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Eu me pergunto quanto tempo demoraria para que eu a matasse sufocada

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Eu me pergunto quanto tempo demoraria para que eu a matasse sufocada. Talvez alguns segundos. Talvez minutos. Ela provavelmente é capaz de segurar a respiração por um longo tempo, fez natação por quase quatro anos.

Será que seus olhos esbugalhariam em puro terror? Será que ela imploraria pela sua vida?

Provavelmente.

— Vai querer mais glacê, Aster? — Alguém pergunta, tirando a minha mente do pensamento mórbido.

Desvio o olhar da minha detestável irmã e viro meu rosto em direção a Eva, a funcionária que trabalha na casa dos meus pais. Forço meu melhor sorriso para a doce senhorinha de cabelos grisalhos que praticamente me criou.

— Não, obrigada, Eva.

— Está certa, querida. Não precisa desse glacê. Vai ser prazeroso por alguns segundos, mas não vale os quilos a mais.

A voz da minha mãe é doce, mas suas palavras são intencionalmente cruéis. Me viro para ela, que está sentada no final da mesa de jantar. Um meio sorriso cheio de botox estampa seu rosto impecável e extremamente caro.

— Claro que não, Deus me livre vestir um 38 — eu digo, com a voz escorrendo sarcasmo.

Mas ela não nota. Nenhuma delas nota.

Inclusive, minha irmã mais velha, Veronica, mais conhecida como o demônio, concorda.

— Verdade, seu rosto inchou um pouco desde a última vez que te vi.

Veronica inclina um pouco seu rosto magro enquanto me analisa. Seu cenho franze, mas não o suficiente para causar rugas. Seus olhos verdes, como sempre, repletos de críticas mascaradas por falsa gentileza.

Ela passou os últimos vinte minutos falando sobre a nova agência de modelos que a contratou, enquanto a minha mãe babava o seu ovo, como o usual.

De repente, os pensamentos sobre estrangulamento voltam a minha mente.

— Eu posso te passar uma dieta excelente que...

Eu a corto.

— Obrigada, mas gula é o meu segundo pecado capital preferido. — Eu sorrio em direção a minha bela família. — Depois da luxúria, é claro.

SAGE (COMPLETO NA AMAZON)Where stories live. Discover now