me olha meio confusa.

- estranho, devo está distraída. - diz ela retirando mais dois tubos. O cara permanece o tempo todo de olhos fechados.

Após mais algumas coletas e furtos, vou para o banheiro e com uma euforia que só a fome explica, entro em um box e começo a beber os fracos roubados, cada gole me da vontade de tomar mais, de sair e ir em busca de um pescoço quente e novo para morder.

Após terminar minha escassa alimentação, saio do box e observo meu reflexo no espelho. Meus olhos completamente negros e as presas aparecendo levemente. respiro fundo  e meu rosto volta ao normal humano. tenho que me controlar melhor, penso.