Evil Days

11. O dia de folga de um cientista louco

No laboratório Flug estava tendo uma crise de ansiedade enorme por causa da reunião com o maligno Black Hat. E se ele descobrisse tudo? O que ele poderia fazer? Era bem provável que ele o mataria da pior forma possível na hora que descobrisse.

E Flug não queria morrer. Meu Deus, isso estava se tornando uma teia de mentira, começou com a fuga da Dem, e agora estava nessa situação. Não, Hat não chegaria esse ponto, ele já tinha deixado bem claro que o rapaz era o seu único cientista capaz de produzir com sucesso as armas que mandava fazer, era mais aceitável — Depois que o doutor desse uma passeada na dimensão por umas semanas — é que o Black o prendesse no subsolo.

Flug estremeceu já imaginando ele trabalhar todos os dias com um grilhão no tornozelo o prendendo a um das paredes do laboratório por uma corrente. Como consequência por ter sido levado. E... Ah, não vamos nos esquecendo do rastreador em grudado em seu outro tornozelo como precaução!

Quase tendo um treco por causa desses pensamentos perturbadores, e 6.8.2 que passava na hora viu o rapaz sociopata naquele estado.

— Nerd?! — Se aproximou dele.— O que foi? Tá rolando alguma coisa?

Então Flug, praticamente chorando, falou sobre aquela reunião e seus maiores medos se tornarem realidade. E sentindo pena do amigo a clone o abraça fortemente, ela ficou surpresa pelo fato do mais velho ter aceitado o gesto de carinho.

— Ah relaxa, Nerd. — Ela disse tentando acalmá-lo.— Está tudo bem. O chefe não está com essa raiva toda de você.

— C-como é que v-você sabe disso?— Pergunta ele com dificuldade por conta da gagueira de nervosismo e do aperto dela que estava muito forte.

— Porque ele te deu uma tarde de folga, duh— responde a garota ainda o apertando, sinceramente não dava para saber se ela queria consolá-lo ou esmagá-lo. — Acha mesmo que aquele chato iria te dar uma recompensa tão grande se ele estivesse REALMENTE com raiva?— Perguntou ela ainda com uma voz reconfortante.

— M-mas e-e a a-ameaça?— Flug falou soluçando.

— Provavelmente para não perder o costume de se parecer um mandão chato e insuportável.— Disse a sócia calmamente.

— T-tem certeza?— O doutor perguntou com medo de acreditar naquilo.

— Claro, seu boboca!— Disse a Demência 2.0 ainda agarrada ao doutor.— Agora limpe essas lágrimas e aproveite a sua folga!

— O-obrigado...— disse Flug se sentindo um pouco melhor e menos paranoíco.

— O prazer é todo meu.— Concluí a garota animada.

— É... Demência...

— Sim?

— Poderia me soltar agora?— Perguntou Flug tentando se soltar. — Não estou conseguindo respirar.— Disse ele sufocando com o aperto da experiência.

— Ah!— Ela se soltou instantâneamente do abraço morrendo de vergonha por ter demonstrando afeto demais, sabia que o rapaz odiava essas coisas.— Desculpe!

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Enquanto isso, no céu, na entrada da cidade de Detroit...

— Aqui meninas, chegamos — diz Florzinha confiante para as irmãs. — Detroit. A capital de Michigan e lar da banda Gorillaz.