Epílogo

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Algum tempo depois

        Talvez você esteja se perguntando quanto tempo se passou, ou o que aconteceu, mas vou deixar isso pra sua imaginação. Quem sabe isso não acaba tornando as coisas mais interessantes, não é? Afinal, podem ter se passado dias. Quem sabe meses. Ou anos, décadas.
        O fato é que um dia eu percebi que havia algo errado. Levei ainda mais um tempo para descobrir qual era o problema: por que sempre íamos e voltávamos? Se parecia tão certo, por que sempre dava errado? 
        Metade. Esse era o problema.
        Se me perguntassem o que eu diria para a Sam do passado se tivesse a chance, talvez seria para não perder tanto tempo aceitando ser amada pela metade. Não aceitar sentir por inteiro por quem não tem certeza do que quer. Uma meia-amizade não dá certo. Um meio-emprego não dá certo. Então como um meio-amor daria certo? Se pudesse fazê-lo, tudo teria sido mais fácil. O que não quer necessariamente dizer que teria sido melhor.
        Como Supercombo disse uma vez, a vida é como uma mãe, que obriga os filhos a comerem os vegetais porque sabe que faz bem. Particularmente acredito que é uma boa forma de explicar que nem tudo na vida vai dar certo, nem tudo vai ser como nós queremos que seja, mas de tudo se pode tirar um aprendizado. Somos nós quem decidimos se o que aconteceu vai nos colocar ainda mais pra baixo, ou nos ensinar algo e nos deixar mais fortes para o próximo obstáculo.
        Por isso eu não teria mudado nada. Os momentos em que quis sumir e desejei ter uma amnésia, só para não lembrar que o havia conhecido foram muitos. Aqueles nos quais desejei nem mesmo tê-lo conhecido foram ainda mais frequentes. Mas agora percebo que se essa história toda não tivesse acontecido, eu não seria quem sou hoje - e tenho que admitir, gosto do resultado.
        Pude me formar; tive meu primeiro emprego (e vários outros); viajei o mundo, conheci muita gente (e acabei descobrindo que nem todo mundo é tão legal assim), mas também perdi muitas pessoas no caminho; li, assisti e escutei muito; aprendi que não precisava ter pressa, pois, no fim, tudo acabou se encaixando. Eu cresci muito. Thomas também, eu só não estava lá pra ver.
        Pensei que como Rachel e Ross, ou Robin e Ted, Thomas fosse minha lagosta. E estou bem sabendo que me enganei.
        Não se contente com quem te rouba uma trompa azul, quando alguém por aí roubaria uma orquestra inteira por você. Não aceite nada pela meta  





ºé isso ai. Queria que vcs me dissessem o que acharam, ou que eu deveria melhorar, essas coisas. Espero que tenham gostado de ler tanto quanto gostei de escrever.°  

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